quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mais de Deus neste 2010....


"Mais de Deus neste 2010." Estaria me referindo às tolices apregoadas pela Teologia da Prosperidade?

"NÃO!" Em absoluto. Refiro-me a uma vida vivida para Deus conforme preconiza a Bíblia. Muitos cristãos por causa de uma maciça pregação dos postulados do Evangelho da Prosperidade, estão vivendo um sub-evangelho, um evangelho amorfo, mesquinho, antropocêntrico enfim. Este evangelho adulterado é aberrante e aberrador. O Deus que apregoam é desfigurado. As reivindicações monetárias são o principal negócio nestas "igrejas" da prosperidade. Para eles, falar em "mais de Deus em 2010" equivale a mais cifrões na conta bancária, a adquirir ou trocar o carro atual por outro mais incrementado, ou comprar "aquele" apartamento em algum lugar da moda.

Isso para eles é sinônimo das bençãos de Deus. Este é o conceito mixuruca de "benção" que concebem e ensinam. Não aceitam em hipótese alguma os reveses a que todos estamos sujeitos. Defendem ardorosamente a tese de que o Senhor deseja dar riquezas a todos indistintamente, de que isso consiste na principal ação divina na vida de Seus filhos. Afinal, dizem, somos todos "cabeça" e não "cauda", somos "filhos do Rei", ora, se somos príncipes então, crêem eles, não é apropriado e correto desfrutarmos de tudo de bom e do melhor desta vida? Não é para isso que fomos chamados?

Este "evangelho" encontra lugar entre nós por causa da condição sócio-econômica da maioria da população brasileira. Seus apelos para que haja riqueza, prosperidade, saúde e vida longa são, de fato, muito atraentes em nosso contexto.

Sempre afirmei de que existe uma real e verdadeira prosperidade para todo o filho de Deus. Para todos que amam ao Senhor e Sua Palavra, estes serão sempre prósperos. Mas, e esta prosperidade, é dinheiro, é carrão do ano, é apartamento na beira-mar, é saúde fenomenal? Não necessariamente. O Senhor Deus até pode contemplar Seus servos com tudo isso. Afinal, não é Ele o dono do ouro e da prata (Ag 2.8) ? Não é d'Ele a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.1) ? Sim, Deus pode enriquecer a quem quiser, como fez com o rei Salomão (1Re 3.13) com Abraão (Gn 13.1, 2) e com Jó (Jó 42.12). Mas, eu gostaria de mencionar que a verdadeira prosperidade está em obedecer a Palavra de Deus como vemos em Js 1.8. Deus disse a Josué de que ele prosperaria se observasse Suas ordenanças. Haveria verdadeira prosperidade em todos os seus caminhos.

Em Provérbios 3.13-18 está escrito: "Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; Porque é melhor sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar com ela. Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz. É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm."

Temos por certo que esta é a prosperidade descrita nas Escrituras. Veja o caso de José do Egito. Por muitas vicissitudes ele passou, mas foi fiel ao Senhor e como resultado vemos a prosperidade chegando para ele na forma de uma posição altíssima na corte de Faraó. E ainda mais, cumpriu desta forma os desígnios de Deus para com Seu povo Israel. Podemos citar ainda a Daniel e seus companheiros em Babilônia. Deus os fez prosperar por causa da fidelidade demonstrada em meio a um governo ímpio e pagão (Dn 1.17-21; 2.46-49; 3.30; 5.29; 6.26-28).

Rejeitemos portanto toda falsa prosperidade apregoadas dos púlpitos de nossas igrejas. Que em 2010 possamos, como seguidores de Jesus Cristo, ser mais fiéis a cada dia, para que então a verdadeira benção possa nos alcançar. Quando assim fizermos, não precisaremos ficar correndo de maneira insensata atrás das promessas de prosperidade. A benção nos alcançará porque é o próprio Deus quem determinará isso, e não o homem, que não pode determinar NADA (Dt 28.1-8, note que nestes versículos, o povo de Israel seria abençoado pelo fato de permanecer obediente ao que Deus determinara na lei,a benção os alcançaria então, somente pelo fato de serem obedientes).

Feliz 2010 para você cristão, tenha mais de Deus conforme diz a Sua Palavra.

Pense nisto.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O legado infame de Nietzche

Nossa época como nenhuma outra sofre com os delírios de um filósofo que anteviu o que hoje presenciamos. Friedrich Nietzche, em 1889, portanto há 120 anos, em um de seus escritos indagou: “Onde está Deus”, ele (o louco) gritava. “Eu lhe direi. Nós o matamos – você e eu. Todos nós somos os seus assassinos”.

Havia uma ira em Nietzche porque a sociedade de seus dias ainda não havia sondado as consequências avassaladoras da “morte de Deus”. Ele queria que compreendessem que, se estavam abandonando a crença em Deus, igualmente teriam de abandonar as ideias bíblicas de moralidade e sentido da vida. Tanto a sociedade do século XX como a sociedade do início do século XXI, como nenhuma outra, vivenciaram e continuam a vivenciar as consequências trágicas desta crença. Deus morreu, ou nunca existiu, para muitos e esta é, categoricamente, a causa da anarquia, do vazio e da falta de sentido para muitos ainda hoje.

Se de fato já aconteceram então os funerais de Deus, agora o homem já não está sob suas leis. Ele tem a ansiada liberdade. Ele possui agora a tão almejada autonomia. Ele pode, sem nenhuma restrição ou constrangimento moral, prostituir-se, se engravidar, pode abortar, pode relacionar-se com alguém do mesmo sexo, ou com qualquer outro animal como ele próprio, pode drogar-se, pode matar outro ser humano, ou pode suicidar-se sem nenhum problema, tudo bem, tudo legal, tudo normal! Afinal, Deus está mesmo morto, ou nunca existiu, o ser humano não tem nenhuma mordaça, nenhum cabresto, ele é o senhor de si mesmo e de seu destino.

Nietzche apregoou tais ideias no final do século XIX. Até mesmo a reflexão teológica foi influenciada pelo pensamento nietzchiano. Na década de 60, Thomas J.J. Altizer, William Hamilton, Gabriel Vahanian e Paul Van Buren levaram para a praça pública a alegação secular de que Deus está morto, tudo isto como parte do movimento em direção à secularização da teologia.

As graves consequências nas universidades onde a maioria dos professores são ateus ou agnósticos; a dilapidação do conceito judaico-cristão de casamento e família; a valorização do concubinato; a aceitação cada vez maior dos “casamentos” gay – tudo isso deriva do fato de que Deus está mesmo “morto”. Ou nunca existiu. Estamos portanto livres, absolutamente livres para entregarmo-nos a toda sorte de prazeres. Pecado? Que é isso?

A loucura de Nieztche contagiou toda uma geração. Hitler baseou-se em seu conceito do “super-homem” para expandir sua ideologia odiosa e assim consumar o genocídio judaico. Nietzche fez com que o homem do século XX tivesse então uma suposta autonomia. Claramente ele atacou a religião e mui particularmente o Cristianismo. Defendeu plenamente a irrelevância do Cristianismo airmando sua perniciosidade para o homem. A Igreja era portadora de tradições mortas e apodrecidas. A Bíblia? Um livro de historinhas míticas. Para Nietzche, o homem (sem Deus), é forte, é imponente, senhor de seu destino, livre de quaisquer amarras morais, não sujeito a mais ninguém a não ser a si mesmo. O caixão onde Deus foi enterrado já consumiu-se e o homem está de pé triunfante. Louvado seja o homem. Glória à humanidade! Ó Todo-Poderoso Homem, construa agora sua história, pavimente o seu caminho agora no alvorecer deste século XXI !!!

Assim pensava Nietzche e assim viveu. Vivendo e acreditando em sua filosofia niilista. O resultado? LOUCURA! Assim terminou os seu dias de forma insana. A rejeição sistemática dos pressupostos cristãos (que lhe foram ensinados em sua infância mas que abandonou ao entrar na adolescência) cobrou seu preço. Em seus livros não se furta de afrontar abundantemente a Deus, a Jesus Cristo e a fé cristã. Sua insanidade é oriunda dessa fuga irracional da verdade cabal da existência de Deus.

Assim como enlouqueceu por causa de suas ímpias elucubrações filosóficas (Cl 2.8; 1Tm 6.20, 21), da mesma forma, as gerações que se seguiram passaram a viver de maneira insana por causa desta rejeição ao Senhor de toda a criação. A loucura desta geração, seu desespero, sua irracionalidade, é um retrato da maneira como vivem, ou seja, sem Deus. Portando impávidamente a ideologia da morte de Deus, “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.22).

Este é o legado infame deste alemão nascido em 1844. Ele é considerado o “pai” da pós-modernismo porque anteveu há cem anos o que hoje presenciamos. Há muitos que continuam a beber nas fontes amargas e turvas do niilismo. Nietzche é venerado por muitos porque exatamente encontram em seus escritos a expressão nua e crua de sua incredulidade, imoralidade e materialismo. Crescerá no mundo esta oposição ao Senhor e ao Seu Filho (Sl 2). Atingirá seu clímax na Grande Tribulação com a encarnação do verdadeiro “superhomem” – o Anticristo. O mundo nessa época acreditará ser este o homem ideal conforme a filosofia de Nietzche,que exercerá sua “vontade de poder” – outro conceito nietzcheriano. Todavia, sabemos pela Palavra de Deus que seu destino já está determinado (Ap 19.20).

A Igreja que prega e vive o autêntico Evangelho se opõe a esta famigerada filosofia de Friedrich Nietzche. O ensino na Igreja deve abarcar a totalidade do conselho de Deus para que o crente possa saber articular a sua fé em uma sociedade ávida por prazeres, que menospreza os pressupostos bíblicos, que torce o nariz para a moralidade cristã. Prossigamos irmãos, não desanimemos, o Evangelho ao final triunfará porque Jesus já garantiu esta vitória de uma vez por todas na cruz (Cl 2.15). O caos, a anarquia, o vazio existencial, a solidão, o desespero, a loucura obtém uma cura substancial na mensagem do Evangelho de Cristo.

Irmãos, pensemos nesta recomendação de Paulo em 1 Co 16.13,14: Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente e fortalecei-vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com amor”.

Que Deus abençoe a todos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vamos lembrar neste Natal: Porque Deus se fez homem?

Em meio aos festejos tradicionais de fim de ano, é adequado, é motivacional, é edificante, é fundamental, lembrarmo-nos o porque Deus fez-se homem na Pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo. O Evangelho segundo João capítulo 1 é magistral em relatar a entrada d’Ele no mundo: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.(….) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.1-3, 14).

Isto não é um mito. Isto é a verdade. É realidade tangível. Lembro de minha finitude e tenho dificuldade natural em compreender um ser infinito. Não temos condições de aquilatar como seria um ser que não teve princípio e nunca terá fim. Quando para pensar sobre isso, minha cabeça ferve num turbilhão de questionamentos, uma frustração começa a tomar forma, porque simplesmente não tenho alcance e nem capacidade para compreender o inefável.

Mas, esse ser infinito, incompreensível, inalcançável, resolve tomar minha forma finita para que então eu pudesse compreendê-lo. Para chegar a conhecê-lo. E em conhecê-lo, conhecer a mim mesmo e minha estrutura tão frágil e tão dependente d’Ele. É precisamente isto que João registra em seu Evangelho. O Verbo, a Palavra, o Logos, o Infinito, resolve tornar-se como um de nós, seres finitos. O mistério da encarnação.

Agora, posso contemplar, ouvir, sentir, Deus como Ele é. Sua humanidade tornou-o mais próximo de mim. Sua divindade passa a habitar num corpo de carne e osso. Ele torna-se igualmente humano às criaturas finitas que Ele mesmo criara. A identificação é um ato de amor sem igual. O despojar-se, o esvaziar-se (Fp 2.5-11) de Si mesmo para assumir a semelhança de homens, compromete-o para sempre conosco.

Jesus Cristo assim, faz com que eu possa compreender a Deus. O Pai comunica-se conosco através do Filho. O apóstolo Paulo disse: Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). A grandeza de Deus está n’Ele. O caráter de Deus está n’Ele. Todos os atributos da divindade estão n’Ele. Todos os nomes e títulos de Deus estão n”Ele. Toda a autoridade de Deus também encontra-se n’Ele.

Entretanto, também Jesus Cristo, Deus Filho, tonou-se homem na Encarnação (Gl 4.4) para que tivéssemos a filiação com nosso Pai celestial (Jo 1.12; 1Jo 3.1,2; Rm 8.15-19) e deixássemos de ser filhos do diabo (Jo 8.44) e filhos da desobediência e filhos da ira (Ef 2.2,3). Sobre o abismo que separava o Criador e a criatura, foi estendida uma ponte. E se Jesus fosse meramente uma criatura, nenhum de nós, impuros como somos, poderia chegar à presença do Santo.

Foi em nome do amor que Deus desceu até nós na Pessoa de Cristo. Assim podemos ter vida eterna. Jesus assim O disse: E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).

Abaixo todo mito, toda história infundada, toda invencionice fabricada pelos homens neste Natal. A figura mítica daquele velhinho simpático de roupas vermelhas e barba branca, embora povoe nossas mais antigas recordações de infância, é simplesmente abominável diante da sublimidade do relato do verdadeiro Natal e do que realmente significa para toda a humanidade.

Agora aguardamos a segunda manifestação d’Aquele que um dia adentrou no palco da história humana para mudá-la para sempre. Pela segunda vez, Ele assim O fará. Estaremos todos preparados para esse breve encontro?

Lembre-se: Ele se fez homem para dar a conhecer ao Deus infinito e Ele se fez homem para abrir o único e verdadeiro caminho até este Deus infinito (Jo 14.6).

Neste Natal e continuamente, pense nisto!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tragicamente, eles moram num pantanal!


Não posso me conformar com as cenas dias atrás de moradores do bairro Jardim Pantanal na periferia da cidade de São Paulo. Cidadãos, trabalhadores, que pagam seus impostos, que procuram viver de maneira ordeira e digna, em condições tão absurdas e aviltantes.

Suas mãos calejadas e seus pés cansados do cotidiano casa-trabalho-casa tiveram que suportar a situação abjeta de verem suas casas e suas ruas serem invadidas pelas águas do rio Tietê transbordadas por causa das intensas chuvas que acometeram toda a Região Sudeste. Infelizmente, o lugar onde moram é às margens do rio e, sendo assim, suas terras são baixas e sujeitas a inundações. Mas o poder público nada fez, anos atrás, para impedir que fossem feitas edificações no local e ainda vieram a urbanizar toda a região. Na verdade, aquela deveria ser uma região declarada território proibido para moradias ou estabelecimentos de qualquer natureza.

Agora vemos com tristeza o sofrimento de milhares que, sem nada poderem fazer, observam a água inundar o lugar onde moram, onde está o resultado de sua faina diária, o investimento que fizeram para viverem com segurança, com dignidade mínima. As águas diminuíram mui lentamente e as pessoas tiveram que transitar por elas, águas misturadas com esgotos e sujeitaram-se a contaminações e doenças, não possuindo outra alternativa porque precisam ganhar o pão de cada dia.

Eu gostaria de saber se o prefeito e demais autoridades farão algo concreto para resolver de vez esta questão. No noticiário ouvimos que o governo dará a cada família, após ser feito um cadastramento, um determinado valor para que aluguem uma moradia enquanto são construídas casas populares em outra região. Se isto realmente for concretizado, tudo bem, mas que seja em ritmo acelerado porque na realidade o erro está nos próprios governantes como disse anteriormente, na permitir construções no local seguindo-se a urbanização.

Sabe-se que uma criança morreu por causa da exposição à água contaminada, provavelmente a causa foi a leptospirose transmitida pela urina dos ratos e outras pessoas foram hospitalizadas com problemas vários de saúde porque, como dito, tiveram que transitar nas ruas ainda inundadas com as águas do rio Tietê.

Ficamos aqui na expectativa de que a sabedoria e o bom senso sejam características de todos os nossos governantes. Deus deseja que o governo seja para o bem comum, o bem de todos os cidadãos. Que interesses econômicos sejam deixados de lado para que somente predomine o bem estar de todos nós. Governar é uma arte e podem os homens e mulheres imbuídos de um mandato, buscarem em Deus e em Sua Palavra a orientação correta para seu governo e em assim fazendo proceder conforme o caráter do Senhor de toda a terra.

Que todos pensemos nisto: Deus ama a todos e deseja o seu bem estar e, sobretudo, que conheçam a Jesus Cristo, tanto governantes como governados.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A nobre missão da Igreja neste mundo

É preciso sempre voltarmos a uma palavra de esclarecimento concernente ao que realmente significa ser Igreja de Cristo no mundo. Os ataques dos ateus à fé cristã, constituem uma razão mais do que suficiente para que atentemos para a palavra de Judas 3: Amados, procurando eu escrever-vos com toda diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” Eles sempre argumentam de que a religião, principalmente a religião cristã, não traz felicidade ao homem sendo, segundo eles, fator de opressão, de guerras, de injustiças.

É justo que haja uma incompreensão sobre os resultados “nefastos” da religião cristã por causa de alguns que, sem terem realmente convertido suas vidas a Cristo, cometeram muitas atrocidades em nome do humilde carpinteiro de Nazaré. É por isto que revestem-se de importância as palavras de Judas porque “batalhar” pela fé, não é, como a palavra possa à primeira vista parecer, uma licença para maltratar ou até matar outros que não concordam com nossa profissão de fé.

É justo que muitos hoje se afastem horrorizados de tudo o que significa religião para eles. Por causa de uma vivência de Evangelho deformada, grosseira, paganizada de alguns assim chamados “cristãos”, a mente e o coração de muitas pessoas estão cauterizadas no que tange aos conteúdos da fé cristã.

Mesmo assim, os cristãos devemos nos esforçar como disse Judas e procurar batalhar pela fé. Batalha que é de caráter espiritual, sobretudo, mas que é travada na arena intelectual e na arena moral. Intelectual porque há um “sagrado depósito” das verdades cardeais da fé cristã que devem continuamente ser proclamadas, expostas, ensinadas. Moral, porque estas verdades devem ser vivenciadas e não apenas proclamadas. O erro de muitos cristãos ontem e hoje, é exatamente o Evangelho não vivido.

Porque é nobre a missão da Igreja? Antes de tudo pela incumbência de realizar aquilo que Deus ordenou. Sua Palavra descreve o que os cristãos devem fazer, qual a sua missão: proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e praticar o que é bom, seguindo o exemplo de Jesus. A História registra tantos os excessos, as atrocidades cometidas em nome da fé cristã, como nobreza de intenções, de ações que glorificaram e glorificam ao Senhor de toda Terra. Deus, através da Igreja, realiza Seus propósitos de redenção do mundo. Para isso, ela, a Igreja, foi constituída. Se ela se envolve com negócios desta vida, deixará de cumprir com este nobílissimo e exclusivo chamado (2Tm 2.4). De fato, é uma aberração, bizarro até, haver igrejas que possuem uma agenda de feições políticas, materialistas, mundanas ao invés de pautarem-se pela agenda divina exarada na Bíblia. Alguém disse que o poder corrompe e que o poder absoluto corrompe absolutamente. Não fomos chamados por Deus para escalar e alcançar os píncaros do poder terreno. Não. É por essa sede de poder que a Igreja, de forma geral, tem sido cada vez mais detestada e repudiada.

Entretanto, mesmo que uma igreja, um grupo de cristãos ou o crente individualmente seja fiel a Deus e aos Seus mandamentos e ordenanças, sofrerá perseguições (2 Tm 3.12). Jesus declarou aos seus discípulos que a perseguição os acometeria. Sendo assim, conforme o apóstolo Pedro em sua primeira epístola cap. 4 vss 12-16, é uma honra para o crente ser perseguido ou escarnecido ou rejeitado por causa de Cristo e do Evangelho. O que realmente entristece a Deus, porque presta um desserviço a Ele, são aqueles que, dizendo-se seguidores de Cristo, fazem coisas que são não só abomináveis a Deus como também aos homens e contribuem assim para que aumente no mundo o ceticismo em relação aos conteúdos do Evangelho.

A militância ateísta não compreende e jamais compreenderá a nobreza da Igreja de Jesus. Estejamos tranquilizados e consolados pelo Espírito Santo! O Senhor mesmo disse que o joio e o trigo cresceriam juntos até o dia da colheita (Mt 13.24-43), querendo dizer com isso que de dentro da Igreja mesmo (At 20.29,30) muitos haveriam de escandalizar o Evangelho por causa de sua inautenticidade na vida cristã. Mas o dia de acerto de contas está chegando aceleradamente.

Pode ser aos olhos do homem não-regenerado parecer que a Igreja não sirva para nada, que seja irrelevante. Mas não aos olhos de Deus, pois foi Ele mesmo quem a instituiu. Luc Ferry, filósofo francês, ex-ministro da Educação daquele país, disse que a religião não é suficiente para dar ao homem as respostas que ele procura. Ele tem razão em parte, porém confunde a autêntica fé cristã baseada na Palavra de Deus e uma vida piedosa com os extremismos religiosos que existiram e existem no mundo.

A igreja é farol. A igreja é luz. A igreja é sal, fora do saleiro evidentemente, a fim de que seu efeito salutar seja sentido nesta sociedade.

Pense cristão, sobre a nobreza da missão da Igreja. Pense que foi Deus mesmo quem a estabeleceu. E a quem comissionou para proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9b). Amém!

domingo, 13 de dezembro de 2009

O Islã cresce assombrosamente no mundo


A religiosidade muçulmana tem uma aptidão enorme para crescer. No presente instante, o Islamismo é de fato a religião com as maiores taxas de crescimento no mundo. Isto se dá, não tanto por conversões, como acontece entre os cristãos, principalmente cristãos evangélicos, mas por uma alta taxa de natalidade na maioria dos países do mundo muçulmano. Dos dez países com a maior taxa de fertilidade, seis são de maioria islâmica. O Afeganistão lidera este ranking, onde a média é de sete filhos por mulher.

Isto se dá por causa do papel subalterno da mulher e a valorização da família numerosa na sociedade islâmica. Mas as condições socioeconômicas influenciam tanto quanto as normas religiosas. Sabe-se que em mais da metade dos países com maioria muçulmana, o PIB per capita encontra-se abaixo de 1.000 dólares anuais, cerca de um quarto da renda brasileira. A conclusão: países pobres, famílias maiores. A população islâmica no mundo hoje está em torno de 1,14 bilhão de fiéis.

Contudo, não se deve atribuir somente aos fatores demográficos este aumento de fiéis. Como dito antes, a conversão é o fator principal do aumento dos cristãos e dentre estes os evangélicos. Mas isto também está sendo verificado no Islamismo. Pessoas egressas do Cristianismo, principalmente dentre os católicos, têm se convertido à fé muçulmana. A conquista de novos adeptos tem alavancado a liderança muçulmana. Considera-se como um dos grandes trunfos do Islamismo o contato direto com Alá, sem intermediários, o fato de ser uma religião extremamente acessível, sem hierarquias e a fé pode ser praticada em qualquer lugar e não exige muito engajamento de seus adeptos.

Na Inglaterra no início da década de 70 havia 3.000 muçulmanos. Hoje, passam de 1 milhão. A Europa particularmente tem sido considerado o continente onde mais cresce a população islâmica fora da Ásia. Na França, imigrantes islâmicos e seus descendentes representam 10% da população e entre os jovens franceses, o percentual de muçulmanos sobe para 30%. No Brasil hoje, há mais de 50 mesquitas espalhadas pelo país, há cinquenta anos existia somente uma única mesquita.

Estes números devem fazer com que possamos refletir nesta realidade: O Islamismo cresce em todo mundo e consequentemente cresce o número de pessoas que não conhecem a Jesus Cristo, ou que frequentaram uma igreja cristã e, decepcionados, resolveram mudar, aceitando as concepções de fé islâmicas.

Todos nós que cremos que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, sabemos que podemos nos aproximar d'Ele sem nenhum tipo de intermediário humano (Hb 4.16). Também entendemos que a verdadeira fé cristã é acessível a todos, a hierarquização, se existe, somente é no sentido daquilo que a Bíblia diz de que o pastor e outros conforme Ef 4.11 devem porfiar pelo aperfeiçoamento dos crentes para a obra de Deus, ajudando assim a edificação do Corpo de Cristo e sendo exemplo ao rebanho (1Pe 5.1-3). Quanto a ser praticada a fé islâmica em qualquer lugar, a fé cristã prescinde totalmente de que haja um lugar fixo de adoração, ou um dia próprio para isso como havia no Judaísmo que lhe antecedeu (Jo 4.19-24). O engajamento dos fiéis é prerrogativa da fé em Jesus Cristo, obedeçendo à Grande Comissão (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; At 1.8) e sendo, individualmente e como Corpo de Cristo, solidários para ajudar a todo necessitado, demonstrando assim o amor de Deus.

Creio que este crescimento do Islã continuará. Mas creio também que devemos manter acesa a chama de amor a essas almas, tentando de maneira sábia e consistente alcançá-los para Jesus Cristo, não entrando em disputas com eles, não discriminando, demonstrando o amor de Deus por palavras e por obras. O Islamismo faz muitos empréstimos doutrinários tanto do Judaísmo como do Cristianismo, dessa forma, há uma certa similaridade pelo fato de também ser uma fé monoteísta e que proporciona um bom terreno em comum para que a verdade do Evangelho seja proclamada.

Oremos pelos muçulmanos. Não sejamos preconceituosos achando que todos eles são terroristas. Não são. Isto é obra de fanáticos, assim como há da mesma forma "cristãos" fanáticos também capazes de matar por aquilo que acreditam. Tanto um como outro, muçulmanos e pseudo-cristãos, devem conhecer o verdadeiro Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Precisam nascer de novo.

Atente para a foto que ilustra este post, vemos ali a peregrinação à cidade de Meca na mesquita de Al-Haram onde se encontra a pedra negra da Caaba, idolatrada pelos muçulmanos. Oremos ao Senhor para que desenvolvamos maneiras sábias de alcançar os muçulmanos para Cristo. Quando digo isto, já estou visando os muçulmanos que encontram-se entre nós, brasileiros. E também para que muitos missionários Deus levante para irem aos países islâmicos, mesmo em meio a perseguições e ameaças de morte.

Querido cristão, pense nisto!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cuba, sufoco, perseguição e prisão


Uma das coisas maiores e preciosas a qual todo ser humano não pode prescindir é sua liberdade pessoal. O homem foi criado com livre arbítrio. Isto é fundamental para que sua existência esteja plenamente autenticada. Muito embora seja uma criatura à imagem e semelhança de seu Criador, este não criou o homem com um cabresto. Criou-o com liberdade. Liberdade para discordar de Deus e liberdade para rejeitá-lo. Desta forma, a própria atitude d’Ele para conosco é o paradigma para agirmos com nossos semelhantes da mesma maneira.

Isto posto, é deplorável a situação do povo cubano sob o regime totalitário de Fidel Castro e, agora sob o sucessor, seu irmão Raúl. A liberdade continua, ela própria, precisando ser libertada. Não é possível que tantas pessoas ainda cultuem a nação cubana, incensando-a como se o comunismo ali tivesse dado certo, porque há saúde gratuita para todos ou porque 99,8% da população é alfabetizada. Só quem vê Cuba assim, com lentes cor-de-rosa é porque nunca morou lá. Nunca sentiu na pele a estagnação e a miséria na qual vive o povo cubano.

Há vozes que se levantam em quase todas as ditaduras para denunciar ao mundo o que se passa internamente. Os turistas que vão a Cuba não são estes portavozes porque o que veem é maquilado pelo governo. Assim, podemos saber de verdade o que se passa no país através de alguém que mora lá e que descreve fielmente sobre toda a opressão do povo. Refiro-me a Yoani Sanchéz que em seu blog Generación Y (www.desdecuba.com/generaciony), procura, com toda limitação, porque exatamente sofre com a opressão do governo sobre ela, narrar sobre o cotidiano sofrido dela e de seus compatriotas.

Admiravelmente, esta brava mulher de 1,64 metro e 49 quilos, não se cala diante dos desmandos do governo comunista, castrador das liberdades das pessoas. Em seu blog escreve há dois anos sobre as dificuldades em viver no país e é autora do livro De Cuba com Carinho (Editora Contexto). Yoani discorre livremente no blog sobre o dia-a-dia, a ausência de liberdade e a escassez de gêneros de primeira necessidade. Fala com pleno conhecimento de causa sobre a realidade cubana. O portal Desdecuba.com em que o blog está hospedado, encontra-se bloqueado há mais de um ano para quem tenta acessá-lo de Cuba. Ela é vigiada o tempo todo pela polícia política e todos os seus vizinhos, amigos e parentes são informados de que ela é uma ameaça ao regime. Já foi premiada nos Estados Unidos e na Espanha devido ao trabalho que desenvolve, porém o governo se nega a conceder a permissão para que viaje para receber seus prêmios.

Recentemente, Yoani foi agredida pelos trogloditas castristas, uma verdadeira covardia contra alguém que se propõe a não aceitar que o governo continue a ter o monopólio da verdade. Não bastou a vigilância implacável sob a qual vive e nem ao fato de que também pressionaram sua mâe no trabalho, ameaçando de tirar-lhe o emprego de onde tira um minguado salário.

Urge que aprendamos de uma vez por todas a encarar a realidade como ela se nos apresenta. Cuba está debaixo de um governo ditatorial há muito tempo. Seu povo sofre terrivelmente com falta de comida, falta de energia elétrica, cerceamento da liberdade de ir e vir e tantos outros cerceamentos. Basta desta visão romântica que muitos nutrem pela ilha caribenha, que, em que pese suas belezas naturais, agoniza sob a mão-de-ferro do regime opressor. Vozes como a de Yoani deveriam ser levadas em consideração e ajudá-la em sua luta para libertar o país de tão odioso regime torna-se imperioso. Acesse seu blog onde Yoani descreve maneiras de ajudá-la em sua luta desigual.

Não nos enganemos: outros países da América Latina estão com processos de aprisionamento de sua liberdade em andamento. Venezuela, Equador e Bolívia possuem governantes que demonstram claramente suas intenções de ter todo poder em suas mãos. Desses, a Venezuela de Hugo Chávez é o que mais preocupa por causa de seu poderio econômico (petróleo) que lhe permitiu aquisições recentes de armamentos, ou seja, um governante com intenções bélicas suspeitas, além de também estar se revelando a cada dia um cerceador das liberdades do povo e da imprensa em seu país, monopolizando todas as opiniões assim como Fidel fez em Cuba.

Oremos pelo povo cubano. A oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16b). É óbvio que a igreja em Cuba também sofre muito com o clima de opressão. Mas o Senhor vela pelo Seu povo e é notório que mesmo em meio ao sofrimento, a obra de Deus tem crescido naquele país. Muitos tem tido a oportunidade de ouvir o Evangelho, até mesmo membros do Partido Comunista.

Desejo que você pense sobre a situação de Cuba e seu povo e também sobre pessoas como Yoani Sánchez. Procure conhecer seu trabalho e seu sofrimento. Não sejamos omissos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O espírito anticristão dos vândalos de torcida


Na última rodada do Campeonato Brasileiro realizada no último domingo, a equipe do Coritiba enfrentou o Fluminense, jogo realizado no estádio Couto Pereira em Curitiba, PR. O resultado do jogo, empate de 1x1 contribuiu para que o Coritiba fosse rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Este resultado, combinado como outros resultados da rodada, enterrou de vez a esperança da equipe paranaense de permanecer na elite do futebol profissional na primeira divisão.

É fato inconteste que o futebol é um esporte que desperta paixões. Paixões estas que extrapolam os limites de sensatez e da racionalidade. Mas o que vimos, através dos noticiários sobre a bandalheira ao final da referida partida de futebol, foge a qualquer tentativa de entendimento ou racionalização.

A quebradeira foi geral. Cadeiras arrancadas e arremessadas ao campo e sobre os policiais, as armações de madeira dos anúncios em volta do campo usadas como bastões, portões derrubados, catracas também arrancadas de seus lugares, salas do estádio invadidas e depredadas. Uma horda de vândalos (torcedores?) invadem o gramado para agredir ao juiz e seus auxiliares e passam a atacar aos policiais que os protegiam. Um policial cai desmaiado sangrando no rosto e é agredido covardemente estando ainda no chão. No lado de fora do estádio, um ônibus de linha municipal é atacado por um grupo de torcedores, uma bomba é lançada e uma passageira vai parar no hospital com três dedos da mão arrancados pela violência da explosão. No interior do estádio, que mais parece um campo de batalha, os reforços da Polícia Militar chegam e começam a atirar contra a multidão de torcedores do Coritiba, balas de borracha mas que acertam um torcedor na cabeça e outro que foi atingido na clavícula e teve um osso esmagado.

Haveria porventura alguma explicação racional para tudo isto? Sim, há. Como é intenção deste blog, pretendemos analisar o homem e o mundo em que vive à luz das Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Isto posto, entendemos então pela Palavra de Deus, a inclinação maldosa do ser humano por causa de sua natureza pecaminosa (Gn 6.5; Jr 17.9; Mc 7.21-23; Rm 7.18-24). Exatamente por ser quem o homem é, como bem claro está na Bíblia, é que estas coisas acontecem.

Por outro lado, não se pode deixar de mencionar o inimigo do homem, Satanás e seus demônios que continuamente influenciam o homem sem Deus para que siga os ditames de sua natureza decaída. Aproveitando-se do estado de rebelião do homem para com Deus, o diabo tem estado presente na vida cotidiana promovendo toda sorte de violência, destruição e morte. Constatamos claramente sua ação em passagens como 1 Cr 21.1; Jó 1.7-12; 2.1-7; Mt 4.1-11; 2Co 2.10, 11; Ef 6.10-18; 1 Jo 5.19; Ap 12.12. Existem muitas outras passagens que demonstram deforma cabal, como o diabo procura atacar ao homem, sempre escudado no fato de que o homem tem uma natureza carnal e está em estado de rebeldia contra o seu Criador. O sistema mundano, com sua ideologia anti-Deus, de inspiração igualmente satânica, provê um meio ambiente ideal para que episódios desta natureza como ocorreram no domingo possam ser uma constante.

Por isso é necessário pregar a mensagem do Evangelho no poder e na autoridade do Espírito Santo. É necessário mais do que nunca a Igreja ser portadora fiel desta mensagem, vivenciando-a em sua plenitude e sendo "sal fora do saleiro" para que a corrupção do pecado possa deixar de fazer seus efeitos destruidores por causa da presença de vidas transformadas por Jesus Cristo.

Um espírito anticristão muito forte tem sido notado nestes dias que vivemos. Uma revolta contra toda forma de autoridade, inclusive no meio eclesiástico. Paulo disse ao seu jovem obreiro Timóteo: "Sabe, porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te" (2 Tm 3.1-5). Esta influência do espírito do anticristo é crescente (2 Ts 2.1-12; 1 Jo 2.18) porque a anarquia e insubordinação contra a lei e a ordem são suas características (Dn 7.25). E isto começou com Lúcifer em sua rebelião original há muitas eras passadas ao querer sobrepujar a Deus em sua Majestade e primazia (Is 14.12-15; Ez 28.12-19).

Não deve ser surpresa para aquele que conhece as Sagradas Escrituras de que Deus já nos revelara o que hoje presenciamos. Jesus mesmo falou em seu sermão em Mateus 24 sobre este aumento da violência no coração do homem nos últimos tempos antes de sua volta.

Oremos pela nação brasileira, oremos pelas autoridades constituídas, oremos uns pelos outros. Sejamos, tanto como crentes individualmente como constituintes do Corpo de Cristo, amantes e promovedores da paz (Rm 12.18: "Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens").

Esta é a vontade do Senhor. Pense sobre isso.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mundo, mais e mais consumista


O estado de consumo da humanidade, conforme o relatório "O Estado do Mundo" do Worldwatch Institute de 2004, continua a aumentar a cada dia. A China é o exemplo clássico, hoje, do nível de consumismo galopante. Esta nação era conhecida como "pátria das bicicletas" haja vista a população ter nela o seu principal meio de transporte. Suas ruas viviam apinhadas desses veículos, utilizadas por milhões de chineses para transporte pessoal e transporte de cargas igualmente. Nos anos 80, poucos veículos circulavam nas ruas chinesas. Dados de 2002 davam conta de que havia 10 milhões de automóveis particulares e o número de proprietários crescia aceleradamente: a cada dia em 2003, 11.000 mais veículos juntavam-se ao tráfego das rodovias chinesas – 4 milhões de carros novos no ano. As vendas aumentaram 60% em 2002 e em mais de 80% no primeiro semestre de 2003. Até 2015, nesse ritmo, os analistas da indústria calculam que 150 milhões de automóveis estarão congestionando as ruas chinesas – 18 milhões a mais do que circulavam nas ruas e rodovias dos Estados Unidos em 1999.

Muito embora já tenham passado oito décadas desde que o uso generalizado do automóvel popularizou-se nos Estados Unidos, a China está transitando por uma trilha já bem conhecida, mas a história automotiva da China não está ligada aos chineses nem ao automóvel, mas sim ao fato de que grande parte do mundo de hoje está entrando na sociedade de consumo num ritmo alucinante. É de cerca de 1,7 bilhões de adeptos os constituintes desta "classe consumista" sendo a metade deles nos países em desenvolvimento. É uma cultura e estilo de vida que se tornaram comuns na Europa, América do Norte e Japão e em alguns outros bolsões do planeta no século XX e que se globalizam no século XXI.

É notório que a chamada sociedade de consumo tem um forte atrativo e carrega em seu bojo muitos benefícios econômicos. É claro que as vantagens obtidas por uma geração anterior de consumidores deve ser compartilhada pela geração seguinte. Entretanto, o veloz e crescente aumento do consumo e as projeções que derivam deste fato indicam que o mundo estará logo à frente de um grande dilema. Porque, se o nível de consumo hoje aumentar em pelo menos metade da população que o planeta terá até o ano de 2050 (calcula-se que o mundo terá cerca de 9 bilhões de habitantes), a oferta de água, a qualidade do ar, florestas, clima, diversidade biológica e saúde humanas serão fortemente impactados. Apesar destes indícios, não há sinal de que haverá alguma desaceleração deste consumo, ao contrário, ele aumenta a cada dia. Os Estados Unidos, já há muito mais tempo que os chineses, usufrui de muitos bens de consumo e dentre eles os automóveis são um caso à parte. Em 2003 aquela nação dispunha de mais carros particulares do que motoristas, e os utilitários esportivos, beberrões de gasolina, estavam entre os veículos mais vendidos do país. Novas habitações aumentaram 38% em 2002, em comparação a 1975, apesar de haver um número menor de pessoas, em média, por moradia. Em síntese, há toda uma tendência na indústria e no comércio e serviços para atender às aspirações consumistas dos cidadãos americanos em todas as áreas e se estas aspirações não podem ser saciadas, as expectativas de controle do consumo nos outros países antes do desnudamento e degradação por completo de nosso planeta são desanimadoras.

Mas há sinais esperançosos também. Estão sendo desenvolvidas opções criativas para atender às necessidades das pessoas, e ao mesmo tempo, reduzir os custos ambientais e sociais associados ao consumo em massa. As pessoas são ajudadas a encontrar o equilíbrio entre muito e pouco consumo dando maior ênfase a bens e serviços públicos, a serviços em lugar de bens, a bens com maior teor de reciclados e a alternativas genuínas para consumidores. Em conjunto, essas medidas poderão contribuir para alta qualidade de vida com um mínimo de agressão ambiental e desigualdade social. Critérios devem ser aplicados não só na "quantidade" de consumo, como também na "racionalidade." O consumo em si mesmo não é um mal porque todos nós precisamos consumir para nossa sobrevivência. Mas, quando se torna um fim em si mesmo, o consumo ameaça o bem-estar das pessoas e do meio ambiente, sendo o principal objetivo de vida de uma pessoa ou, a medida máxima de sucesso da política econômica de um governo.

Jesus disse: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12.15). Já a Bíblia declara há muito tempo, antes do advento de nossa sociedade industrial e sua superoferta de bens e serviços, de que o consumismo não pode ser de forma alguma o foco central na vida de uma pessoa. E mesmo entre os cristãos, há muitos que não observam o conselho de Deus a respeito, e vivem atribulados com inúmeras dívidas em seu cartão de crédito, cheque especial, crediário, empréstimos, por causa da adesão a este estilo de vida que leva para baixo sempre a qualidade de vida de qualquer um. O apóstolo Paulo em 1 Tm 6.8 declara: "Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes." Uma razão da ansiedade que assola o homem nos dias de hoje são os desejos não satisfeitos. Sendo uma sociedade globalizada de viés consumista, ela atiça as pessoas a que adquiram mais e mais, muitas vezes produtos sem necessidade, apenas pelo afã, pelo prazer que o ato de comprar proporciona (uma duvidosa terapia) e, quando isto não é realizável, lança o consumidor numa vala de insatisfação e até de depressão.

A vida que o Evangelho proporciona foge a estes ideais mundanos. Todos nós podemos hoje viver de uma forma equilibrada e equilibradora, consumindo o necessário e estimulando outros para que assim o façam. Temos, como seguidores de Cristo Jesus, uma responsabilidade crucial neste aspecto. A Igreja pode e deve estimular a vivência de um estilo de vida que seja diametralmente diferente do que hoje está mergulhada a sociedade globalizada. O autêntico e genuíno estilo de vida cristocêntrico confronta o estilo de vida mundial globalizado, desperdiçador de recursos e alienador dos seres humanos. Vivamos de tal forma que possamos oferecer ao mundo um estilo que preserve os recursos deste planeta que Deus outorgou ao homem.

Somente assim, o nome do Senhor será glorificado por nós (1Co 10.31). Fuja do consumo exagerado, fuja deste estilo de vida e seja como Jesus, repartindo e ajudando ao necessitado e recolhendo o que sobra para que não seja desperdiçado, veja as passagens da multiplicação dos pães (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9+10-17; Jo 6.1-14), especialmente o verso 12 do capítulo 6 do Evangelho de João onde Jesus manda que os pedaços que sobraram fossem recolhidos para que nada se perdesse. Eis aí nosso modelo pleno de cuidado e exemplo de cultura anti-desperdício.

Que todos nós possamos pensar e colocar em prática a Palavra de Deus também neste aspecto.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Porque os milagres são possíveis?


São possíveis porque Deus criou o cosmo como uma uniformidade de causa e efeito num sistema aberto. O que isso significa? Significa que Deus não criou o cosmo para ser caótico. Isaías 45.18,19 declara isto de forma sublime. O universo foi criado de forma ordenada, não estando num estado de confusão mas de ordenamento e propósito. E há uma relação clara entre a natureza do universo de Deus e a natureza do caráter de Deus. O mundo é o que é em parte, porque Deus é o que é.

Em continuidade, vemos um sistema aberto que não está, absolutamente, preso a um determinismo. Ou seja, Deus está interagindo em seu universo criado, num padrão de desdobramento e contínua atividade. Também somos assim como seres humanos. O reordenamento do mundo é uma realidade. Vemos isto de forma clássica no episódio da Queda. Adão e Eva fizeram uma escolha que teve reflexos extensos sobre a raça humana. Porém Deus fez outra escolha redimindo as criaturas que criara à Sua imagem e semelhança por meio de Jesus Cristo. E o ser humano está em contínua atividade de reordenamento deste mundo, através de suas ações e decisões quer individuais, quer coletivas.

Fica portanto bem delineado o fato de que no teísmo cristão, o universo é um sistema aberto, ordenado mas não determinado. Diferentemente, o deísmo declara que o universo é um sistema fechado. Há uma cadeia de causa e efeito, ou seja, tudo já estaria preordenado, determinado E se está fechado ou preordenado não está aberto à intervenção, ou de Deus, ou anjos e demônios, ou dos seres humanos. O sistema estaria fechado à semelhança do mecanismo de um relógio.

Como cristãos cremos firmemente que o Deus que criou todas as coisas está presente em nosso meio e age soberanamente em nossas existências. Cremos que os milagres são possíveis porque Deus não criou todas as coisas para depois ausentar-se ao Seu reino celestial, como creem os deístas, e deixou todas as coisas funcionando predeterminadamente, somente em uma relação de causa e efeito. Não. Cremos que há realmente uma uniformidade de causa e efeito num sistema aberto, onde Deus pode intervir em nossas vidas continuamente. E nós somos participantes deste processo de reordenação, logicamente sendo Deus unicamente o Autor do extra-ordinário porque nós agimos somente no nível ordinário mas que também tem grande significação e importância porque somos seres moralmente responsáveis.

O ceticismo de muitas pessoas hoje acontece porque sua cosmovisão, seja ela qual for, não reconhece a cosmovisão cristã. Nesta cosmovisão, o homem alcança pleno significado para sua vida no presente e contempla com esperança o porvir. O teísmo é a única cosmovisão que admite plenamente a intervenção de Deus, o Deus da Bíblia que se revelou plenamente na Pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo e que continua hoje a agir como no passado (Hb 13.8).

Aceite o fato portanto, seja você quem for que estiver lendo estas linhas, de que o mundo não está entregue a si mesmo. O mundo e tudo que nele há, incluindo a raça humana não é autônomo em sua existência ou veio ele a existir sem a intervenção divina. Falharam gravemente os pensadores e filósofos que construíram seus sistemas de pensamento e deixaram Deus de fora. Ficaram totalmente vazios e sem significado. Mas o Senhor ainda hoje continua a sinalizar, continua a se fazer presente em seu mundo. Ele é o Senhor (Is 45.12, 23)!

Olhe ao seu redor. Você realmente acredita que o mundo é sem significado, não tem nenhum propósito, está vazio da presença de Deus? De que Ele absolutamente não se importa com o que acontece conosco? Nos deixa entregues à própria sorte? Deus continua a agir em seu mundo, que Ele amorosamente criou e onde colocou a coroa de Sua criação, o homem, que depois caiu em pecado, mas não ficou entregue ao seu infortúnio, o Criador o buscou e fez provisão plena para sua transgressão.

Eu creio em milagres por tudo isto que declinei mas maiormente pelo grande ação divina que marca incontestavelmente a todos que abraçam a fé cristã: sua salvação através do sangue expiador de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Que o Espírito Santo fale profundamente ao seu coração. Pense nisto.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Novo modelo de "família" à vista.....


Um jornal de grande circulação em minha cidade, publicou em sua edição de 01/12/09 matéria de capa sob o título: "A vitória dos laços de amor" onde informa que o juiz da vara de família do município concedeu a guarda definitiva de uma menina de três anos a um casal homossexual, duas mulheres que estão juntas há mais de dez anos. A menina já estava sob a guarda provisória das duas desde o seu nascimento em 2006.

Decisão polêmica sem nenhuma dúvida tomada pelo referido juiz. Isso demonstra cabalmente para nós que cremos na Palavra de Deus de que os tempos em que vivemos são tempos difíceis, onde cada vez mais o ser humano, separado de seu Criador, atrai para si a ira de Deus com tais atitudes que frontalmente contrariam o projeto divino para o homem.

Indagamos, qual o parâmetro bíblico da família? Inicia-se quando o homem deixa a casa de seus pais, conhece uma mulher, une-se a ela pelos laços sagrados do matrimônio e passam a constituir assim o seu próprio lar, sua própria família (Gn 2.24; Mt 19.4-6). Nesta passagem de Mateus, Jesus foi categórico ao dizer: "Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez." Já notamos aqui como a Palavra de Deus define que um casal ideal, um casal normal, aos olhos de Deus, haverá de gerar por conseguinte uma família também ideal e normal. Filhos que recebem o exemplo que vem da figura masculina - homem, marido, pai e o exemplo da figura feminina - mulher, esposa, mãe.

Repudiamos sem pestanejar tal união de duas mulheres que dizem constituir um "casal" e repudiamos a educação que tal criança receberá, deletéria para seu desenvolvimento normal. Repudiamos a decisão do juiz em conceder a guarda definitiva desta criança. A Bíblia diz: "Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem" (Rm 1.32). Ou seja, para Deus, tanto é condenável o que pratica o homossexualismo, como aquele que não pratica, mas consente, mas concorda com tal prática onde querem passar para a sociedade de que um casal gay é normal e que não se deve ter nenhum preconceito a respeito.

Aliás, em entrevista a uma emissora local, o juiz afirmou exatamente isto de que não haveria de se ter qualquer preconceito com relação à prática gay, ele mesmo não criticava a opção sexual de qualquer pessoa e foi igualmente de uma infelicidade só quando disse: "Mas, e se a menina ao crescer, tornar-se também homossexual, e daí, qual seria o problema?" Para minimizar, ele citou de que segundo alguns estudos, nada comprova de que, necessariamente, a menina teria que ser gay também somente porque foi criada por um casal gay. Mas mesmo que isso não ocorra, a menina estará convencida, em face da criação que terá, de que ser gay é algo normal.

O juiz em sua justificativa para conceder a adoção ao "casal", disse que elas eram estáveis materialmente e que por isso poderiam dar o que fosse de melhor para a menina. Materialmente sim, mas e moral e psicologicamente? Essa menina não terá o referencial adequado em sua vida sobre a figura real do pai, e até mesmo da mãe, e quero aqui indagar: Ela tem duas mães? Ou serão dois pais? Como essa menina entenderá isso?

Deus disse: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos!" E ainda: "Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão" (Is 5.20,21; 10.1).

Creio que não preciso nada mais falar.......por favor, pense nisso.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O racionalismo de Descartes, fundamento do ateísmo contemporâneo


Atribui-se a René Descartes (1596-1650) a paternidade da filosofia moderna. Seu objetivo era a elaboração de um método de investigação que facilitasse a descoberta daquelas verdades integralmente corretas. Ele personificava a Idade da Razão que surgia. Descartes cria que a introdução do rigor da demonstração matemática nos campos do conhecimento tinha um grau de correção maior do que do conhecimento oriunda da observação empírica, sujeita a erros.

Havia uma diferença fundamental em Descartes em relação aos filósofos empíricos do século seguinte - ele não se deixou vencer pelo ceticismo. Em sua busca pelo conhecimento preciso, ele partiu da dúvida e nesta proposta, colocava em dúvida todas as coisas, porém chega a concluir de que há uma coisa, pelo menos, do qual nenhum ser pensante pode duvidar - sua própria existência. Tomando emprestado de Agostinho (354-430) ficou famosa a máxima cartesiana - cogito ergo sum - "penso, logo existo."
Ao comprometer-se radicalmente com a dúvida, houve, para grande alegria de Descartes a produção de uma certeza inquestionável e consequentemente um fundamento com base no qual seria edificada uma estrutura racional segura.

Isto posto, surge a partir da metodologia filosófica de Descartes uma nova visão do ser humano. Passa a definir o homem como uma substância pensante e a pessoa humana como sujeito racional autônomo. A ênfase é na experiência pessoal e no conhecimento pessoal resultante do ponto de vista particular do indivíduo. Fica assim estabelecida a partir de Descartes a centralidade da mente humana e o programa filosófico para os próximos três séculos. Os filósofos da modernidade acataram o método cartesiano, partindo também da dúvida e insistiam que toda a crença fosse considerada falsa até que sua veracidade fosse comprovada. A partir deste ponto, rompe-se o equilíbrio da cosmovisão do mundo medieval pautada pelo teocentrismo e passa-se a admitir o antropocentrismo. O ponto de partida para o conhecimento e a reflexão agora é o sujeito pensante, o homem e sua racionalidade, e não mais a revelação divina.

A Bíblia passará a ser submetida a métodos racionalistas para ser "devidamente" compreendida. O Iluminismo que surge a partir do método cartesiano influencia aos teólogos que passam a construir sua teologia sobre o fundamento da filosofia racionalista - para esses, a razão passa a ser, por si mesma, competente para a produção do conhecimento das verdades eternas.

Claramente são percebidas as implicações para a fé e a teologia por causa do racionalismo cartesiano. E esta influência chega fortalecida em nossos dias com a negação e ataques sistemáticos feitos à fé cristã e à Bíblia pelos ateus e céticos de plantão. Este fluxo é engrossado por aqueles egressos do Cristianismo que, por vários motivos, passam a posicionar-se contra o mesmo também rejeitando com veemência a Palavra de Deus.

O irônico é que René Descartes, ele mesmo, era um cristão. Ele cria na Bíblia e considerava Deus o ponto central em toda a sua filosofia. Logicamente, não podia imaginar que o seu método fundamentado na matemática, pudesse dar origem ao clima hostil e à rejeição que hoje se nota em muitos no que tange à Jesus Cristo, à Bíblia e a fé cristã em geral.

Obviamente somos seres pensantes, racionais. Entretanto, não rejeitamos, como cristãos, a fé na Palavra de Deus, a crença em Jesus e em seu nascimento virginal, nos milagres, etc. Isto porque, se Deus é realmente Todo Poderoso, Perfeito, Justo, Santo, pode satisfazer plenamente à mente humana crer na existência de tal Ser. As evidências a favor da Bíblia e a favor da existência de Deus são robustas. É razoável crer que Deus existe e que a Bíblia é a Sua revelação para o homem. Os cristãos não devem temer os ataques à fé que professam. A Igreja está guarnecida pela verdade bíblica (1 Pe 1.25). Crer é também pensar, como afirma um dos livros de John Stott. Não somos postulantes de uma fé racionalizada. Francis Schaeffer disse em A Morte da Razão que o racionalista coloca-se deliberadamente no centro do universo insistindo em sua pretensa autonomia e acaba assim destituído de significado e realce, nulo e sem valor real. Schaeffer ensina-nos ainda que o Cristianismo é um sistema constituído de um elenco de ideias que se pode discutir. Tem um princípio e se desenvolve desse ponto de partida em moldes que se não contradizem. Esse ponto de partida é a existência do Deus pessoal-infinito como Criador de tudo o mais que existe. Não é o Cristianismo, ainda citando Schaeffer, uma série vaga de experiências incomunicáveis, baseadas em um "salto no escuro", totalmente inverificável.

O que Descartes fez foi estabelecer a mais próxima certeza da existência de Deus - porque somente se Deus existe e não queira que sejamos enganados por nossas experiências é que poderemos confiar em nossos sentidos e processos lógicos de pensamento. Rejeitamos todo tipo de racionalidade portanto que nega a Deus e nega ao próprio homem ao declarar orgulhosamente que pode por meio de seus próprios processos mentais, descobrir a verdade sobre a vida, sobre si mesmo, negando a soberania de Deus sobre todos nós.

Pense nisto! Com esta expressão sempre concluímos nossas postagens. É preciso mais do que nunca pensar sobre a revelação que Deus faz de Si mesmo na Bíblia, pensar na obra consumada de Jesus Cristo na cruz, pensar sobre o homem, sobre nós mesmos, em que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, portanto em posição elevada em relação ao restante da Criação, mas ao mesmo tempo, estamos separados de Deus por causa da Queda acontecida em determinado ponto da história do homem sobre a terra. É inteira e completamente mais plausível o que está registrado nas Escrituras judaico-cristãs sobre Deus, o mundo e o homem do que podem os filósofos arguir com suas vãs especulações, ou, por outro enfoque, quando meros homens, meras criaturas de Deus, querem convencer a outras criaturas de que Deus é irreal.

Em tempo: Pense muito e continuamente sobre tudo isso. Que assim seja!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O púlpito pentecostal deve ser reformado


"É preciso que as igrejas pentecostais [...] acrescentem ao nosso ardente testemunho de experiência [...] esforço intelectual mais determinado a fim de expor com precisão a nossa fé. Não devemos nos deleitar com emoções profundas à custa de reflexões superficiais".
Donald Gee, teólogo pentecostal em 1935

Considero nossa teologia pentecostal consistente. Muito embora não tenhamos uma elaboração teológica mais aprofundada e acurada como os irmãos reformados, todavia, ainda assim, podemos verificar a biblicidade de nossa teologia. Todavia, é preciso falar acerca da palavra vinda de nossos púlpitos porque carecem exatamente de uma exposição muito mais aprofundada, muito mais bíblica, e como disse Donald Gee, deleitamo-nos nas emoções profundas à custa de reflexões superficiais.

Muitos pregadores de matiz pentecostal, são especialistas, pode-se assim dizer, em suscitar emoções em sua platéia. O labor teológico não é o forte destes irmãos, mas sim, a emocionalidade que agrada em cheio ao povo pentecostal. Sabemos que, de uma forma geral, em nossas igrejas pentecostais no Brasil, a predileção é pelo pregador inflamado, que com sua técnica emocionalista, arranca muitos glórias a Deus e aleluias da igreja reunida. Mas, a estruturação das vidas pela Palavra de Deus fica prejudicada. Também se sabe que, via de regra, se o pregador da noite for um homem de estudo, um mestre, não reconhecido como um pregador “avivalista”, ele é, em alguns lugares, rejeitado pelos crentes reunidos, porque na mente de muitos a teologia torna o crente “frio” ou “mundano”.

Este tipo de mensagem de ênfase emocional é de natureza antropocêntrica. Tendo o homem como centro, os pregadores emocionalistas, avivalistas, inconscientemente, têm como alvo que seus ouvintes “sintam as emoções gloriosas do Espírito Santo”. O misticismo toma lugar em detrimento à uma reflexão bíblica que gere cristãos mais maduros, mais plenos em Cristo e que saibam reflexionar os conteúdos fundamentais da Palavra de Deus.

Desta forma, defendo aqui a reforma do púlpito pentecostal. Eu mesmo, preguei algumas vezes nesta ênfase emocionalista. Mas eu sei que foi um desperdício, preguei minhas próprias ênfases, meus próprios pensamentos, ao invés de trazer uma mensagem oriunda de uma reflexão profunda e teologicamente abalizada na Palavra de Deus. Não devemos desprezar a paixão e o ardor na pregação, não estamos aqui absolutamente falando em mensagens formais, homileticamente perfeitas, mas sem a pujança da vida no Espírito, mas sim em mensagens de origens inteiramente bíblicas e teologicamente saudáveis. Isto porque, não quero estar fascinado por uma teologia contaminada pela psicologia ou a sociologia, por exemplo, trazendo aos meus ouvintes as últimas novidades nesta área. Isto não me interessa e não é o que Deus quer que eu pregue. O Espírito Santo sempre me orientará para que eu pregue todo o conselho de Deus (At 20.27) porque não é outro o alimento espiritual de que nós precisamos – unicamente a pura Palavra de Deus.

O púlpito pentecostal deve ser reformado. Outros púlpitos também. Mas falo prioritariamente do púlpito pentecostal, porque é este de minha ambiência e experiência cristã. São más as emoções? Não, foram dadas por Deus, fazem parte da integralidade humana. São inteiramente perniciosos os insights da psicologia, da sociologia ou de qualquer outra ciência humana? Não, todavia, a Palavra de Deus não será encontrada em nenhum outro lugar a não ser em púlpitos consagrados a transmiti-la de acordo com a direção do Espírito Santo. É na Igreja e através de pastores zelosos que o conselho de Deus, a Palavra de Deus, fará o que lhe apraz (Is 55.11) nas vidas e corações.

Deus tem muito a nos falar do púlpito. Urge que hajam púlpitos realmente consagrados a transmitir a mensagem divina. Uma pregação radicalmente saturada da Bíblia e não apenas baseada nela. Uma mensagem saturada da Bíblia, plenamente cheia dela, sendo a Bíblia amplamente explicada como deve ser para que todos entendam o que Deus quer nos falar. Não devemos entreter o povo com emoções, mas saturar a mente e o coração do povo com a riqueza e profundidade de todo o conselho de Deus.

Bíblia! É disso que realmente precisamos. E nada mais. Pense nisto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Não existem apóstolos contemporâneos


Alguns líderes da Igreja de nossos dias prezam grandemente os títulos e as posições exaltadas. Muitos pastores tem tomado para si o título de "apóstolos." Com toda sinceridade e com todo respeito devidos a estes amados irmãos, não consigo perceber no NT a direção para que alguém tome este título sobre si. Consideremos os seguintes pontos:

1) Em primeiro lugar, lemos o texto de Ef 4.11, onde se vê claramente os dons ministeriais da Igreja de Cristo: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (mestres). A supervisão da igreja era feita por estes ministros diferentemente dotados. Totalmente sob a direção do Espírito Santo e nada era feito segundo o critério humano;

2) Os apóstolos eram os representantes legítimos de Cristo aqui na Terra e deram prosseguimento à sua obra. A Igreja estava edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, Ef 2.20;

3) Receberam originalmente a revelação cristã, Ef 3.5 e foram testemunhas especiais da ressurreição de Jesus Cristo.

Precisamos agora perceber algumas características específicas dos apóstolos:

1) Chamada pessoal da parte de Jesus Cristo, Gl 1.1; Mt 10.1;
2) A operação de sinais, prodígios e milagres, 2 Co 12.12;
3) O cuidado das igrejas e a responsabilidade de fazer discípulos em todas as partes da terra, 2 Co 11.28; Mt 28.19; At 15.36.

O ensino dos apóstolos chegou até nós em sua forma definitiva como é encontrado no NT. Submeter-se aos ensinos do NT significa portanto submeter-se aos ensinos apostólicos. E quanto ao número de apóstolos, obviamente que o NT não fala somente nos doze e em Paulo, mas, outros foram denominados também de apóstolos, entretanto, o que deve ser percebido é que, fundamentalmente, um apóstolo era testemunha ocular da ressurreição de Cristo e Paulo foi claramente uma exceção gloriosa neste caso (não estava presente no momento da ressurreição de Cristo, até porque, nesse tempo, nem convertido era), mas mesmo assim era considerado uma testemunha conforme ele mesmo afirma em 1 Co 15.8, 9, porque vira o Cristo ressurreto, mesmo que a posteriori.

Está claro que a função apostólica tem a comissão de testificar, por palavra e por sinal, sobre o Cristo ressurreto e Sua obra terminada. O ofício apostólico jamais poderia ser repetido ou transmitido. Os apóstolos zelavam para que fosse provido um ministério local e não se nota transmissão de funções apostólicas, como se vê na função pastoral propriamente dita, 2 Tm 2.2; Tt 1.5-9.

É por isso que cremos que não se pode atribuir o título de apóstolo a alguém neste nosso tempo, muito embora, à semelhança de um apóstolo, possa ir pioneiramente a alguma terra onde não haja a presença do Evangelho e ali pregar a Palavra e estabelecer uma igreja cristã. Porém, isto é claro, é função de um evangelista. Alguns tomam sobre si o título de apóstolo com ares de apóstolo à moda do NT. É inaceitável. Conforme o Novo Dicionário da Bíblia de Edições Vida Nova: "Nem era também necessária uma tal transmissão. O testemunho apostólico tem sido mantido na obra permanente dos apóstolos e, o que se tornou normativo para séculos vindouros é o que ficou escrito no Novo Testamento. Nenhuma renovação do ofício ou de seus dons especiais tem sido necessária. Foi um ofício do alicerce; e a história da Igreja, desde então, tem sido a superestrutura" (1983, p. 98).

Rejeito portanto, os autodenominados "apóstolos." Rejeito os ministérios apostólicos. Vejo como algo desnecessário esta denominação "apostolar" e tem um "quê" de vaidade pessoal em alguns, não em todos. O apóstolo, na visão de muitos desses, é visto como alguém superior, inatingível, intocável, inquestionável. Todavia, não quero julgar as motivações de ninguém porque o Senhor, somente Ele, é o juiz, Tg 4.11, 12.

Quando digo que não existem apóstolos contemporâneos que fique claro que é no sentido, como frisei, de como é apresentado no NT e que alguns acham que podem repetir o ofício apostolar, ou que, de alguma forma, poderia ser transmitido. Já vimos que não se coaduna tal pensamento com o que se encontra registrado no NT.

Por favor, se possível, amigo e irmão, pense nisso.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Porque Ahmadinejad visita o Brasil?

Porque o Brasil deseja uma maior projeção internacional e o atual governo sabe disso muito bem e para tanto convida um líder altamente polêmico que afirma que o holocausto dos judeus nunca existiu. Só esta constatação já seria mais do que suficiente para questionar, e muito, um governante que pensa desta maneira.

Todavia como o pragmatismo e o relativismo são o pano-de-fundo de quase todo relacionamento entre os homens e governos pós-modernos, naturalmente o presidente Lula transita com muita desenvoltura por esta via. E por isso, empunha o discurso da tolerância ao convidar Ahmadinejad para visitar esta Terra de Vera Cruz onde, de maneira harmônica, convivem várias etnias de procedências diferentes.

O presidente iraniano bem que poderia aproveitar esta visita e procurar entender esta salada-de-frutas tropical que é o Brasil, a fim de que em sua querida pátria, o Irã, ele possa parar de perseguir os que discordam de seu governo.

Certamente que devemos ser tolerantes. O governo brasileiro assinou vários acordos com o governo iraniano de cooperação econômica. Isto é bom ou é mau à luz do que Ahmadinejad pensa? Só o tempo dirá se foi com acerto que estes acordos foram feitos, se esta parceria comercial se ateve somente no que tange às relações comerciais entre os dois países, ou se irá transbordar para a área política.

Nossa tolerância não deve excluir a denúncia do que ocorre no Irã hoje. Nem deve-se deixar o senso crítico de lado quando o sr. Mahmoud Ahmadinejad pronunciar barbaridades como "Israel deve ser varrido da face da terra."

Francamente, foi um tapa na cara de todo judeu a acolhida altamente amistosa e fraterna que o governante iraniano recebeu. Quero ver se da mesma forma, Lula irá apoiar Israel quando o Hamas e o Hezbollah (grupos terroristas apoiados pelo Irã) resolverem efetivar novas ofensivas que periodicamente fazem contra o território israelense como já aconteceu neste ano da parte do Hamas e Israel foi bastante criticado pela comunidade internacional (inclusive o Brasil) pela forma como reagiu contra estes terroristas palestinos.

Não nos enganemos. Não nos deixemos manipular. O presidente do Irã até aliviou um pouco o discurso quando foi entrevistado por um repórter da Rede Globo e não falou com a ferocidade habitual contra Israel.

O porque verdadeiro da visita do Ahmadinejad ao Brasil não encobre o fato da grande hostilidade sofrida pelo estado judeu e que aumentará ainda mais para que a palavra profética da Bíblia se cumpra: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mt 24.35). Jesus no sermão profético que pronunciou registrado neste capítulo 24 de Mateus profetizou a grande perseguição promovida contra os judeus da parte do Anticristo e seus aliados do qual, certamente, Ahmadinejad se faz um desses.

Oremos por todos, inclusive pelos governantes como manda a Palavra de Deus. Mas sejamos sábios em nossa análise do que se passa nos dias de hoje.

Irmão, considere bem o teor desta postagem e te conclamo: Pense nisto!

domingo, 22 de novembro de 2009

Eu digo não ao "Partido do Aborto"

Este era um assunto o qual planejava escrever qualquer hora dessas, mas tive o click inspiracional para agora fazê-lo ao ler o 'Mensageiro da Paz' deste mês na página 25 onde o pastor Elinaldo Renovato de Lima, conceituado articulista, discorre sobre a postura do Partido dos Trabalhadores (PT) em fazer aprovar leis pró-aborto no intuito de plenamente legalizar esta abominável prática. Ou seja: É A OFICIALIZAÇÃO PELO ESTADO DO HOMICÍDIO. Não aceito de forma alguma o discurso dos pró-abortistas de que a mulher é dona de seu próprio corpo. Não é. Nem nunca será. Porque nenhum ser humano é autônomo, Deus é o dono de tudo e foi Ele que soberanamente criou-nos a todos. O ABORTO É CRIME!

Dois deputados do PT Luis Bassuma (PT/BA) e Henrique Afonso (PT/AC) não concordaram com a filosofia abortista que domina este partido e, arguidos pela consciência, resolveram não aderir a esta postura oficial e ofensiva a Deus e passaram a defender a vida. Foram então punidos com a expulsão das fileiras do PT. Deputados estes que, não deram o mau exemplo de outros parlamentares do referido partido que meteram a mão no dinheiro público, que tentaram enriquecer às custas do erário. Deputados estes questionaram a descriminalização do aborto com coragem e por isso foram punidos. É revoltante. É vergonhoso.

A filosofia materialista e relativista deste partido também é compartilhado pelo PC do B e PPS. Miseravelmente, o governo Lula em seu segundo mandato através de seu ministro da saúde, José Gomes Temporão insistiu na aprovação do Projeto de Lei 1135/91 afirmando convictamente que "o aborto é uma questão de saúde pública." Todavia, esta proposta foi rejeitada duas vezes. Mas o PT não se deu por vencido e continua em sua luta pela plena aprovação de sua lei pró-aborto.

O que causa espécie é pensar que há determinados "cristãos" que concordam com a prática do aborto. O que passa na cabeça deles? Ou melhor, o que se passa com o coração, com a alma? Edir Macedo, o maioral da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) declara abertamente sua posição a favor do aborto e a Rede Record, de sua propriedade, criou um comercial que está no Youtube (Título: Record E O ABORTO: Eu decidi matar bebês). Não só na IURD como em outras denominações evangélicas, existem os lobos travestidos de ovelhas que insistem que o aborto não é crime e, à semelhança da mulher do comercial da Record/IURD, declaram descaradamente que a mulher pode fazer do seu corpo o que quiser.

Faço minhas as palavras do pastor Elinaldo: "Reflitam muito sobre em quem votar nas próximas eleições nos anos seguintes. Se votarem em algum candidato filiado a esse Partido do Aborto, estarão sendo cúmplices de crime hediondo, da destruição de vidas humanas inocentes em seus primeiros dias ou meses de gestação."

Certamente o mundo está sendo preparado para a ascensão do Anticristo. A morte será mais e mais cortejada por aqueles que, inspirados por Satanás, almejam a destruição da obra-prima de toda a criação, o homem. O diabo tem colocado nos corações desses pervertidos (inclusos muitos cristãos) a opção pelo aborto, pelo descarte de vidas, simplesmente se a mulher não desejar continuar aquela gestação e ter o bebê. A Bíblia diz: "Eu te louvarei, porque de um modo assombroso,e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem" (Sl 139.14). É obra maravilhosa de Deus a formação do ser humano no ventre de sua mãe e é motivo de louvor para o salmista.

Não venham aqueles que defendem o aborto utilizando a argumentação de estupro, de má formação fetal, etc. Isto é relativizar a questão. Deus é soberano. Ele tem poder. Ele pode tornar o mal em bem. Tudo está em Suas mãos porque Ele é onipotente. Está registrado na Palavra de Deus que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados pelo Seu propósito (Rm 8.28). Mas para os abortistas, tudo concorre para o mal, porque não amam a Deus e Ele abomina o pecado que praticam.

Irmãos, é hora de estarmos bem firmes. Não ao aborto. Não aos partidos ou candidatos que assim creem. A favor da vida, a favor de Deus e Sua Palavra.

Bem disse o Senhor Jesus: "Serpentes, raça de víboras, como escapareis da condenação do inferno?" (Mt 23.33).

Por favor,te conclamo, pense nisto!


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

E a Bíblia continua sendo rejeitada por essa geração....


A incredulidade no meio acadêmico em relação à Bíblia não é segredo para ninguém. Conjugam-se esforços a cada dia para trazer à lume pesquisas científicas que provariam que as Escrituras não passam de um livro como outro qualquer.

Os pressupostos utilizados pelos pesquisadores seculares são o começo para que possamos entender a grande rejeição das Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Esses pressupostos incluem o uso da razão humana que desemboca numa rejeição dos milagres narrados no texto sagrado e a não atribuição da inspiração divina sobre os escritores bíblicos. Segue-se com isso que, naturalmente, negam a existência de Deus. Se Deus não existe, logo, o compêndio que é chamado de Livro de Deus não passa de uma fábula.

A crítica contemporânea em relação à Bíblia está firmada sobre os trabalhos da Alta Crítica desenvolvida nos séculos 18 e 19 nas universidades alemãs onde métodos de investigação e análise foram desenvolvidos por historiadores para reconstruir o passado. Nestes estudos, procuram descobrir a data de cada livro, seu autor, seu propósito e características de estilo e linguagem. A Baixa Crítica, também conhecida por Crítica Textual, por outro lado, é a que se ocupa do estudo do texto em si. Observa os manuscritos existentes para estabelecer qual o texto mais aproximado do original. Suas investigações têm deixado textos muito exatos e dignos de confiança. A crítica bíblica, tanto a textual como a alta, pode lançar muita luz sobre as Escrituras, sendo aplicada com reverência e erudição. O exemplo dos Pais da Igreja, dos reformadores e dos eruditos evangélicos demonstram o grande benefício que obtiveram e para toda a Igreja, dos estudos feitos sob este prisma adequado. Infelizmente, os críticos alemães, sob a deletéria influência do racionalismo daquele tempo, chegaram a conclusões que, começando naquela época, geraram um crescente repúdio e a hostilidade para com a Bíblia em nossos dias aumenta cada vez mais.

Os estudiosos alemães aceitaram a teoria idealizada pelo filósofo Hegel de que a religião dos hebreus teria seguido um processo evolutivo. Assim, no princípio de sua história, os israelitas acreditavam em muitos espíritos, depois desenvolveram a crença em um só Deus, e mais tarde chegaram à fase sacerdotal. Igualmente o culto dos hebreus veio a evoluir quanto aos seus sacrifícios, suas festas sagradas e seu sacerdócio.

A base fundamental de toda a Alta Crítica, assenta-se na Hipótese Documentária de Julius Wellhausen e Karl H. Graf. O Pentateuco foi entendido como tendo sido composto por vários autores e não por Moisés. Assim, o produto resultante desta infundada teoria e tantas outras é o clima predominante nesta nossa época pós-moderna, tempo de desconstrução e de aceitação de múltiplas narrativas, todas consideradas igualmente válidas.

A Arqueologia têm trazido ao conhecimento de todos que queiram enxergar, descobertas que têm provado muitas das afirmações do Antigo Testamento. A historicidade de grande parte do livro de Gênesis vem sendo confirmada, por isso, já não se pode denominá-lo de "uma coleção de lendas cananéias adaptadas pelos hebreus." Particularmente no que tange ao Pentateuco, rejeitar Moisés como seu autor é, de maneira óbvia, obra de estudiosos que creem cabalmente de que não existe nenhuma ação sobrenatural de Deus no mundo, nem jamais houve. Para eles, seria absurdo acreditar em todas as informações históricas escritas sobre a criação do mundo, o Dilúvio, a travessia do Mar Vermelho, Deus falando a Moisés, etc.

As pesquisas do erudito liberal estão assentadas no pressuposto de que nada de sobrenatural existe na Bíblia, sendo que tudo o que é referente a milagres são considerados relatos míticos.

Em contrapartida, o erudito conservador parte do pressuposto de que Deus interveio milagrosa e sobrenaturalmente em determinadas épocas conforme o relato bíblico deixa inteiramente demonstrado.

Consultando ao Texto Sagrado com ideias preconcebidas revestidas de um ceticismo absoluto, naturalmente que estes pesquisadores e todos que se servem do resultado de seus estudos, continuamente estarão a rejeitar a verdade eterna da Palavra de Deus.

Cumprem-se assim as palavras de Jeremias: "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor" (17.5) .

Irmãos, mais do que nunca, devemos proclamar em alto e bom som e por todos os meios, a verdade da Palavra de Deus. Devemos escrever e publicar livros, artigos, estudos, reportagens, postagens, enfim, o que for de nosso alcance e capacidade para refutar as afirmações de homens néscios, insensatos, desprovidos de entendimento, que tratam a Bíblia como um mero livro humano, que rejeitam o Deus da Bíblia e tentam a cada dia ridicularizar a bendita figura de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quanto a mim, em que pese minhas inúmeras falhas, minhas fraquezas e defeitos, continuarei neste afã de escrever e contribuir para que a Palavra de Deus seja amplamente divulgada, esperando no Senhor que Sua santa semente caia em terreno fértil.

E quanto a ti? Já pensou sobre isso? Então comece agora mesmo, em o Nome de Jesus, pense nisto.

"Porque
Toda a carne é como a erva,
E toda glória do homem como a flor da erva.
Secou-se a erva, e caiu sua flor;
Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.
E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada."

1 Pedro 1.24,25