Na última rodada do Campeonato Brasileiro realizada no último domingo, a equipe do Coritiba enfrentou o Fluminense, jogo realizado no estádio Couto Pereira em Curitiba, PR. O resultado do jogo, empate de 1x1 contribuiu para que o Coritiba fosse rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Este resultado, combinado como outros resultados da rodada, enterrou de vez a esperança da equipe paranaense de permanecer na elite do futebol profissional na primeira divisão.
É fato inconteste que o futebol é um esporte que desperta paixões. Paixões estas que extrapolam os limites de sensatez e da racionalidade. Mas o que vimos, através dos noticiários sobre a bandalheira ao final da referida partida de futebol, foge a qualquer tentativa de entendimento ou racionalização.
A quebradeira foi geral. Cadeiras arrancadas e arremessadas ao campo e sobre os policiais, as armações de madeira dos anúncios em volta do campo usadas como bastões, portões derrubados, catracas também arrancadas de seus lugares, salas do estádio invadidas e depredadas. Uma horda de vândalos (torcedores?) invadem o gramado para agredir ao juiz e seus auxiliares e passam a atacar aos policiais que os protegiam. Um policial cai desmaiado sangrando no rosto e é agredido covardemente estando ainda no chão. No lado de fora do estádio, um ônibus de linha municipal é atacado por um grupo de torcedores, uma bomba é lançada e uma passageira vai parar no hospital com três dedos da mão arrancados pela violência da explosão. No interior do estádio, que mais parece um campo de batalha, os reforços da Polícia Militar chegam e começam a atirar contra a multidão de torcedores do Coritiba, balas de borracha mas que acertam um torcedor na cabeça e outro que foi atingido na clavícula e teve um osso esmagado.
Haveria porventura alguma explicação racional para tudo isto? Sim, há. Como é intenção deste blog, pretendemos analisar o homem e o mundo em que vive à luz das Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Isto posto, entendemos então pela Palavra de Deus, a inclinação maldosa do ser humano por causa de sua natureza pecaminosa (Gn 6.5; Jr 17.9; Mc 7.21-23; Rm 7.18-24). Exatamente por ser quem o homem é, como bem claro está na Bíblia, é que estas coisas acontecem.
Por outro lado, não se pode deixar de mencionar o inimigo do homem, Satanás e seus demônios que continuamente influenciam o homem sem Deus para que siga os ditames de sua natureza decaída. Aproveitando-se do estado de rebelião do homem para com Deus, o diabo tem estado presente na vida cotidiana promovendo toda sorte de violência, destruição e morte. Constatamos claramente sua ação em passagens como 1 Cr 21.1; Jó 1.7-12; 2.1-7; Mt 4.1-11; 2Co 2.10, 11; Ef 6.10-18; 1 Jo 5.19; Ap 12.12. Existem muitas outras passagens que demonstram deforma cabal, como o diabo procura atacar ao homem, sempre escudado no fato de que o homem tem uma natureza carnal e está em estado de rebeldia contra o seu Criador. O sistema mundano, com sua ideologia anti-Deus, de inspiração igualmente satânica, provê um meio ambiente ideal para que episódios desta natureza como ocorreram no domingo possam ser uma constante.
Por isso é necessário pregar a mensagem do Evangelho no poder e na autoridade do Espírito Santo. É necessário mais do que nunca a Igreja ser portadora fiel desta mensagem, vivenciando-a em sua plenitude e sendo "sal fora do saleiro" para que a corrupção do pecado possa deixar de fazer seus efeitos destruidores por causa da presença de vidas transformadas por Jesus Cristo.
Um espírito anticristão muito forte tem sido notado nestes dias que vivemos. Uma revolta contra toda forma de autoridade, inclusive no meio eclesiástico. Paulo disse ao seu jovem obreiro Timóteo: "Sabe, porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te" (2 Tm 3.1-5). Esta influência do espírito do anticristo é crescente (2 Ts 2.1-12; 1 Jo 2.18) porque a anarquia e insubordinação contra a lei e a ordem são suas características (Dn 7.25). E isto começou com Lúcifer em sua rebelião original há muitas eras passadas ao querer sobrepujar a Deus em sua Majestade e primazia (Is 14.12-15; Ez 28.12-19).
Não deve ser surpresa para aquele que conhece as Sagradas Escrituras de que Deus já nos revelara o que hoje presenciamos. Jesus mesmo falou em seu sermão em Mateus 24 sobre este aumento da violência no coração do homem nos últimos tempos antes de sua volta.
Oremos pela nação brasileira, oremos pelas autoridades constituídas, oremos uns pelos outros. Sejamos, tanto como crentes individualmente como constituintes do Corpo de Cristo, amantes e promovedores da paz (Rm 12.18: "Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens").
Esta é a vontade do Senhor. Pense sobre isso.
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