domingo, 30 de outubro de 2011

O Halloween e a Reforma Protestante


A origem do Halloween está nos povos celtas, que habitavam parte do norte da Europa e as Ilhas Britânicas. O verão em seu calendário terminava em 31 de outubro e iniciava-se o feriado de Samhain, o Ano novo céltico. Celebrava-se também o final da terceira e última colheita do ano e o início do armazenamento de provisões para o longo inverno, e o início do retorno do rebanho aos pastos. Tinha essa festa outros nomes: Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol.

A lenda de origem celta contava que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. O povo celta cria que era a única chance de vida após a morte. Eles acreditavam que o mundo dos espíritos dos mortos interagia com o mundo dos vivos. Como estes não queriam ser possuídos na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casas, vestiam fantasias e faziam um desfile barulhento em torno do lugar onde moravam, sendo tão destrutivos quanto possível a fim de assustar os espíritos dos mortos que os procuravam para possuí-los.

A festa de Halloween foi introduzida nos EUA por imigrantes irlandeses e passou a ser conhecido como o Dia das Bruxas. O nome halloween, segundo alguns praticantes de ocultismo, tem sua origem no termo hallowinas – nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte da Europa. Quanto às bruxas, várias lendas informam que elas se reuniam duas vezes ao ano, durante a mudança das estações: Em 30 de abril e em 31 de outubro. Chegavam em vassouras voadoras para a festa coordenada pelo próprio Satanás e amaldiçoavam e enfeitiçavam qualquer pessoa que vissem.

Os praticantes de magia negra, os altos sacerdotes do paganismo, consideram o dia 31 de outubro uma das suas principais comemorações durante o ano e nesse dia eles glorificam literalmente a Satanás através de rituais e cerimônias.

Tudo isso falamos para destacar o misticismo forte que está impregnado em nossa sociedade, e mais que isto, o amor às “coisas ocultas das trevas” (1Co 4.5) que muitos manifestam. Gostaria de me ater a esse misticismo correlacionando os pressupostos da Reforma Protestante e que trouxeram a igreja cristã de volta ao seu eixo bíblico, de onde nunca deveria ter se afastado, com o que ocorre hoje em nossa nação com tantas práticas inventadas por certos líderes de ministérios que se dizem cristãos evangélicos mas que são uma massa difusa de ensinos estranhos ao espírito da Reforma.

Essa cultura de misticismo infelizmente está impregnando a cada dia a igreja de Cristo porque o que vemos surgir em nosso cenário é o retorno às práticas medievais de indulgências, de amuletos, de encantos e isso consiste em crendices sem nenhum respaldo escriturístico. E aqui, não vou deixar de dar “os nomes aos bois”. Igrejas como a Universal do Reino de Deus (IURD), Internacional da Graça de Deus e Mundial do Poder de Deus, encabeçam a lista de comunidades ditas cristãs mas que se afastam a cada dia do que dizem as Escrituras.

Adotam e praticam coisas como: Utilizar sal grosso e ungir portas e janelas das residências com azeite para impedir o acesso dos demônios; uso de fitinhas no braço e medalhas com símbolos bíblicos; ingestão de copos de água “abençoada”; uso de objetos trazidos da Terra Santa, Israel, com o intuito de obterem a benção de Deus; unção de roupas, carteiras de trabalho e outros objetos (rosa ungida, sabonete de descarrego, etc) também para atraírem a bênção do Senhor; vendas em suas igrejas de objetos que, se adquiridos, ou, se eles forem ofertantes e dizimistas fiéis para esses ministérios, vão canalizar a bênção de Deus para si. Alguns exemplos desses objetos: Toalhinha milagrosa, martelo da justiça, meias de 153 reais (apenas três exemplos recentes da Igreja Mundial do Poder de Deus)!!!

A IURD costuma usar a terminologia da Umbanda e dono Espiritismo quando lidam com casos de possessos por demônios. Expressões como tirar um encosto, desmanche de trabalhos, e referências a demônios como pomba-gira, caboclo, exu, tranca-rua, zé-pilintra, etc. Além de tudo isso, também creem na famigerada doutrina das maldições hereditárias.

Nossa cosmovisão brasileira é sincretizada. Temos aqui a influência do cristianismo europeu pré-reformado que era carregado de práticas supersticiosas. O animismo indígena também se incorporou à nossa cultura bem como o fetichismo dos negros escravos africanos. O animismo ensina que existe uma alma ou poder a permear cada objeto e o fetichismo é a prática de cultuar ou venerar um objeto que representa um ser humano, uma coisa, uma divindade ou um ritual.

Tudo isso relatei aqui para dizer que a igreja evangélica brasileira precisa mais do que nunca se ater a uma prática e a uma fé genuinamente bíblica e cristocêntrica. Não é possível que nesses dois mil anos de história do Cristianismo, onde Deus demonstrou largamente, através de Seus atos soberanos de que seus filhos deveriam voltar-se para a Sua Palavra imutável, esses segmentos da Igreja do Senhor continuem a usar de práticas tão estranhas à vontade de Deus como expostas nas Escrituras do AT e NT.

Um desses atos soberanos divinos (e no meu entender, o mais profundo e eficaz) foi o da Reforma Protestante no século 16.

Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Sola Scriptura além do sacerdócio universal de todos os crentes, são os princípios inegociáveis da Reforma dos quais não podemos jamais nos afastar. Os pastores e líderes das igrejas citadas (existem muitas outras no Brasil, porém essas três são as principais, até mesmo por causa da projeção midiática que possuem) lançam mão desses artifícios supersticiosos e pagãos para alcançarem as pessoas e geraram um modus ecclesiae que pouco ou quase nada possui de legitimamente bíblico e cristocêntrico.

A festa de Halloween é a exaltação da superstição e da mística pagãs. A mídia também trabalha fortemente nessa direção com filmes como Harry Potter, Atividade Paranormal e outros da mesma estirpe. Pergunto: Nessas igrejas orientadas por superstições e práticas antibíblicas, que mensagem aqueles que são oriundos do paganismo ouvirão? Se converterão a Cristo verdadeiramente? Ou nada mais será que uma adesão a um ambiente que tem cara e jeito de cristão mas a essência é mágica e supersticiosa?

Cristo em sua morte e ressurreição derrotou aos principados e potestades do mal. A vitória está consumada (Cl 2.14,15). Mas vemos infelizmente indivíduos, igrejas e movimentos que se afastam cada vez mais daquilo que é bíblico e cristocêntrico. Os reformadores, levantados que foram pelo Deus soberano, trouxeram de volta a centralidade das Escrituras, da graça, de Cristo e da fé. Não vamos abandonar esses pressupostos, sob pena de perdermos a essência da fé cristã porque ficará transformada em uma caricatura além de desprovida também de poder (Rm 1.16), não terá nenhuma capacidade de libertar aqueles que estão ainda mergulhados nas trevas espessas do ocultismo como acontece com os praticantes e amantes da feitiçaria e do ocultismo do Halloween e de tudo o que ele representa.

Você, que ainda não é um legítimo cristão bíblico, e que não endossa todos os princípios da Reforma Protestante, procure pensar muito bem em tudo isso, em tudo o que acabou de ler, para o seu próprio bem.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A globalização e a proximidade com pessoas de outras religiosidades, vamos lhes anunciar a Jesus?

Com a globalização ocorrendo em todos os níveis, hoje temos a possibilidade de encontrar pessoas de muitas nacionalidades bem perto de nós e que por conseguinte, possuem as mais variadas expressões de fé.

Assim, o cristão consciente das ordens de Jesus, concernente à proclamação do Evangelho, ou seja, a Grande Comissão (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-49; At 1.8) deverá perceber que ao seu redor, quer seja em sua vizinhança, trabalho ou escola, pode estar uma pessoa entregue à crenças diametralmente opostas ao genuíno Cristianismo bíblico.

Não nos espantemos, porque poderemos estar na companhia de um budista, de um hinduísta, ou, de um muçulmano. Há alguns anos era difícil encontrar algum monge budista perambulando por aí, por exemplo, ou mulheres muçulmanas cobertas com seu véu, mas hoje, devido à globalização e à pluralização, é real essa possibilidade.

A pergunta que gostaria de fazer é: Conhecemos algo dessas novas crenças em nosso meio, o suficiente para poder entrar em diálogo com as pessoas envolvidas nelas e apresentar-lhes a verdade do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo?

Muitos cristãos alegam que não deveríamos perder tempo para conhecer as crenças de outras religiões. Que basta conhecermos o que diz a Bíblia que poderemos evangelizar essas pessoas. Essa afirmação esconde na realidade um preconceito contra outras ideias religiosas e uma indisposição para o diálogo.

Isto porque toda evangelização envolve interação entre o proclamador da mensagem do Evangelho, ou seja, eu e você, e o ouvinte dessa mensagem, que certamente nos fará muitos questionamentos, ou pura e simplesmente, apresentará argumentos opostos à mensagem da salvação por meio do sacrifício de Jesus Cristo.

E sempre devemos lembrar de que fomos tirados do mundo, salvos e limpos do pecado, libertos das algemas de Satanás, para agora, sermos enviados de volta ao mundo na condição de seguidores de Jesus Cristo, portanto refletindo seu caráter e nisso, tendo todo amor e tolerância para com os que pensam diferentes de nós, que seguimos a Cristo.

Na verdade, embora tenha mencionado três exemplos de religiões, Budismo, Hinduísmo e Islamismo, muitos outros adeptos de outras religiosidades estão em nosso meio. Entre a comunidade japonesa e chinesa, encontramos o Xintoísmo, o Confucionismo e o Taoísmo, além do Budismo, naturalmente.

O Hinduísmo, na verdade, já tem suas expressões entre nós. Os hare-krishnas, com seu visual exótico consegue atrair muitas pessoas que ficam fascinadas com tudo o que é diferente. Vendem seus livros nas praças e ruas e cantam seus mantras em honra a Krishna, com o intuito de chamarem a atenção para sua fé. O que sabemos sobre suas crenças para podermos lhes evangelizar de forma mais eficaz?

É necessário mais do que nunca que o crente em Jesus se interesse em conhecer um pouco sobre o que pessoas de outra fé creem. Não conhecer o pensamento, a cosmovisão do outro não proporcionará um ambiente adequado para que a mensagem do Evangelho seja semeada e venha a germinar.

Além disso, conhecer as principais doutrinas de outras religiões forçosamente levará o cristão a estudar com mais afinco a Palavra de Deus, proporcionando o aprofundamento nas doutrinas bíblicas e reforçando sua apologética frente a outras expressões enganosas de religiosidade.

O apóstolo Pedro nos faz uma mui sábia recomendação: "Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações, e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (1Pe 3.15), ou seja, devemos saber explanar nossa fé com precisão. O apóstolo Judas nos recomenda também: "Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3).

Aqui encontra-se a nossa tarefa apologética, a defesa da fé. Porque ao evangelizarmos pessoas de outras religiões, a fé cristã pode ser atacada, caluniada ou difamada, mas o crente conhecedor das Escrituras, pode, com a ajuda do Espírito Santo, apresentar a excelência do Evangelho ao seu ouvinte, não com o intuito de provar para este a superioridade do Cristianismo, mas com o nobre desejo de expor a mensagem de que em Jesus ele pode ser liberto dos engodos de sua prática religiosa, como disse Paulo ao pregar aos gentios em Listra: "... . Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles" (At 14.15b).

O conceito de que missões só se faz em campos transculturais carece de melhor fundamento. Em verdade, como dissemos, com a grande mobilidade hoje de ideias e pessoas, podemos sim encontrar adeptos até de religiões que pouco ou quase nada ouvimos falar. É nosso dever nos atualizarmos sobre isso, porque nosso compromisso para com Jesus exige isso, pelo fato de estarmos incumbidos de pregar a mensagem salvadora do Evangelho. A tarefa é nossa e é inadiável.

Temos de viver missionariamente onde estivermos. Quer seja no quintal de nossa casa, conversando com um vizinho não-cristão, na escola ou curso onde estudamos, com companheiros de classe (alguns até mesmo se declarando sem religião, ou ateus), em nosso trabalho, a caminho ou retornando do mesmo, enfim, em qualquer lugar, em qualquer contexto, encontraremos pessoas com concepções de fé opostas ao verdadeiro Evangelho. Para não falar dos assim chamados cristãos nominais, aqueles que se dizem "cristãos" mas que nós sabemos que esse "cristianismo" que vivem ou apregoam, constitui-se meramente em uma caricatura grotesca do verdadeiro Cristianismo.

Por isso Jesus disse que a seara era grande (Mt 9.37). Satanás continua a enganar o ser humano com propostas de religiosidade cada vez mais distantes da verdadeira fé que deve ser depositada no Deus vivo e verdadeiro (1Ts 1.9; Jo 17.3). Nós devemos ter isso bem vivo em nossas mentes, ou seja, o caráter enganador do diabo. E procurar enxergar nos adeptos de outras religiosidades um potencial campo missionário. Não podemos ignorar isto.

Aqui ficam bem patentes as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 10.13-17: "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Mas nem todos tem obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus."

Vamos pensar seriamente nisso a partir de hoje e procuremos proclamar a salvação em Jesus com muito amor por esses que estão acorrentados e enganados pelo Inimigo de nossas almas, amém!


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O fim de todos os tiranos é o mesmo.....

O ditador líbio está morto. Caçado como a um animal pelos seus opositores, Muammar Khadafi encontrou a morte em sua cidade natal. Estou a pensar no fim de todos os inimigos do bem. Daqueles que se alegram em praticar o mal. Em oprimir aos seus semelhantes e patrícios. Khadafi pertencia a essa estirpe de homens vis e perniciosos. E encontrou o seu fim assim como Saddam Hussein, Hitler, Mussolini, Stalin, Nero, Mao Tsé-Tung e tantos outros como bem atesta a história.

Os reinos humanos, em sua grande maioria, fundamentados na injustiça, na violência, no ódio, não subsistem por muito tempo. Não possuem a garantia da perpetuidade. Porque Deus não dorme e não permite que o homem se exalte por tanto tempo. O salmista diz: "Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas o Senhor sustenta os justos" e também: "Vi um ímpio prepotente crescendo como uma árvore nativa e verdejante. Mas eu passei, e ele já não existia; procurei-o, mas não foi encontrado" (Sl 37.17; 35,36, Almeida Séc. 21).

É uma salutar atitude divina, a poda da impiedade. Isso acontece todos os dias, quer seja na vida das nações e governos, como no caso de Muammar Khadafi, quer seja nas vidas das pessoas comuns. O Senhor realmente é restringidor do mal, o salmista diz ainda no Salmo 37 na primeira parte do verso 28 que Ele ama a justiça. Assim, temos como norma divina a Sua ação contrária a tudo o que representa a maldade, quer nas pessoas ou em seus sistemas, ainda que pareça tardio em agir (Ec 8.11).

Todos os governos, reinos ou impérios humanos, quer sejam despóticos ou não, haverão de passar. O homem é finito. Sua vida na terra é como um vapor, uma névoa, que aparece para logo em seguida desaparecer, como está escrito na Epístola de Tiago (4.14). O profeta Daniel, melhor do que ninguém, deixou bem clara essa evidência da não-perpetuidade de homens ou governos, ao declarar mediante revelação divina, o significado do sonho de Nabucodonosor, o sonho da grande estátua (Dn 2.31-35).

Na interpretação do sonho (2.36-45), fica clara a intenção divina em delimitar os tempos dos governantes e governos humanos. O apóstolo Paulo, falando aos gregos no Areópago, declara o seguinte: "De um só fez toda a raça humana para que habitasse sobre toda a superfície da terra, determinando-lhes os tempos previamente estabelecidos e os territórios de sua habitação" (At 17.26). Ou seja: Deus é quem determina e quem estabelece o homem e seu governo e Ele mesmo é quem destitui, conforme Sua soberana vontade. Não devemos esquecer que foi a poderosa e soberana mão do Senhor quem constituiu ao rei medo-persa Ciro (Is 44.28-45.1-3) e assim os judeus puderam retornar do exílio para a Terra Santa após os 70 anos do tempo determinado pelo Senhor se cumprissem.

Assim, o que aconteceu essa semana com Khadafi, segue seu curso natural. Ele ficou no poder por 42 anos. Foi um consumado ditador. Oprimiu as pessoas, prendeu, mandou matar. Apoiou também grupos terroristas. Viveu no luxo e se locupletou no cargo, enriquecendo às custas da produção petrolífera do país. Nada de útil ou bom deixou de legado para a posteridade. Ao contrário, marcou sua passagem por esse planeta pela escolha infeliz em viver egoísticamente e de forma ditatorial. Encontrou a morte de forma violenta, como assim foi a marca registrada de sua existência. Muitas pessoas morreram por causa dele, e agora chega sua vez.

Por mais que os homens, principalmente os donos do poder, pensem que se manterão indefinidamente em seus cargos, chegará a hora deles também. Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7,8).

Gosto muito do que o salmista escreveu no Salmo 49. Ali, ele descreve de forma a não deixar dúvidas sobre a breve estadia do homem por essa vida. E ele descreve principalmente aos ímpios, pois todos, quer justos ou ímpios morrerão. Mas, a morte do ímpio é de uma tristeza e de uma desesperança chocantes. Todos os que ainda não conhecem a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador bem poderiam refletir com muita seriedade sobre a brevidade da vida e sobre o controle de Deus em todas as coisas. Muitos imaginam que Deus, se realmente existe, não está nem aí para o que acontece todos os dias. Mas Deus não só está atento como interfere conforme sua soberana vontade.

Leiamos: "Não temas quando alguém se enriquece, quando aumenta a glória de sua casa. Pois, quando morrer, nada levará consigo; sua glória não o acompanhará. Ainda que ele, enquanto vivo, se considere feliz e os homens o louvem quando faz o bem a si mesmo, ele se juntará à geração de seus pais, e eles nunca mais verão a luz. Mas o homem, embora honrado, não permanece para sempre; pelo contrário, ele é como os animais que morrem" (Sl 49.16-20).

Nenhum tirano permanecerá para contar sua história. Nenhum terá paz, porque os ímpios não tem paz (Is 57.21). Todos serão arrancados dessa terra, porque a maldição habita em sua casa. Serão perseguidos pelo mal até a sepultura. A alma deles é cheia de angústia. Não há prazer em Deus em lhes fazer o bem (Dt 28.63).

De fato, a morte gosta de folhear o livro da história de vida de um tirano e ditador, porque ali ela encontra prazer sabendo que logo se abaterá sobre sua vítima de forma inescapável.

E a palavra profética nos garante que até mesmo o ditador dos ditadores que se levantará sobre esse mundo (por permissão divina, não nos esqueçamos disto), que governará com mão de ferro sobre todo o mundo, a Besta, o Anticristo, juntamente com o Falso Profeta, já está com seus dias abreviados e seu destino devidamente selado pela justiça de Deus (Ap 19.20). Da mesma maneira Satanás, os demônios e todas as pessoas que não querem o senhorio de Jesus em suas vidas (Ap 20.10,15).

Pense nisso.






terça-feira, 18 de outubro de 2011

Adorando a Deus coletivamente, reflexões

Continuo lamentando os cultos contemporâneos que levam as pessoas a um frenesi, mas não à verdadeira e salutar adoração ao Senhor.

O aspecto é de um clube noturno. As luzes são apagadas. O som é ensurdecedor. Muitas das letras das canções são de uma pobreza teológica de dar dó. A impressão que se tem é de um programa de auditório, quando o cantor/adorador (?) auto-intitulado "levita" tenta conduzir a congregação em adoração a Deus. Expressões de entusiasmo permeadas de versículos bíblicos, mas que não gera uma verdadeira ambiência de louvor e glorificação ao Senhor de toda a terra.

Os músicos tem uma performance profissional. Tocam muito bem seus instrumentos. O povo ali reunido canta em uníssono. Mas isso por si só não garante que estejam adorando a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24).

Quando declinamos sobre o importante assunto que é a adoração nas igrejas, devemos indagar sobre alguns questionamentos muito válidos. Por exemplo, será que a adoração ao Deus único e verdadeiro, deverá ser feita de uma determinada forma, considerada única e verdadeira?

Outra questão é a liberdade dos adoradores compromete a integridade do Deus único e verdadeiro que adoramos? E também, será verdade que Deus, quando falamos em adoração coletiva, deseja que esta lhe seja oferecida realmente conforme um modelo único, que lhe confira glória e honra, porque isso então não deveria estar claríssimo em Sua revelação?

Mas, o que é adoração?

Segundo William Temple, adoração significa, estimular a consciência pela santidade de Deus; alimentar a mente com a verdade de Deus; purificar a imaginação por meio da beleza de Deus; abrir o coração ao amor de Deus; dedicar a vontade ao propósito de Deus.

Esta é tão somente uma dentre várias outras definições sobre adoração que existem e nenhuma chega a definir de modo tão completo que possa chegar a essa profundidade do encontro entre o Deus Todo-Poderoso, e a coroa de sua criação, o ser humano. Tanto os antigos credos como modernas confissões de fé não chegaram a uma compreensão de base ortodoxa sobre o assunto e muito menos a um método único de adoração que fosse adotado pelos cristãos em todo o mundo. De maneira que, entendemos que o homem tem liberdade em sua adoração a Deus.

Todavia, essa liberdade na adoração muitas vezes fica aquém do que a Bíblia deixa entrever sobre o tema. No AT, Abraão construindo altares, Moisés, com a continuação do altar e dos sacrifícios de forma específica, ou seja, ordenada pelo próprio Deus, Davi, que revoluciona e agora inclui cânticos e designa sacerdotes e levitas para o ministério de adoração e que se perpetuaria no futuro templo a ser construído por Salomão, os israelitas que retornaram do exílio com Esdras e Neemias, todos eles ofereceram a Deus sua adoração, sempre reverenciando ao Deus de Israel, sempre considerando profundamente Sua santidade.

No NT, não se encontra em nenhum de seus 27 livros qualquer descrição completa ou ordem detalhada ou algum estilo divinamente ordenado no que tange ao ato de adorar. Mas encontramos ordenanças no que tange à oração, leitura das Escrituras, pregação, ensino, cânticos, batismo e Ceia do Senhor.

Não encontraremos ordenanças específicas para a igreja de como ela deveria adorar a Deus estando reunida, mas o que se vê é diversidade, é liberdade. A igreja primitiva dava ênfase aos ensinamentos apostólicos e à vida comunal e as igrejas gentílicas seguiam praticamente pelo mesmo trilho.

Mas todas elas e consequentemente toda a Bíblia, valoriza a reverência e o profundo senso da presença divina em seus encontros com Deus. Não há um estilo definido de música a ser usada na adoração congregacional, é verdade, mas a que for usada deve levar a uma profunda reverência e senso da presença d'Aquele que é o Senhor da Igreja.

Alguns cristãos gostam de cultos mais litúrgicos, seja de que tradição for (reformados, anglicanos, batistas, pentecostais). Outros, abrem mão de uma liturgia bem formatada, digamos assim, para uma outra mais aberta, mais "liberada". As canções, as músicas, também são variadas entre os cristãos evangélicos. Enquanto alguns são extremamente apegados aos velhos hinários de suas denominações, outros vão para outro extremo e desprezam totalmente estas canções de louvor a Deus, inclusive muitas letras desses hinos nos proporcionam grandes ensinos teológicos, possuem enorme riqueza doutrinária. Infelizmente, constato que muitas das canções ditas "contemporâneas" tem uma letra paupérrima de conteúdos bíblico-teológicos, sem generalizar, entretanto, nem todas obviamente são assim.

Deus continua a buscar verdadeiros adoradores. Adorar é ser invadido pela shekinah, pela glória de Deus! Portanto, toda nossa vida deve ser dedicada a adorar ao Senhor. Tudo o que fizermos deve ter a marca de um verdadeiro adorador. Mas, no momento que a Igreja se reúne para celebrar seu Senhor e Salvador, ela poderá perder esta santa expectativa de que está adentrando imediatamente na Presença do Pai, porque o culto de adoração descamba para coisas como barulho excessivo dos instrumentos por causa de canções escolhidas de forma errada, por causa das letras muito pobres de conteúdo bíblico, porque o responsável por esse momento, se parece mais com um animador de auditório do que com um autêntico sacerdote ou levita que nos conduz na adoração ao nosso único Deus e Senhor.

Não vou aqui pontificar sobre então no que deveria se constituir um culto de adoração aceitável a Deus. Mas posso dizer que a Bíblia é um livro de princípios. Sendo assim, todos devem procurar em suas páginas os princípios ordenadores no que se refere ao verdadeiro culto.

Se estamos com nossos corações purificados, se reconhecemos o absoluto senhorio de Jesus Cristo em nossas vidas, se compreendemos que temos de ter reverência na comunhão com nosso Deus, se já aprendemos que Ele deseja ser adorado, então estamos com uma boa base para render-Lhe nosso louvor.

Jesus declarou categoricamente: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás" (Mt 4.10b). Outra versão utiliza a expressão "só a ele dará culto". Ou seja, servir ao Senhor significa Lhe prestar culto e vice-versa. Para servirmos a Ele, ou cultuá-Lo, notório é que não deve ser de qualquer maneira, visto a Majestade e a grandeza de Quem estamos a adorar.

A adoração deve nos levar a uma transformação. Que quero dizer com isso? Que encontrar-se com Deus na adoração realmente nos transformará porque não podemos pensar em comparecer ao altar do Senhor, se estivermos com alguma questão não resolvida com alguém, por exemplo (Mt 5.23,24).

A adoração também nos leva a uma maior obediência. A adoração pode nos habilitar a ouvir com muita clareza o chamado para o serviço para que respondamos ao Senhor: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8).

Cuidemos para que nossa adoração, quer seja coletivamente ou individualmente, não seja algo vulgar, algo temperado com os sabores da pósmodernidade que a tudo relativiza e não considera a verdade absoluta da Palavra de Deus. Não vamos relativizar nosso louvor a Deus e nem deixemos de considerar os princípios que devem nortear a veraz adoração de todo verdadeiro adorador.

Além de tudo, adorar coletivamente deve nos conclarmar a um profundo senso de unidade conforme Jesus declarou em Sua oração sacerdotal em João 17.23: "Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim." Efetivamente, a unidade entre os membros do Corpo de Cristo é algo muito poderoso diante do mundo, Jesus afirma no verso 18 que Ele nos envia ao mundo para sermos Suas testemunhas, porém esse testemunho alcança maior visibilidade e poder se estivermos em unidade.

Recomendo aqui dois livros para ajudarem nessa reflexão Adoração ou Show? Críticas e defesas de seis estilos de culto, Paul Basden (editor) Editora Vida e Celebração da Disciplina, (cap. 11, Adoração) Richard Foster, Editora Vida.

Conclamo todos a lerem e pensarem sobre o assunto, amém!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sou Cristão, idolatria NÃO! (A atraente e enganosa Mariolatria - Parte 2)

Gostaria de continuar a comentar sobre a enganosa doutrina que o catolicismo romano criou, onde Maria, a mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, é altamente exaltada de tal maneira que praticamente é considerada uma deusa e isso tem a ver inteiramente com a adoração pagã da Grande Deusa-Mãe.

O catolicismo romano tem na adoração dos santos, uma de suas características primordiais. Para eles, o "santo" é aquele que protege os cristãos do terror do mundo dos espíritos e, por outro, é aquele que serve de medianeiro entre Deus e o homem, apaziguando-o da Sua ira contra o ser humano. Havia o conceito de que Deus era inacessível por causa de Sua insaciável justiça e pela santidade por Ele exigida. Assim, por entenderem que Deus permaneceria muito remoto e transcendente do cotidiano, o santo seria invocado para intervir nos problemas diários, trazendo curas e milagres. Seria ele o mediador (enquanto a Bíblia claramente atribui a Jesus Cristo, de forma exclusiva e única, esta prerrogativa, 1 Tm 2.5: "Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" - Almeida Séc. 21).

E Maria então, está numa posição de grande envergadura na doutrina romanista porque ela é a Medianeira, além disso, possui também os títulos de Advogada, Auxiliadora e Adjutriz. O culto mariano tem crescido nos últimos tempos, por causa da influência da filosofia New Age (Nova Era) que tem valorizado uma espiritualidade mística e feminina, no sentido de valores como (segundo os novaerenses) compaixão e ternura, por exemplo. O crescimento do culto mariano significa para eles uma importante transformação de paradigma na religiosidade contemporânea.

Clodovis Boff, professor de Marianologia (?) na Pontifícia Faculdade Marianum em Roma acredita que a figura do Pai Divino - que representa o guerreiro, o dominador, do pensamento forte, aos poucos cede lugar para a Mãe - mais doce, defensora não do confronto, mas da comunhão. Ele diz que o feminino é mais a favor da vida e Maria seria a concretização dessa dimensão subjetiva e cultural que surge com força renovada.

Como afirmamos na postagem anterior, de 12 de outubro, o culto à Maria é descendente direto da adoração pagã que os povos da antiguidade devotavam às suas deusas tendo sido em Babilônia onde tudo isso surgiu. Atualmente, os seguidores da Wicca (um ressurgimento do paganismo pré-cristão europeu e que utiliza elementos da magia) creem, como seus antepassados europeus, no matriarcalismo e adoram justamente à Deusa Mãe, além de outras entidades. Como consequência dessa devoção, supervalorizam a natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia, que era a deusa da Terra na mitologia grega.

Mencionamos estes aspectos, que tem a ver com a filosofia da Nova Era, porque Satanás tem a intenção de criar uma super religião unificada de âmbito global. A adoração à deusa que vem dos povos da antiguidade ressurge nos grupos novaerinos como a Wicca (as bruxas estão muito valorizadas atualmente) e se juntará às várias manifestações de devoção à Maria que ocorrem no mundo.

A intenção é de que você entenda, caso não conheça a Jesus Cristo e Sua Palavra, que o culto mariano é inteiramente incompatível com o verdadeiro Cristianismo bíblico. Os católicos admitem a virgindade perpétua de Maria, sua isenção do pecado original, sua ascenção aos céus como "Rainha do Céu", e de que é também co-redentora com Cristo, além de ser "Mãe de Deus".

O cristão bíblico não vai além do que está escrito na Palavra de Deus (Dt 29.29; Pv 30.5,6; 1Co 4.6; Gl 1.8-12; Ap 22.18,19). Ele se atém exclusivamente ao que está escrito. O Catolicismo coloca no mesmo nível a Bíblia e a Tradição, esta constitui-se em tudo o que inventaram (papas, cardeais, bispos, padres, teológos) no decorrer dos séculos e que tem para eles tanta autoridade como a própria Bíblia. Jesus condenou de forma decisiva esse erro que os fariseus da mesma maneira praticavam, tradições e mandamentos humanos no mesmo nível ou mesmo acima do que a Palavra de Deus ensina (Mt 15 e Mc 7).

No Magnificat, o cântico de Maria que está registrado no Evangelho de Lucas, ela admite ser uma pecadora porque invoca um Salvador - Deus, por meio de Jesus Cristo (Lc 2.46,47). No Evangelho de João, ela disse aos servidores no casamento em Caná: "Fazei tudo o que ele vos disser" (Jo 2.5), ora, isso é tremendo porque ela havia falado a Jesus de que o vinho havia acabado (e na cultura judaica, faltar o vinho numa festa de casamento era muito vergonhoso), ela sabia que Jesus poderia operar um milagre, como de fato o fez, mas o que ela disse aos servidores da festa, serve como paradigma, como ensino para todos nós, notadamente os católicos que atribuem a ela uma honra que a Bíblia absolutamente não endossa.

Diz assim a eterna Palavra de Deus: "Reuni-vos e vinde; chegai-vos, fugitivos das nações. Os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não podem salvar, não sabem nada" (Is 45.20).

Portanto, por mais que invoquem a Maria, por mais que tenham sido ensinados desde sua mais tenra idade a honrar a Nossa Senhora, por mais que rezem a Ave-Maria, por mais que carreguem em procissão sua imagem, ou lhe paguem promessas, continuarão a vivenciar uma mentira diabólica que não lhes trará proveito algum.

Estes últmos tempos são fortemente caracterizados pelo engano religioso (1Tm 4.1-3). Isso aumentará exponencialmente até o advento do Anticristo, que reunirá todas as religiões em uma só religião mundial, incluindo aí o engano proveniente da devoção mariana.

Minha oração é que você, que ainda está envolvido com tudo isso, abandone totalmente toda essa falsidade e se apegue unicamente à Palavra de Deus. Somente ela lhe mostrará a verdadeira adoração que é devida unicamente ao verdadeiro Deus e ao Seu Filho, nosso Salvador e Mediador, Jesus Cristo.

Pense nisso.


(Obs: Cheguei a publicar na data de hoje, um quadro com aos títulos de "Nossa Senhora" mas depois de algumas horas, retirei a postagem porque ficou muito extensa, só por aí você já tem uma ideia de como existem várias versões de "nossas senhoras" no mundo. Deixo aqui então o link para acesso direto na fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:T%C3%ADtulos_de_Maria,_m%C3%A3e_de_Jesus )

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sou Cristão, idolatria NÃO! (A atraente e enganosa Mariolatria- Parte 1)

O dia 12 de outubro no Brasil, foi escolhido para celebrar dois eventos que, aparentemente, nada tem em comum: o Dia das Crianças e Dia da Senhora Aparecida.

Ao final dessa reflexão, vou fazer o paralelo devido entre essas duas celebrações. Por ora, gostaria de refletir sobre a devoção praticada por pessoas que fazem parte da religiosidade católico-romana e que nesta data, louvam e honram esse ídolo, sendo o centro dessa adoração a Basílica ou Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida na cidade de Aparecida do Norte no estado de São Paulo.

Entendamos primeiramente alguns fatos da história da Igreja.

A Igreja Católica Romana em seu credo mais resumido, retém a ortodoxia, ou seja, mantém o núcleo de verdades básicas da fé cristã. Entretanto, também aceita a tradição da igreja como tendo a mesma autoridade da Bíblia. Isso fez com que vários desvios doutrinários no decorrer dos séculos (mais precisamente, a partir do século IV), fossem sendo admitidos na prática da Igreja. Isto porque, entre os anos de 313 e 590, o bispo de Roma passou a ser reconhecido como o primeiro entre os iguais. Inocêncio I, em 402, começa a dizer que era "governante das igrejas de Deus e que todas as controvérsias deviam ser levadas a ele". Assumindo Leão I em 440, este começou a reinvindicar diretamente a supremacia sobre os outros bispos (alguns estudiosos veem nele o primeiro papa). Aqui está a semente do papado e consequentemente todo um dilúvio de doutrinas antibíblicas incorporadas à regra de fé do catolicismo apostólico romano.

Unida a Igreja com o Estado a partir do Édito do imperador romano Constantino (321) e a suposta conversão de muitos pagãos, juntamente com o crescimento do poder do bispo de Roma, tudo isso provocou mudanças no culto cristão. Estando os bárbaros pagãos acostumados com os cultos às imagens, tiveram um ambiente propício na igreja cristã porque os líderes eclesiásticos daquela época entenderam que havia a "necessidade" de materializar a liturgia e tornar Deus mais "acessível" a esses neo-cristãos.

Assim, como consequência, a veneração de anjos, santos, relíquias, imagens e estátuas adquire status de prática bíblica e cristã. Acrescentando ainda que o culto simples que havia até então, torna-se complexo, com muitos aparatos e adereços e faz-se uma clara distinção entre o clero e o laicato.

Temos então mediante tudo isso, o ambiente propício para o surgimento da Mariolatria, que é a adoração à Maria, a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda antes do bispo Leão I começar o monopólio dos bispos de Roma, no ano de 431 começa o desenvolvimento do culto mariano. Nesse ano, ocorreu o Concílio de Éfeso e originou-se então a frase "Mãe de Deus" (?) em grego Theotokos. Em 819, celebra-se a festa da assunção de Maria aos céus, ou seja, de que Maria tinha subido ao céu em forma corpórea (?) assim como Jesus Cristo.

Por volta de 1311 surge o oração da Ave-Maria. O culto mariano cresce ainda mais em devoção e importância e passa a ocupar um lugar central na adoração católico-romana. Realmente, a grande característica da Igreja Católica Apostólica Romana é o culto e devoção a Maria em detrimento de Jesus Cristo!

Em 1854, foi proclamado pelo papa Pio IX, o dogma da Imaculada Conceição de Maria, ou seja, de que ela fora concebida sem o pecado. Em 1950 surge, proclamado pelo papa Pio XII, o dogma de sua assunção miraculosa aos céus.

Por causa de uma interpretação equivocada da Bíblia, e também, por uma suposta série de milagres atribuídos a ela nos evangelhos apócrifos, toda esta tradição mariolátrica se consolidou e é presente em todos os lugares onde estiver a Igreja Católica, sem exceção.

Pode-se traçar uma linha direta desde a antiga Babilônia e sua adoração a Semíramis (esposa de Ninrode) e deusas correlatas de outros povos, até ao culto mariano de hoje. Isto demonstra a força do princípio pagão que concebia que o poder supremo e criador estava ligado à maternidade. Semíramis é a mesma Astarte ou Astarote (Fenícia), Ísis (Egito), Isthar (Babilônia), Afrodite (Grécia), Vênus (Roma) ou Diana (At 19.23-41).

A lenda sobre Ninrode e Semíramis é de que ela era filha de uma deusa-peixe e um jovem sírio. Após a trágica morte de seu marido, a "virgem" Semíramis deu a luz a Tammuz, em quem o seu esposo havia reencarnado. Desse mito é que provém o culto da virgem-mãe e do menino-deus. Semíramis declara que seu falecido marido era divino e que portanto, ela era esposa de deus, a rainha do céu, e que sendo seu filho o próprio Ninrode reencarnado, ela era portanto a mãe de deus. Essa lenda diz mais ainda de que Tammuz foi destinado a ser o libertador da humanidade do jugo tirânico do Criador (?).

A arqueologia já descobriu nas ruínas de Babilônia, imagens de dois mil anos antes de Cristo de uma mãe com seu filho no regaço. Também no Tibete e na China já foram encontradas imagens de ídolos representando a mãe e o filho, que já eram objetos de adoração séculos antes da era cristã. E essas imagens são bastante semelhantes com as que são adoradas na Igreja Católica Romana hoje.

Então, como mencionamos, com a entrada de bárbaros pagãos na Igreja sem uma verdadeira conversão, e com a anuência da liderança, o culto a Maria toma vulto. A assim chamada Nossa Senhora (de Aparecida, de Fátima, de Lourdes, de Medjugorje, etc) é simplesmente a Nossa Senhora de Babilônia. Ela a Rainha dos Céus (título dado à deusa Ishtar, Jr 7.18; 44.16-19), tanto em Babilônia como nos dias de hoje conforme concebeu o sistema católico romano, que lhe conferiu oficialmente esse título em 1954. Essa falsa doutrina da Virgem Mãe difundiu-se pelo mundo e através dos séculos com diferentes nomes e hoje está mais viva do que nunca naquilo que o catolicismo criou e que atribui como provindo de Deus.

Tudo o que presenciamos hoje, no Brasil e no mundo no que concerne à Mariolatria, nada mais é do que o engano de Satanás atualizado e renovado, engano este que provém desde a antiguidade, por meio de Babilônia como mencionamos. A devoção a Nossa Senhora Aparecida é apenas uma parte desse engano, que arrasta multidões. Fascina e engana a cada ano milhões de pessoas. Um mito foi criado em torno dessa "santa", de que sua estátua teria sido encontrada em um rio por pescadores, milagres são atribuídos a ela, o culto em torno dela cresce e surge então o decreto do papa Pio XI declarando em 16 de julho de 1930 que Conceição Aparecida seria, a partir daquela data, a padroeira do Brasil.

Interessante que todo o embuste que foi feito para isso, para que a lenda em torno de seu achado no rio (a estátua foi colocada lá propositadamente, segundo o Dr. Aníbal Pereira dos Reis, ex-padre, declara em seu livro, A Senhora Aparecida) e divulgação dos supostos milagres, é semelhante ao que fizeram em Portugal em relação à Nossa Senhora de Fátima que o Dr. Aníbal também denuncia em seu livro A Senhora de Fátima.

Isso seria de se esperar, visto que nada de verdadeiramente bíblico encontra-se no culto mariano. Tudo é decorrente de interpretações forçadas de textos bíblicos e, como já dissemos, daquilo que se encontra nos evangelhos apócrifos atribuído a Maria.

Gostaria agora de interligar então o que falei no primeiro parágrafo dessa postagem. O feriado do Dia das Crianças, hoje, tem um paralelo, espiritualmente falando, com o Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. E é o seguinte: o catolicismo romano, mantém espiritualmente imaturas, assim como as crianças o são, a todos os seus praticantes, quando endossam, estimulam, ensinam, a adorar os ídolos, tais como a Senhora Aparecida. Seus devotos permanecem numa completa imaturidade e infância espiritual porque não conseguem discernir o que a Bíblia diz a respeito sobre tudo isso em que acreditam. Poucos são aqueles dentre os católicos que questionam os ensinamentos que lhes foram passados desde tenra idade, por tradição familiar (1Pe 1.18) e se apegam exclusivamente ao que tão claramente a Palavra de Deus ensina (Êx 20.1-6; Dt 4.15-19; 5.6-10; 6.13,14; Mt 4.10; Lc 4.8).

Publicarei uma segunda parte desse assunto que reputo de máxima importância, para ajudar no esclarecimento e libertação de tantos quantos encontram-se nas garras dessa igreja que, se não é uma seita no sentido restrito do termo, todavia incorporou em sua doutrina e prática inúmeros elementos contrários aos ensinamentos das Sagradas Escrituras.

Meditemos nas palavras do salmista: "Os ídolos deles são prata e ouro, obras das mãos dos homens. Têm boca mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, ASSIM COMO TODOS OS QUE NELES CONFIAM" (Sl 115.4-8).

Se for esse seu caso, de confiar nos ídolos, inúteis e vãos como eles são, gostaria de te convidar a conhecer o Deus vivo, Eterno Criador, Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Agora mesmo, se você se considera um cristão, mas adora imagens, reconheça que isso é pecado contra o Senhor Deus, arrependa-se, confesse a Ele e serás purificado no sangue precioso de Jesus Cristo. Dê um vigoroso NÃO! para a idolatria agora mesmo.

Pense nisso.






segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Escondendo-se nas redes sociais

A revolução proporcionada pela internet e mais recentemente, pelo surgimento e grande desenvolvimento das redes sociais (Facebook, Orkut, etc), leva-me a considerar sobre o caráter de alguns usuários que fazem desses locais sua plataforma particular existencial. Ou seja, fazem de sua rede social o local preferido de seu cotidiano, o lugar onde passam a maior parte do dia (ainda mesmo que esse "lugar" seja virtual).

E nisso, algumas dessas pessoas de carne e osso, entendem que sua rede social é a perfeita máscara que precisavam, a ferramenta ideal, para esconderem quem elas realmente são. Na vida real, fora da "vida" virtual, não tendo muitas vezes como esconder sua feiúra moral ou seus desvios de caráter, encontram no mundo das redes sociais o maravilhoso reino encantado onde podem ser quem realmente não são. Forjam uma imagem pessoal que não condiz com a realidade do que são e de como realmente vivem.

Isso pode ser considerada uma legítima válvula de escape para qualquer um que quiser dar um, digamos, colorido novo ao seu cinzento cotidiano? Ou, quem faz isso não deve ser considerada uma pessoa responsável, séria, normal?

Pessoalmente, até um certo limite, não vejo mal algum em alguém querer mascarar suas dubiedades, seus fracassos pessoais, suas feiúras existenciais. Convenhamos, todos nós gostamos de apresentar uma boa imagem diante de nosso semelhante na vida de todo dia. No mundo virtual é a mesma coisa. Não vejo necessidade de alguém escrachar sua vida, sua subjetividade real diante de todos, porque nas redes sociais a intimidade não é integral. Intimidade de conteúdo integral, que advém de uma amizade no mundo real, por exemplo, é aquela onde vemos nosso amigo face a face, onde somos ouvidos e podemos ouvir, onde tocamos e somos tocados. Nada substitui o contato pessoal. A grande ausente no mundo virtual é a proximidade física, tão necessária a todos. Tem de haver o devido cuidado para que não vivamos continuamente a esconder quem realmente somos, para não vivermos uma imagem falsa que só nos trará prejuízos.


Entretanto, pessoas de caráter deformado, psicopatas, até mesmo criminosas, veem nas redes sociais uma excelente oportunidade de se reforçarem no mal, visto que elas são ótimas para ajudar a esconder o ser real. Eu poderia criar um perfil no Facebook, por exemplo, com uma fachada totalmente inofensiva, angariar muitos "amigos" e arquitetar perversidades as mais variadas sem quase nenhuma possibilidade de ser descoberto.

Isso é altamente perigoso, porque um elemento que seja um estuprador, ou até mesmo um "serial killer" pode muito bem flertar com mulheres, escondendo até o último instante suas reais intenções e, marcado o encontro no mundo físico, consumar sua perfídia, muitas vezes sem chances para sua vítima.

Como tudo o que próprio de seres decaídos, podemos utilizar uma tremenda ferramenta como as redes sociais, que promovem o contato entre as pessoas, que ajuda a aproximar amigos e estimula novas amizades (e isto é maravilhoso), para dar vazão aos nossos instintos pecaminosos, para a impureza, a lascívia, o adultério, a inveja, a cobiça, o homicídio, a maldade sem limites.

Jesus advertiu de maneira clara sobre o que é realmente a natureza humana. No Evangelho de Mateus, capítulo 15 e também em Marcos 7, ele altercava com os fariseus sobre o fato de eles terem um enorme escrúpulo em cultivar suas particulares tradições e deixarem de lado a Palavra de Deus. Ele ensina que isso acontece, exatamente porque nosso coração é mau. Jesus contraria aqueles que nos dias de hoje, dizem que o homem é essencialmente bom, se ele comete atos maldosos foi devido a uma educação deficiente, por exemplo.

Isso simplesmente, não é verdade. Leiamos as próprias palavras de nosso Senhor: "E prosseguiu: O que sai do homem é o que o torna impuro. Pois é de dentro do coração dos homens que procedem maus pensamentos, imoralidade sexual, furtos, homicídios, adultérios, cobiça, maldade, engano, libertinagem, inveja, blasfêmia, arrogância e insensatez. Todas essas coisas más procedem de dentro do homem e o tornam impuro" (Mc 7.20-23).

Repetindo, se alguém usa as redes sociais e se relaciona, quer socialmente ou até mesmo profissionalmente, poderá esconder suas reais intenções porque são ambientes perfeitos para essa dissimulação. Isso pode ficar num grau inofensivo, sem necessariamente prejudicar o outro, ou pode ser algo muito nocivo e perigoso.

Mesmo quem usa as redes sociais de forma ética, responsável, transparente, corre riscos com seu "amigo" que seja anti-ético, que é desonesto e irresponsável e que esconde-se nas redes, ocultando seu verdadeiro eu para praticar toda sorte de maldades.

Você, que gosta de utilizar as redes sociais e transmite aos outros sempre uma imagem que não condiz com sua realidade pessoal, mascarando sua identidade, deve considerar que Deus o ama do jeito que é. Sua não-aceitação de si mesmo, leva-o a viver uma fantasia que não trará benefícos para sua personalidade a longo prazo e prejudicará seu crescimento em Deus, caso já o conheça. O Senhor Jesus tem própositos em sua vida e o Espírito Santo trabalha para que a cada dia o caráter de Jesus seja impresso de forma indelével em nossa pessoa e assim possamos crescer na comunhão com Ele e atrair outros para que conheçam quão maravilhoso Jesus é.

Essa é uma palavra de advertência. Tanto para que usemos de transparência com nossos semelhantes nos contatos sociais virtuais, mas que também tenhamos a devida cautela e prudência nesses mesmos contatos. Porque podemos sim, estar nos relacionando com pessoas desprovidas de escrúpulos, sem o devido temor a Deus e que só querem praticar o mal. Essa é uma característica notória das pessoas desses últimos tempos que antecedem ao retorno de Jesus, conforme advertiu expressamente o apóstolo Paulo (2 Tm 3.1-9).

Pense em tudo isso e para o seu próprio bem e de seus semelhantes.

sábado, 8 de outubro de 2011

Steve Jobs ajudou as pessoas, e quanto a Jesus Cristo?


A vida de Steve Jobs, reconheço, foi uma vida dedicada ao ideal de ajudar a humanidade. Procurou contribuir para que pudéssemos ter aparelhos que facilitassem nossa vida. Foi um gênio. Extraordinariamente, inventou produtos que tornaram-se ícones de nossa geração. Maravilhas como iPod, iPhone, iPad, iMac, são sonhos de consumo de 10 entre 10 pessoas. Tudo isso por causa do gênio inventivo e prático de um homem que colocou sua mente a serviço das pessoas e foi notável por causa disso. .

Fundou a Apple em 1976, começando a fabricar seus próprios computadores juntamente com Steve Wozniak de forma bastante artesanal. E, de invento em invento, sempre procurando aperfeiçoar seus produtos, Steve Jobs começa a despontar como um dos papas no mundo fascinante da tecnologia da informação.

Ele foi um típico sujeito que procurou fazer sempre o que mais gostava. E gostava tanto que revolucionou para sempre o mundo criando os aparelhos que hoje todos querem ter. Após a saída da própria empresa que criara, em 1985, ele entrou em uma fase muito criativa em sua vida. Além da criatividade usada na criação dos aparelhos que citei acima, ele fundou uma outra empresa, a Pixar, e criou o filme de animação Toy Story. Nem preciso dizer de que foi outro retumbante sucesso.

Sua criatividade, seu trabalho, seu profissionalismo, sua visão de futuro, sua excelência em tudo o que realizava, sua humildade e respeito pelos concorrentes, fizeram de Steve Jobs alguém a ser admirado e respeitado. Alguém que você poderia dizer que foi um homem de sucesso, pois mesmo após ter sido demitido da própria empresa que criara, a Apple, não se deixou abater e voltou triunfalmente. Quanto à Pixar, foi comprada pela Disney por sete bilhões de dólares. Nada mau, não acham?

Porém, Steve Jobs dedicou-se ajudar os seres humanos, concernente à vida nesse mundo e nada mais. Portanto, de caráter efêmero. Não contribui para a eternidade (sim, o ser humano foi criado com uma vocação para a vida eterna) O que alguém poderia fazer para ajudar aos seres humanos, para que aqui nessa vida terrena, já conseguisse vislumbrar os pórticos da eternidade e vivesse de tal forma que já antecipasse em sua vida a glória que está por vir?

Essa pessoa, esse ser humano, já veio e realizou uma obra de tal magnitude pelos seres humanos, que milhares de outros como Steve Jobs ainda não seriam suficientes para se lhe comparar.

Falo obviamente de Jesus Cristo. Ele realizou o maior dos benefícios que foi nos proporcionar a vida eterna através de seu sacrifício de caráter único e exclusivo realizado de uma vez para sempre na cruz do Calvário. Ele, sendo Deus, tomou a forma humana. Humilhou-se nesse ato, de deixar sua glória divina e assumir um corpo e as fraquezas de um mero homem mortal.

Foi tremendamente bem sucedido em seu ministério. Pregou o Evangelho, ensinou, curou, expulsou demônios. Viveu de tal forma que demonstrou a todos como devemos viver para agradar a Deus Pai, estava inteiramente submisso à vontade d'Aquele que Lhe enviara a esse mundo. Estabeleceu Sua Igreja que começara com os doze homens que escolhera, e que após Sua morte, ressurreição e ascenção, cresceu de forma tão extraordinária que hoje está presente em praticamente todos os lugares do globo, sendo idealmente a testemunha do Evangelho que salva o homem e lhe arranca das trevas de seus pecados.

A obra de Jesus Cristo deve sempre ser colocada em um local onde todos possam ver, admirar e reconhecer que, através dela, poderão ter vida eterna. Arrependimento e confissão de pecados trarão a justificação de Deus sobre todo aquele que aceitar aquilo que o Senhor Jesus fez em prol de todos nós.

Portanto, admiro Steve Jobs. Deixou sim um exemplo de uma vida útil, de contribuição para toda a humanidade.

Todavia, o que Jesus Cristo realizou ultrapassa o que homens notáveis como Jobs realizaram porque além de ter peso para a eternidade, significa o próprio acesso aos umbrais da eternidade que serão desfrutados para sempre e sempre na presença do Onipotente. Na presença de nosso Criador. No lar de nosso amantíssimo Pai de amor.

Escrevi esse post, porque as pessoas de nosso tempo (até mesmo alguns cristãos) ficam tão fascinadas com pessoas com o potencial de Steve Jobs, que querem quase que endeusá-lo. Devemos colocar as coisas em seus devidos lugares.

Esse lugar de deslumbramento, de admiração, de uma quase adoração aquele que se tornou guru de toda uma geração, deve ser equilibrado em refletirmos e não deixarmos de lembrar e de prostrar nossos joelhos para adorarmos ao nosso Rei e nosso Senhor e Salvador.

Steve Jobs morreu nessa semana aos 56 anos de idade. Jesus morreu por volta dos 30 e poucos anos. A diferença do que fizeram e do que realizaram é profunda. O que Jobs realizou logo será ultrapassado, porque o mundo continua a evoluir, novas invenções virão, novos Steve Jobs surgirão. Mas, como sempre, tudo o que fizerem trarão a marca da finitude e da temporalidade. São coisas passageiras, sem dúvida alguma. Sem peso para a vida eterna.

Por isso, lembre-se de Jesus e do que Ele fez. Isso sim, produzirá um peso eterno para todo o que d'Ele se lembrar e a Ele se entregar pois irá usufruir dos benefícios eternos e não temporais de Sua morte na cruz.

Acima de tudo está o que Jesus realizou. É para nossa salvação. É para a eternidade. Nunca, jamais, passará.

"E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo sempre. Amém."

Apocalipse 1.6

Pense nisso.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A excelência da pregação e a mediocridade dos pregadores

Quando vejo e ouço certos pregadores em nossas igrejas, ocupando o púlpito domingo após domingo, falando de uma maneira que é tudo, menos pregação bíblica, fico a pensar sobre a excelência da autêntica pregação. Consideramos realmente isso? Nos preocupamos com o preparo, o estudo, a busca da face do Senhor a fim de entregarmos uma mensagem genuinamente bíblica e cristocêntrica?

Muitos assim chamados pregadores são como papagaios, repetem o que leram ou ouviram de outros. Sem originalidade, e mais ainda e principalmente, sem uma autêntica mensagem que tenha sido forjada em oração e consagração com o Pai. Não tem o devido respeito pelo Santo Livro. Não atentam para o que o Divino Autor realmente quis dizer.

Outros, ainda que não cheguem a repetir as palavras e pensamentos de seus semelhantes, adoram contar a última piada porque amam entreter seus ouvintes. Contam historinhas animadas. Procuram ter uma performance animada no púlpito e nada dizem que seja edificante ou que alimente as almas dos que infelizmente ali se assentaram para ouvir algo da Palavra de Deus.

Ainda outros pseudo-pregadores, passam a ideia de que Deus é alguma espécie de Papai Noel, que tem muitos presentes para nos dar. Ou, em outras palavras, de que o Evangelho é uma grande caixa de surpresas agradáveis e que nosso Papai do céu é tão bom, mas tão bom, que nunca nos deixará sofrer, sempre terá coisas agradáveis para falar conosco e para nos conceder também, e que a vida cristã é um grande parque de diversões com inúmeros brinquedos diferentes e interessantes para neles nos divertirmos sem limites.

Há os pregadores que em tudo veem o diabo. Acham que ele está em todo lugar em todo o tempo (para esses, Satanás seria onipresente também). Tudo é culpa do diabo. Este tem de ser amarrado, repreendido, expulso. Ele estaria por trás de tudo e de todos.

Os pregadores que fazem uma colcha de retalhos de sua mensagem, geram uma grande confusão nas mentes e corações de seus ouvintes. Pregam pensando em tecer esta colcha com remendos de várias passagens mas não conseguem agradar a ninguém com o que fazem, porque sua mensagem (mensagem?) vai se remendando, remendando e assim não se encontra um sentido verdadeiro no que falam, aparentemente com tanta segurança e convicção.

Já estão ficando raros hoje em dia os pregadores que primam pela excelência. Aqueles que realmente oram, se consagram e buscam os recursos divinos, além da própria mensagem, obviamente, para pregarem com a devida excelência para a congregação.

Que preguem sermões expositivos, posto que este tipo de sermão é aquele que realmente expõe a Bíblia em sua integridade, onde de fato a Palavra estará falando com o ouvinte em sua plenitude.

A maior necessidade que temos hoje são de pregadores que exponham o texto bíblico com excelência e com toda clareza. Que não se deixem levar por arroubos de eloquência ou, façam uso de técnicas de oratória que fazem o público vibrar com a mensagem mas que ao mesmo tempo lhes retira o ensino, a edificação, a exortação e a consolação que provém quando realmente as Escrituras são expostas em toda sua inteireza.

Chega de ouvir pregadores medíocres que só querem falar o que lhes apraz, que só querem entreter os ouvintes, que menosprezam quase totalmente o texto bíblico e que demonstram um desapreço pela voz de Deus.

A Palavra de Deus diz: "Eu te exorto diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino, prega a palavra, insiste, a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e exorta com toda paciência e ensino" (2 Tm 4.1,2 - Almeida Séc. 21).

A Bíblia deve ser pregada, como bem disse o apóstolo Paulo a seu discípulo e jovem pastor, Timóteo. Deverá ser pregada para que haja conselho, repreensão, exortação, tudo isso com muita paciência e de forma didática, ou seja, sempre ensinando aos irmãos, sempre procurando lhes incutir a própria Palavra divina. Palavras meramente humanas, ideias de homens, filosofias ou ideologias humanistas, por mais aparência que possam ter de genuína piedade, não terão o poder de transformar os ouvintes, como só a Bíblia possui.

Portanto, exaltemos a excelência na pregação. Abominemos toda a mediocridade daqueles que desonram a Deus e Sua Palavra pela maneira como se conduzem no sagrado encargo de proclamar os oráculos divinos. Sem a graça, sem a unção e sem toda boa dádiva ou dom perfeito que só do Alto provém para tão sublime tarefa (Tg 1.17,18).

Homens como Charles Wesley, Spurgeon, Moody, Martyn Lloyd-Jones, Billy Graham e outros igualmente ilustres, devem ser constante fonte de inspiração a todos nós. Pela vida de piedade que tiveram e pelo profícuo ministério que exerceram. Seus livros, suas mensagens, vídeos, estão aí para quem quiser se inteirar sobre como exerciam um ministério de excelência na pregação da Palavra de Deus.

Você que se diz pregador, tem realmente pregado a Palavra de Deus em sua inteireza? Tem alimentado o povo com pão fresco e genuíno? Ou, o que você tem oferecido, embora tenha a boa aparência de pão, já não dá para esconder o bolor que lhe invade, de tão passado que está? Tem realmente buscado no altar divino, a mensagem, a graça, a inspiração? Ou conta apenas com seu (duvidoso) talento?

Por favor, eu lhe rogo, pense nisso!


sábado, 1 de outubro de 2011

A grande miséria espiritual e social do México

O México é um grande país da América Latina. Possui uma população estimada em 111 milhões de habitantes. A capital, Cidade do México, possui uma das maiores populações urbanas do globo. Ele é o país de fala hispana mais populoso das Américas e do mundo. Faz fronteira com os Estados Unidos ao norte e ao sul com a Guatemala e Belize. É banhado pelos oceanos Atlântico e Pacífico.

O país oficialmente é católico-romano. Mas, a grande influência do sistema educacional tem feito com que diminua a religiosidade de muitos. Tem crescido o número de pessoas que não conhecem ao Evangelho. E no que tange ao Catolicismo em si, este está eivado de crenças populares (como já é típico em todos os lugares sob influência católica) que quase que totalmente descaracterizam o verdadeiro Cristianismo bíblico.

Por causa disso, causa repulsa, revolta, mas ao mesmo tempo o meu coração fica cheio de compaixão pelo povo mexicano por causa da crença que tem por uma entidade, uma "santa" chamada La Santa Muerte. É uma figura tenebrosa esquelética, envolta num manto geralmente de cor branca e que recebe uma devoção fortíssima, principalmente nos estratos mais humildes da população. A Igreja Católica oficialmente diz que não endossa tal devoção, mas muitos sacerdotes fazem vista grossa para essa aberração. Este culto é um sincretismo de crenças católicas e indígenas.

Na cultura mexicana pré-colombiana, os mortos eram cultuados. Conservou-se em nossos dias, as grandes celebrações mexicanas no Dia dos Mortos em 01 e 02 de novembro onde altares são erigidos e oferendas são feitas aos que se foram. É uma das festas mais populares, pois segundo dizem, os mortos vem visitar seus parentes. Muita comida, bolos, festa, música e doces de preferência dos mortos. Os prediletos das crianças são caveirinhas feitas de açúcar.

Estando firmemente entranhado nas classes baixas e menos favorecidas, a devoção a La Santissima Muerte encontra-se igualmente entre os traficantes e outros tipos de criminosos. Ela é sua padroeira Frequentemente encontram-se altares ao longo das estradas do nordeste do país e que foram erigidos pelos traficantes de drogas. Esses elementos lhes rogam proteção e oferecem em seus altares, tequila, cigarros, rosas, doces e maconha.

E aqui está o outro aspecto que se abate hoje sobre a nação e que está corroendo suas estruturas sociais e trazendo muita insegurança e sofrimento, principalmente entre os menos favorecidos. Trata-se do narcotráfico. Existem inúmeros cartéis em todo o México e tem sido um verdadeiro câncer, se alastrando e crescendo em influência e destruição.

Na extensa região de fronteira entre os EUA e México, os traficantes atuam de forma imperiosa e já assassinaram muitas pessoas, a maioria delas sem vínculos com essa atividade criminosa. São ameaçados de forma ostensiva e até mesmo os cristãos evangélicos que procuram fazer um trabalho social de recuperação de viciados em drogas, estão sendo sequestrados e mortos. Casos recentes foram o do filho de um pastor de uma igreja em Ciudad Juarez, fronteiriça com o estado americano do Texas, que foi assassinado, e o ataque brutal a seis pessoas num centro de reabilitação onde quatro acabaram mortas.

Esses cartéis procuram conquistar territórios e nisso se digladiam numa guerra sem fim com muitos mortos de cada lado. A população fica no meio desse conflito com extremo sofrimento. As autoridades combatem o narcotráfico com um efetivo grande e bem armado, mas os traficantes por sua vez usam da brutalidade e ataques surpresa sem escolher alvo, seu objetivo é impor respeito através da intimidação. A guerra é suja. Os traficantes mexicanos são extremamente cruéis, matam e mutilam seus rivais sem nenhum tipo de misericórdia.

O México é uma grande potência com muitos recursos econômicos. Tem um forte apelo ao turismo. É uma população jovem e uma das que mais crescem na América Latina. Mas o país está sendo corroído pela idolatria e pelo consumo e tráfico de drogas.

Todavia, eu creio que Deus está agindo soberanamente em meio a esse povo. Mesmo em meio às perseguições. O artigo 24 da Constituição mexicana garante a liberdade de culto. Mas no estado mexicano de Chiapas, por exemplo, os cristãos evangélicos sofrem muito com perseguições intensas e isso sob os olhares complacentes das autoridades constituídas.

Oremos por este povo tão sofrido. Convivem miséria e prosperidade nessa nação. Os pobres com seus flagelos como já informamos e os ricos com sua indiferença para com o Evangelho e materialismo crescentes. Deus tem propósitos em meio a tudo isso e Ele que usar seus servos, tanto mexicanos como de outras nações para que preguem o Evangelho e muitas almas sejam convertidas da idolatria, libertas da escravidão das drogas, despertas da indiferença pela luz gloriosa do Evangelho de Jesus Cristo.

Que a igreja evangélica mexicana seja mais fortalecida no Senhor. O diabo está utilizando fortemente as armas da brutalidade física e do engano religioso para destruir essa nação, mas o Senhor não permitirá a continuidade desse estado de coisas, cremos fielmente nisso. Levantemos um clamor pelo México e que mais obreiros, verdadeiros homens e mulheres de Deus, sejam levantados nessa hora para postarem-se frente aos ataques de Satanás.

Bem a propósito vem as palavras do profeta Jeremias: "Ó Senhor, tu és justo quando apresento minha causa perante ti. Contudo, desejo falar contigo sobre a tua justiça. Por que o caminho dos ímpios prospera? Por que vivem em paz todos os que procedem de modo traiçoeiro? Tu os plantaste, e eles criaram raízes; crescem e dão frutos; tu estás sempre próximo de seus lábios, mas longe do coração deles. Tu, porém, me conheces, ó Senhor, tu me vês e provas minha fidelidade para contigo. Arranca-os como ovelhas para o matadouro e separa-os para o dia da matança" (Jr 12.1-3 - Almeida Séc. 21).

Essa deve ser a confiança de todo crente mexicano. Deus está cuidando deles. Apesar da prosperidade dos ímpios, isso terá fim. O dia da matança, o dia de Deus, chegará. Para alguns, haverá salvação porque o Evangelho lhes arrebatará da perdição. Todavia, infelizmente, para outros, chegará a morte e a consequente e irremediável perdição eterna. Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7).

Vamos continuar a orar pelo México? Vamos cooperar na obra de Deus? E se além de orar, você se sentir chamado pelo Senhor para ir até aquela nação?

Pense nisso.