domingo, 25 de setembro de 2011

Expocristã 2011 e algumas pessoais considerações......

Em meio a grandes dificuldades pessoais, todavia, pela graça de Deus, tive a oportunidade de estar na Expocristã 2011 realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi nesta sexta-feira, 23 de setembro. É o maior evento internacional de produtos e serviços para cristãos e completou 10 anos neste ano.

O evento superou minhas expectativas. Gostei do que vi e ouvi. Mas também notei alguns problemas e quero refletir aqui à luz dos parâmetros bíblicos como sempre procurei fazer.

Gostei da visibilidade que este evento tem logrado alcançar. Hoje, o mercado de produtos evangélicos move muitos milhões de reais e não pode ser mais ignorado. Muitas pessoas obtém seu sustento trabalhando neste segmento e isto é motivo de alegria, por sabermos que muitos chefes de família sustentam sua casa dessa maneira. Editoras, que produzem muitos títulos a cada ano, gravadoras, com seus lançamentos musicais, tanto de novos como de antigos cantores gospel, lojistas, prestadores de serviços. Tudo isso gerando renda e empregos como frisei.

Irmãos em Cristo que podem exercer seus talentos tem na Expocristã a vitrine necessária para expor seu talento. Quer sejam escritores, pregadores, cantores, músicos, mídias e todo pessoal de apoio, quase todos procurando, a princípio, a divulgação do Evangelho e do Nome de Jesus através de seu trabalho.

Todavia, quero agora ressaltar alguns malefícios. Em primeiro lugar, olho com preocupação a glamourização do ser gospel em si em detrimento de uma vida de santificação e de testemunho. Ser gospel hoje é algo moderno, atual, que em certo sentido, para alguns, traz algum status. Entendamos que não é o fato de pertencemos a um movimento, mesmo que seja com cores cristãs, como é o caso do movimento gospel, que nos favorecerá de alguma forma diante de nosso Deus, mas sim, o de sermos verdadeiramente convertidos a Jesus Cristo. Somente em Jesus está a nossa salvação (At 4.12).

Em segundo lugar, há um oportunismo inconfundível em alguns. Ou seja, há aqueles que, sem praticamente nenhum compromisso com Cristo, aproveitam-se desses eventos ou desse promissor mercado gospel e oferecem vantagens e serviços que não glorificam a Cristo e não contribuem para a causa do Evangelho acima de tudo, mas sim a Mamom (Mt 6.24; Lc 16.13). Segue-se então que o amor ao lucro e a loucura do consumismo inconsequente é o terceiro aspecto a ressaltar. Muitos só querem encher os seus bolsos à custa do povo evangélico. Não possuem nenhum outro objetivo que não seja ganhar, e ganhar, e ganhar, muito dinheiro. Menosprezam ou ignoram as recomendações da Palavra de Deus (1 Tm 6.3-10). E não falo só de pessoas que não conhecem a Jesus, estou falando daqueles que já fizeram profissão de fé em Cristo.

Como disse, o mercado gospel pode ser o sustento de muitos. Mas tudo isso sempre deve ter por foco a glória de Jesus Cristo. Infelizmente não é o que tem acontecido, porque há muitos que estão nesse mercado sem escrúpulo algum. Só visam lucros pessoais e não estão nem aí para a causa do Evangelho.

Pessoalmente, fui edificado nesse evento. Estavam programados lançamentos de cd's, houve apresentação de cantores, de grupos. Mas houve também a exposição da Palavra de Deus em stands preparados para isso. Entrei e me assentei em um deles naquela tarde e Deus falou comigo por meio da mensagem de um de seus servos. Foi maravilhoso, estava em meio a conflitos em minha alma e o Senhor, que conhece o meu coração, pode ministrar em mim a Sua maravilhosa graça e pude sair dali decidido a servir melhor ao meu Deus, a refletir e abandonar toda prática mundana, pecaminosa, a amar minha família com mais intensidade, a ter um coração de servo e servir com toda integridade Àquele que por mim morreu e ressuscitou.

Por isso me alegro pela oportunidade de ter ido à Expocristã. Não estava com dinheiro disponível, confesso que não comprei um livro sequer. E olha que os preços estavam convidativos, especiais mesmo. Como disse, fui a esse evento com dificuldades, nunca tinha ido nos anos anteriores. Mas valeu a pena. Estabeleci alguns contatos de cunho comercial, preciso aumentar um pouco minha renda e talvez represente uma editora aqui em minha cidade. E essa mesma editora poderá, com a ajuda de Deus, publicar meu livro sem custo algum conforme o contato que estabeleci com seu diretor-executivo.

Paulo e Pedro falam sobre a multiforme graça de Deus (Ef 3.10; 1Pe 4.10). Eu creio que Deus age de muitas formas e maneiras. E foi isso exatamente que aconteceu comigo nessa última sexta-feira, posto que estava em grandes lutas interiores. Mas, glória a Deus, a vitória é minha pelo sangue de Jesus Cristo! Ele cuidou de mim e ministrou e continua a ministrar com Seu terno amor ao meu coração. Estou sem dúvida, muito grato ao Senhor por isso.

Quero dedicar-me com todas as minhas forças à causa do Reino de Deus. A Expocristã 2011 foi um grande empreendimento, milhares de pessoas compareceram ali, muitas vendas foram realizadas, muitos negócios foram fechados. Mas gostaria de indagar a você, que está lendo essas linhas agora: Haverá, porventura, maior empreendimento, maior realização, negócio maior, do que sermos pertencentes a um Reino que nunca, jamais, poderá ser abalado? Leiamos Hb 12.28: "Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade."

Eu gostaria sinceramente de que você considerasse agora mesmo as motivações em seu coração. Que você possa estar servindo sinceramente ao Senhor Jesus Cristo e não a si mesmo. Como está AGORA sua relação com Jesus?

Pense seriamente sobre isso para o seu próprio bem.


domingo, 18 de setembro de 2011

O Evangelho e os milagres, uma unidade inquestionável


A natureza do Evangelho (sempre escrevo com "e" maiúsculo para identificá-lo com sua singularidade e exclusividade) é de tal forma definida no NT que não podemos de nenhuma maneira tentar uma redefiníção através de elucubrações de caráter meramente humano e portanto falível, sob pena de descaracterizá-lo. E essas tentativas tem ocorrido ao longo de dois mil anos de história cristã.

Notadamente a partir do século 18, com o Iluminismo, que foi um movimento intelectual que elevou a razão humana a um patamar quase divino e que lhe outorgava a capacidade de discernir a verdade sem a participação da revelação divina, começaram a acreditar que se poderia encontrar Deus somente pelo recurso do raciocínio humano. Com isso, as Escrituras começam a perder sua autoridade e tudo o que se refere a milagres, que não pode ser explicado pela mente humana, é desacreditado. Tentam transformar a Bíblia em um livro de lendas.

Sabemos de como o Livro de Deus é pródigo em milagres, praticamente em todas as suas páginas. Em relação ao Evangelho, vemos logo de início a concepção virginal de Jesus Cristo como um dos mais marcantes fatos miraculosos da mensagem cristã.

Os milagres também foram constantes em todo o ministério terreno do Senhor. Onde Ele estava e por onde andava, certamente os milagres estariam presentes. O Evangelho não seria o que é sem os milagres realizados por Jesus no decorrer de seu glorioso ministério.

A ressurreição coroa toda a magnífica jornada do Salvador. Foi um milagre portentoso realizado por Deus. Pessoalmente, creio porém que a salvação dos pecadores, a ação do Espírito Santo para transformar o mais vil e abjeto ser humano em uma nova criatura, santo, regenerado, é o milagre dos milagres. Não há explicação científica plausível para tentar explicar isso. É gloriosa e totalmente inexplicável. Realmente é como disse o apóstolo Paulo: "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Rm 1.16).

Jesus comissionou Seus discípulos em Mt 10.7,8: "E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios." Ele também disse ao final do Evangelho de Marcos: "E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e , se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão" (16.17,18). A característica miraculosa da mensagem do Evangelho, de transformar o coração dos pecadores, estava aliada às ações divinas no mundo físico, atuando no nível do ordinário, do comum, com feitos extraordinários, ou seja, os milagres.

O livro de Atos dos apóstolos foi um livro marcado pelos milagres. A partir da descida do Espírito Santo, os feitos miraculosos se sucedem por todas as suas páginas, confirmando a mensagem do Evangelho em toda sua plenitude.

Lamentamos as distorções. Aqueles que, por causa de lamentáveis ênfases de certas igrejas e ministérios, colocam em primeiro lugar os "sinais e maravilhas", como se isso por si só fosse o verdadeiro Evangelho. Milagres, sinais e maravilhas só poderão ser considerados autênticos, ou seja, de procedência verdadeiramente divina, se antes a genuína mensagem da salvação, o glorioso Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, for efetivamente pregado como os apóstolos fizeram no livro de Atos. Pedro, Filipe, Paulo, Barnabé, todos esses, pregaram a verdadeira mensagem que tem poder de salvar o pecador e como consequência os sinais se faziam presentes.

Quando uma igreja ou ministério coloca os sinais, milagres e maravilhas em primeiro lugar sem a pregação devida do Evangelho, ou uma pregação distorcida, com ênfases humanas ou denominacionais, estará pecando contra Cristo que deixou bem clara a unidade que existe entre a mensagem verdadeira do Evangelho a ser pregada e a consequente manifestação do poder dessa mensagem, quer seja na salvação dos pecadores e na cura de seu corpo físico, ressurreição de mortos, etc.

Por isso sou um crente pentecostal. Daqueles que realmente acreditam que tudo o que aconteceu no livro de Atos dos apóstolos ou os milagres efetuados por Jesus registrados nos quatro evangelhos, podem acontecer hoje. Por acontecer digo, não para exaltação do pregador, da igreja ou ministério, mas para confirmação do poder de Deus que opera por meio do Evangelho. Jesus disse assim: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai" (Jo 14.12), ou seja, não podemos aceitar o que dizem os assim chamados cessacionistas que são os que creem que os milagres cessaram de ocorrer após o período apostólico. Nada há no NT que indique isso, eles creem que esses milagres ocorriam para ajudar ao crescimento e divulgação do Evangelho e que depois disso bastaria a igreja contar com as Escrituras completas do Antigo e Novo Testamento, fazer seu trabalho e os milagres não mais seriam necessários.

Creio que todo milagre que possa ser efetuado deve redundar em maior glória para Deus e, como já ressaltado, para autenticar a genuína mensagem evangélica que tenha sido anunciada. Não creio na dimensão espetacular que alguns neopentecostais e até mesmo alguns de nós, pentecostais clássicos, infelizmente atribuem à mensagem cristã e à vida como um todo. Na visão desses, milagres devem ocorrer em todos os momentos, o mundo e o nosso cotidiano são o palco de intervenções divinas contínuas. Ora, se for mesmo assim, o milagre deixa de ser algo extra-ordinário para ser algo meramente ordinário, comum, usual, corriqueiro e aí não é mais milagre, é algo natural, normal. O milagre é sempre de caráter sobre-natural, não se explica, não há parâmetros em nível humano que possam ser usados para que possamos compreender com nossas mentes racionais as intervenções divinas na vida dos homens.

Convém lembrar que Deus opera milagres quando quer e quando bem entender. É o cúmulo do orgulho e da tolice, achar que Ele se sujeitará a algum tipo de manipulação para que possa operar um milagre, qualquer ele que seja. A primeira epístola de Paulo aos Coríntios no capítulo 12 mostra que os dons são distribuídos aos discípulos de Jesus por meio do Espírito Santo. E que há diversidade de dons, de ministérios, e de operações. Paulo deixa clara a plena soberania do Espírito de Deus nesse aspecto: "Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" (1Co 12.11). Assim, ninguém poder dizer que é seu o dom de curar. Se alguém fosse proprietário do dom, se fosse realmente seu, sairia curando a seu bel-prazer todas as pessoas a começar por sua parentela, por exemplo. Na verdade os dons de curar (v.9), bem como qualquer outro, são dons agregados, não foram concedidos para se usar conforme a vontade própria de seu portador, mas em submissão ao Senhor.

Paulo mesmo disse que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis, ou seja, dados por Deus sem arrependimento (Rm 10.29). Ele concedeu, está concedido. Todavia, Ele repudia as intenções dos milagreiros, ou operadores de maravilhas que existem aos montes no meio evangélico e que querem fazer do Evangelho um show à parte. Jesus repudiou esse proceder quando recusou a proposta de Satanás na tentação no deserto em operar milagres em seu próprio benefício. Não quis transformar as pedras em pães (Mt 4.3,4; Lc 4.3,4), nem quis lançar-se do pináculo do templo para que os anjos intervissem e Ele não se machucasse, conforme a sugestão do Maligno (Mt 4.6,7; Lc 4.9-12).

Falo do Evangelho, falo de milagres. Prego o Evangelho, os milagres forçosamente estarão presentes. No primeiro concílio da igreja cristã em Atos 15, lemos como a multidão reunida ouvia calada o relato de Paulo e Barnabé de como Deus operou grandes sinais e prodígios por meio deles entre os gentios (v.12).

Graças ao Senhor que isso é assim. Que continua hoje o Senhor a agir da mesma maneira como nos dias primitivos. Alguns alegam que os milagres cessaram e outros argumentam que podem até ocorrer mas não como ocorria nos dias apostólicos ou durante o ministério terreno de Jesus. Discordo totalmente desses pontos de vista. Na verdade, Deus opera e ainda quer operar mais porque, como já discorri, os sinais acompanham a mensagem. Se assim não fosse, o Evangelho seria uma mensagem humanista ou filosófica como tantas que existem no mundo de hoje. Sem nenhum poder para transformar os corações e sem nenhuma possibilidade de intervenção miraculosa para remover as mazelas na vida dos homens causadas pelo mal e pelo pecado.

Creiamos no Evangelho e na inteireza de sua mensagem gloriosa. Satanás opera milagres também, mas de caráter enganoso e com o intuito de arrastar os homens para longe de Deus (Mt 24.24; 2Ts 2.9-12). Quando os milagres são verdadeiramente divinos, acontece com os milagres do diabo o que aconteceu na corte de faraó no Egito, quando os milagres que Deus operou por meio de Moisés, suplantaram de longe o que os magos conseguiam fazer (Êx 7.9-12; 8.18).

Pense nisso.

sábado, 10 de setembro de 2011

Quantas pessoas estavam prontas para sua morte em 11 de setembro de 2001?


Amanhã, dia 11 de setembro de 2011, completar-se-ão dez anos dos ataques às torres gêmeas do World Trade Center. Estava a meditar sobre as vidas daqueles que foram vitimados nos ataques, não só os que morreram nos dois prédios como as vítimas no Pentágono e do avião que caiu em um bosque na Pensilvânia por causa da intervenção dos passageiros. Vidas interrompidas bruscamente. Estupidamente. Levaram para o túmulo suas expectativas e projetos. Seus anseios, rotinas, estudos, empregos, famílias, tudo foi deixado de forma brutal. Sem chance de retomada.

O que estou a indagar é QUANTOS ESTAVAM PRONTOS PARA SUA MORTE NAQUELE DIA? O que você entende quanto a estar "pronto" para o dia de sua morte? Acredito que todo ser humano pensa nisso mas a maioria não se importa muito. Acaso sabemos o dia em que iremos morrer? Exceto os que receberam a pena capital pelos seus crimes, e sabem portanto o dia e a hora em que o Estado executará a sentença, todos sabemos que um dia iremos morrer, mas obviamente ninguém conhece a data de seu falecimento.

Era exatamente o caso das vítimas do 11 de setembro. Acredito que nenhuma daquelas pessoas achava que viveria eternamente. Acredito, independente de sua crença, de sua religiosidade ou ideologia, que cada pessoa vitimada naquele dia fatídico, tinha consciência de sua própria finitude. De sua inerente mortalidade. Sendo assim, estavam cônscias que poderiam morrer a qualquer momento. Mas é fato também que nenhuma pessoa normal vive em função do dia de sua morte, ou seja, todos tinham planos que visavam o futuro seu e de suas famílias. Procuravam à sua maneira viver a vida normal de todos os dias. 

As pessoas que trabalhavam nas torres gêmeas do WTC tinham aquele dia 11 de setembro do ano de 2001 como mais um dia normal de trabalho. Nunca imaginariam que precisamente naquela manhã dois aviões lotados de passageiros, também vítimas como eles, seriam sequestrados, desviados de suas rotas originais e, com seus tanques de combustível completamente cheios, seriam lançados à toda velocidade, como poderosos mísseis contra os dois prédios.

Quase três mil pessoas morreram nos ataques naquele dia. Quantas estavam prontas para seu desenlace dessa vida?

Quantas estavam realmente preparadas para adentrar aos umbrais da eternidade?

São perguntas que muitos evitam de pensar e até mesmo de mencionar. Mas é inegável que morreremos e então iremos para um desses dois lugares: ou o lugar onde estaremos junto a Deus para sempre, que denominamos céu, ou o lugar onde estaremos separados de Deus para sempre, que denominamos inferno.

Quantas daquelas pessoas estavam prontas para entrarem no lugar da habitação de Deus? Quantas estavam  prontas para entrarem no lugar da separação de Deus? A maioria das almas daquelas vítimas foi para aquele ou para este último? 

Jesus muito claramente deixou o ensinamento de que realmente estas duas dimensões existem no mundo espiritual, céu e inferno. Podemos claramente ver na passagem no rico e de Lázaro em Lucas 16.19-31. Aquelas pessoas que morreram nos atentados e que em vida seguiam fielmente ao Senhor Jesus, em que pese a violência de suas mortes, tiveram entretanto a grande felicidade, a eterna bem-aventurança de entrarem no "seio de Abraão" (Lc 16.22), ou seja, o céu. Os outros que viviam aqui na terra longe de Deus, em rebeldia contra Sua vontade, não poderiam ir para outro lugar senão o inferno, lugar distante da presença divina e habitação dos rebeldes e incrédulos.

Chamo sua atenção caro leitor, nesses dez anos dos atentados. Quantos esperavam que sua morte seria naquele dia? Acredito que ninguém. A morte os colheu. Quantos em realidade estavam preparados?

Hebreus 9.27 e 28: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação." Está determinado por Deus então que todos tem um dia para morrer. E que após isso segue-se o juízo, para os que rejeitaram a vontade d'Ele nessa vida. Mas o autor da epístola também menciona sobre a segunda vinda de Jesus Cristo. Ou seja, os que estiverem vivos quando Ele voltar, não morrerão, mas terão seus corpos transformados e estarão para sempre com o Senhor, assim como ressuscitarão os que morreram em Cristo com esses mesmos corpos transformados e gloriosos e todos estarão para sempre no Reino do Pai (1Co 15.52-55; 1 Ts 4.16-18).

Grande é portanto a esperança nessa vida dos que já estão em Jesus. Na verdade a morte do cristão resulta em lucro para ele, como disse o apóstolo Paulo (Fp 1.21). O verdadeiro seguidor do Filho de Deus de nada se atemoriza. Ele sabe que entrará imediatamente na presença gloriosa do Pai, quando fechar os olhos para essa vida.

Só o Senhor é quem sabe quantos estavam preparados para entrarem no céu naquele dia 11 de setembro. E você, está HOJE preparado se a morte o colher? 

Não esqueça que estar preparado é estar fielmente em Cristo Jesus.

Pense nisso.

  

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Igrejas marqueteiras ou igrejas bíblicas? Qual você prefere?

Na minha modesta análise sobre as igrejas evangélicas, vejo dois modelos: 1) Aquelas que são marqueteiras, ou seja, utilizam todos os recursos humanos, todas as técnicas e abordagens do mercado para crescerem; 2) E aquelas que são bíblicas, ou seja, estão inteiramente apegadas aos ensinamentos das Escrituras para crescerem de maneira saudável.

Não há outros modelos de igrejas nos dias de hoje. Esses são os que prevalecem. Sejam pentecostais, históricas, neopentecostais, independentes, calvinistas, arminianas enfim, ou essa igreja é marqueteira, ou é realmente bíblica.  A diferença entre as duas é assustadora.

Há uma crítica consistente contra o evangelicalismo contemporâneo. Isto porque em muitos de seus segmentos, já se perdeu a ênfase em um ministério inteiramente calcado nos princípios da Palavra de Deus. Estratégias ou técnicas do mundo empresarial são acolhidas sem nenhum senso crítico. As pessoas são vistas como consumidores a serem satisfeitos. Não se tem mais critérios para que alguém seja aceito como membro de uma igreja. Ou seja, em muitas dessas congregações, alguém decide-se por Cristo e em seguida, se assim desejar, é batizado. Não se procura primeiramente verificar as convicções do neo-convertido e ao mesmo tempo expô-lo às doutrinas básicas da fé para alicerçar firmemente o que já recebeu.   

Assim, pessoas supostamente convertidas a Cristo, ingressam ao rol de membros estando, como se costuma dizer, convencidas e não convertidas a Jesus Cristo. Desnecessário dizer que há uma diferença grande entre os dois termos. Esses crentes estão a bordo de uma superficialidade sem tamanho. Não houve um conhecimento dos princípios elementares da fé e ingressam à igreja movidos muitas vezes por meras emoções. 

Salvo honrosas exceções, isso é o que acontece. E isso nas igrejas ditas marqueteiras. O desejo que subjaz nessas congregações é encher o templo. Templo cheio, ofertas financeiras garantidas, sucesso aparente. É fato notório, na grande maioria das vezes, a igreja marqueteira está de casa cheia e a igreja bíblica, vazia. O marketing religioso enche os bancos da igreja, mas não enche muitas vezes os corações famintos pelo verdadeiro Evangelho.

Deixo aqui bem clara minha opinião de que mesmo sendo uma igreja marqueteira, ela pode e realmente tem cristãos verdadeiramente convertidos. Quem sou para dizer de outra forma, visto que o Espírito Santo é livre e trabalha poderosamente em todos os lugares? Ele usa quem quiser e como Lhe aprouver. Porém, apesar desse trabalho do Espírito de Deus, isso não significa que o Senhor está aprovando o procedimento desses ministérios voltados para a satisfação do consumidor.

Acaso não é Deus quem deve ser glorificado? Como então a prioridade fica sendo o ser humano? Em agradar as pessoas e em desagradar a Deus naquilo que consiste no que é verdadeiro e correto para a Igreja do Senhor? As igrejas não podem sucumbir às pressões culturais e seculares. Quando uma igreja é marqueteira, todo seu funcionamento, o trabalho de seus ministros e de seus ministérios fica seriamente comprometido.

Um ministério e uma igreja biblicamente orientados, não cedem aos apelos consumistas. Não glorificam as filosofias humanistas que  teimam em infiltrar-se na vida de seus membros. Procuram se ater aos princípios das Sagradas Escrituras. Realmente consideram a Bíblia como regra de fé e prática de onde extraem os  princípios que norteiam sua conduta e não um livro de tessituras sentimentais.

As igrejas marqueteiras são obviamente pragmáticas em sua vivência do Evangelho. Seu ativismo está voltado em conseguir adesões. Eu disse adesões, e não verdadeiros convertidos. Enquanto isso, as igrejas bíblicas trabalham idealmente para converter as pessoas ao Evangelho. Ainda que pareçam mais lentas em seu proceder, todavia, sabem que estarão na plenitude da verdade bíblica quando procurarem considerar a vontade de Deus em tudo. Uma filosofia de ministério que parte das necessidades do homem e não da vontade de Deus está completamente fora de foco.

"Igrejar os desigrejados" essa frase foi cunhada para indicar justamente as igrejas que fazem do marketing o seu instrumento de trabalho e não a Bíblia e sua verdade. Isso é assim porque as igrejas marqueteiras não tem o devido apreço pela doutrina bíblica. Sendo assim, usam e abusam de técnicas humanas no trabalho que fazem em prol do Evangelho. Mas Deus não disse que a Sua obra deveria ser feita conforme os homens pensam que deve ser, mas sim conforme as claras instruções do Senhor nas Escrituras (Dt 30.11-16; 2Pe 3.15,16).      

Os conhecimentos do mundo empresarial se usados largamente no trabalho da Igreja, comprometem a eficácia do testemunho dos cristãos no mundo. Teremos uma igreja como a igreja de Laodicéia, que achava que de nada tinha falta. Se achava enriquecida, mas era miserável. Era morna, não era nem fria e nem quente e por isso mais um pouco e seria vomitada da boca do Senhor (Ap 3.14-22). O verso 17 deixa clara a postura dessa igreja pois ali ela expressa sua própria opinião. Ou seja, não levava em consideração as diretrizes de Deus, mas fazia tudo por sua própria, distorcida e apequenada visão, tanto é assim que o Senhor lhe recomenda que d'Ele ela adquirisse colírio para aplicar em seus olhos e enxergasse sua horrível situação.

Não é assim porventura que devem estar as muitas congregações baseadas no marketing humano pelo mundo? Que fazem com que seus átrios estejam cheios de almas, mas convertidas de que para que, perguntamos. Que deixaram de ser mordomos fiéis das Escrituras e se entregaram a concepções diluídas do verdadeiro Evangelho. Igrejas essas que são cheias de gente, barulhentas, mas superficiais no que tange a uma vivência verdadeiramente bíblica e cristã. Que amam a irrelevância dos escritos, estudos e pregações de seus gurus e profetas e menosprezam a relevância da Palavra de Deus que gera verdadeiros homens e mulheres realmente comprometidos com todo o conselho de Deus como era o apóstolo Paulo (At 20.27).

As igrejas marqueteiras acreditam no valor do desempenho humano. John MacArthur disse: Aquilo que as pessoas querem, a igreja deve oferecer. Aquilo que as igrejas oferecem, os pastores devem ser treinados para fornecer. Aquilo que os pastores são treinados para fornecer, a igreja oferecerá. Quando a igreja oferecer o que as pessoas querem, as pessoas vão querer mais e assim será criado um círculo inquebrável de causa e efeito tornando a igreja impotente e merecendo a condenação de Cristo.     


Cremos que mais do que nunca nos dias de hoje, existe essa urgente necessidade de um ministério que seja eminentemente bíblico. Que esteja apegado à Bíblia firmemente. Que possa discernir dessa forma toda proposta humanista de descaracterizar a igreja e seu proceder o NT e perseverar com muita intensidade na busca da vontade de Deus em sua missão no mundo.

Este é o ideal. Que Deus ajude sua amada Igreja a fugir das propostas tentadoras da cultura que lhe rodeia e seja contracultural na sua forma de vivenciar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. O Evangelho é glorioso demais para se deixar domesticar pelos humanismos falíveis e corrompedores de tudo aquilo que nos foi outorgado pelo Santo. Paulo disse: "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" (Rm 15.4).

Reportando-me ao título, qual será então sua escolha, o marketing, que enche rapidamente um grande espaço gerando uma multidão superficial, ávida por novidades "gospel" ou os velhos caminhos da Palavra de Deus, que muitas vezes leva mais tempo por "resultados" mas quem disse que temos de produzí-los? Eles são obra de Deus (1Co 3.6). A nós cabe obedecer e por em prática tudo o que Ele nos ensinou.

Pense, a Igreja do Senhor, em tudo isso.