terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Reflexões sobre a tragédia em Santa Maria

Esta não será a primeira e nem a última tragédia que ocorrerá neste mundo pré-retorno de Cristo. O que ocorreu na danceteria Kiss em Santa Maria no Rio Grande do Sul está bem configurado com a presente dispensação que ora vivemos, ou seja, na presença do pecado, e como frisei acima, o tempo do pré-retorno do Senhor nas nuvens do céu. Sofremos todos nós com as consequências da presença do mal no mundo. Além disso, sabemos igualmente pelas Escrituras que Satanás e suas hostes estão presentemente atuantes e, embora derrotados pela obra de Jesus Cristo na cruz (Cl 2.15; Hb 2.14,15) podem e e realmente tem agido para afligir os seres humanos, principalmente os que estão em aliança com Deus por meio de Seu Filho.

Este é um mundo em desordem. Um mundo espiritualmente em caos. Um mundo que experimenta um vazio de Deus e um incremento das atividades diabólicas em todos os quadrantes, afinal, Jesus disse que ele, Satanás, é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11). Um mundo onde o mal está presente e o pecado é a norma, não a exceção.

Mas também este é um mundo onde o verdadeiro Rei dele (1Tm 6.15; Ap 17.14; Ap 19.16) tem o domínio absoluto sobre tudo (Sl 24.1; 99.1). Mundo que o Criador amou e enviou Seu Filho para exatamente ser o resgate de tantos (Jo 3.16; Mt 20.28; Mc 10.45). Um mundo onde o Espírito Santo atua e efetivamente tem atuado em meio ao caos espiritual da humanidade através da mensagem reconciliadora do Evangelho (2Co 5.18-20), o Espírito de Deus age no mundo, no caos existencial das pessoas, assim como agiu no principio da criação, movendo-Se no caos primordial que era a Terra (Gn 1.2). 

Não deveremos achar que o que aconteceu na danceteria foi uma punição direta de Deus por viverem uma vida de pecados. É certo que a Bíblia declara que o Senhor Deus castiga e castigará aqueles que transgredirem Sua Palavra (2Ts 1.9; Hb 10.29; Ap 3.19). Mas nunca deveremos esquecer do caráter antes de tudo amoroso e benigno do Senhor. Ele não deseja a morte do ímpio, mas sim que Ele se converta de seus maus caminhos, seja salvo e viva retamente na presença Dele (Ez 18.23, 31,32; 2Pe 3.9).

Exatamente por causa da presença do mal no mundo, por causa da nossa natureza pecaminosa, mesmo que já tenhamos nascido de novo, somos sujeitos a pensar e expressar opiniões que não se coadunam com o testemunho das Escrituras. Esses jovens morreram porque o mal está atuante no mundo, porque vivemos num mundo pré-retorno de Cristo, num mundo ainda entregue ao seu príncipe que outra ocupação não tem que não seja tentar transtornar, perturbar, os retos caminhos do Senhor (At 13.10).

Creio no princípio bíblico de que todas as coisas acontecem para a glória de Deus, acontecem sob Sua permissão e acontecem para concorrer para o bem, porque sem dúvida alguma o Bem triunfará.

O mal e o pecado estão presentes no mundo, nas estruturas da sociedade humana e obviamente em todos nós, indivíduos. Uma danceteria que não deveria ter recebido alvará para funcionamento, que não tinha sinalização interna que indicasse as saídas de emergência e que na verdade, nem porta de emergência havia de fato, que estava abarrotada de pessoas, que permitiu a pirotecnia do grupo musical que se apresentava e isto num lugar com um isolamento acústico composto de um material altamente inflamável, boate esta onde os seguranças no momento em que os frequentadores da casa desejavam sair do ambiente que começava a ser atingido pelas chamas tentaram impedir a princípio a saída das pessoas por não efetivarem o pagamento de suas despesas no local (mas que cederam depois, entretanto, isto não impediu que muitos morressem), tudo isto não aponta para uma ambiência de malignidade no mundo em que vivemos que causa e realmente tem causado tantas tragédias?    

A marca do pecado e da malignidade é real. É impossível negar isto. A destruição e morte norteia a existência dos descendentes de Adão. O cativeiro ou servidão da corrupção do pecado (Rm 8.21) está em toda a criação de Deus. As marcas do pecado e do mal são evidentes no homem, nas estruturas humanas e na natureza. Sendo assim, tolos são todos (inclusive e principalmente cristãos) que atribuem ao Senhor a ocorrência dessas tragédias. Elas são consequências do atual estágio em que nos encontramos. E fora das Escrituras nenhuma outra explicação o ser humano terá para tentar entender porque estas coisas ocorrem.

Somente em Jesus Cristo e em Sua morte substitutiva o homem encontrará o necessário perdão (Cl 3.13) e a regeneração promovida pelo Espírito Santo (1Pe 1.3), a justificação diante do Juiz Supremo e a consequente paz (Rm 5.1) e a adoção na família de Deus (Ef 2.19). Tudo isto são os benefícios iniciais do Evangelho mas é muito mais do que isto, porque relacionar-se com Deus para o homem significará viver uma vida verdadeira, uma vida digna de ser vivida, uma vida abundante e plena de sentido em Cristo Jesus.

Deus não prometeu para nós todas as respostas, pelo menos nesta vida (Dt 29.29). Mas no que nos foi revelado, segundo esta passagem de Deuteronômio, o que está disponível para nós no conjunto dos 66 livros que compõem a Bíblia Sagrada, é suficiente para que descansemos no Senhor, para que confiemos nEle, para que seguros nEle estejamos em meio às incertezas deste mundo caído. Estamos todos aqui mergulhados e envolvidos em uma atmosfera espiritual adversa, onde o ar às vezes é rarefeito, espiritualmente falando, mas o Bom Pastor prometeu estar presente conosco todos os dias até o final da história humana (Mt 28.20).

O dia da vinda de Jesus Cristo se aproxima. Diante de tais tragédias e outras que certamente ocorrerão (Mt 24.6,7) devemos nos portar como filhos de Deus que somos e chorar com os que choram (Rm 12.15), deveremos consolar os enlutados (2Co 1.3-7) e proclamar em meio às dores e misérias das pessoas, o insubstituível Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Como povo de Deus presente no mundo, como Igreja do Senhor sobre a terra, aperfeiçoemos nosso amor no Senhor fazendo exatamente o que Ele nos mandou, nos comissionou a fazer até que Ele mesmo venha entre as nuvens em Seu grande e glorioso dia (Ap 19.11-21).

O que chegamos a compreender das dores da humanidade nesta vida é notório nas páginas das Escrituras. Jesus mesmo disse: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33).

É a mensagem consoladora, alvissareira, esperançosa do Senhor Jesus que devemos viver diariamente e ao mesmo tempo proclamar, a fim de que os que não usufruem do que já possuímos possam igualmente obter acesso a esta graça, acesso com confiança à presença do Pai (Hb 4.16).

Jesus Cristo definitivamente é a esperança de todos os seres humanos. O mal e a morte não prevaleceram contra Ele. O pecado foi derrotado. As hostes malignas estão todas subjugadas a Ele. Sua vitória é incontestável e brevemente Ele voltará como Rei que é para consumar de uma vez para sempre o que já foi feito na cruz do Calvário. E aí então, de forma gloriosa, será banido o mal, a morte e o pecado do universo. Deus tem Sua hora certa para assim o fazer.

Pense nisto.    














quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O dilema dos EUA: Armas, tragédias e liberdade

Uma das grandes tragédias que ora se abatem sobre os Estados Unidos e seu povo tem a ver com a polêmica questão de armamentos nas mãos de civis. É um fato histórico: A Segunda Emenda constitucional , de 15 de dezembro de 1791 concedeu o direito a qualquer cidadão estadunidense de possuir suas próprias armas em casa, assim foi redigido o texto: "Sendo necessária uma milícia bem ordenada à segurança de um Estado livre, o direito do povo de possuir e portar armas não deve ser infringido."

Necessária se faz uma discussão em torno do tema. É um grande equívoco essa emenda, que completou no mês passado, 221 anos. E é evidente que ela ficou obsoleta porque estamos em tempos muito diferentes desde quando foi promulgada. É grande o segmento na sociedade norte-americana a favor da manutenção dessa lei, a ala conservadora, que é composta de muitos assim ditos "cristãos". Existe uma organização não -governamental, a NRA (National Rifle Association - Associação Nacional do Rifle) que defende junto ao governo que a Segunda Emenda seja mantida. Wayne La Pierre, vice-presidente e gerente-geral do órgão chegou a dizer esta pérola: "A única coisa que detém uma pessoa má com uma pistola é uma pessoa boa com uma pistola", demonstrando assim sem pudor algum a mentalidade agressiva dos neoconservadores em uma sociedade que dá sinais de uma decadência evidente em muitos sentidos: intelectual, cultural, moral, político, econômico e principalmente, espiritual.

O presidente Barack Obama após o último massacre em Connecticut em 14 de dezembro onde 20 crianças e seis adultos foram mortos por Adam Lanza de 20 anos, depois de matar a própria mãe em casa e terminar cometendo suicídio,  disse: "Temos que observar mais atentamente uma cultura que glorifica as armas e a violência". Palavras um tanto vagas do presidente da nação militarmente mais poderosa do mundo, que infelizmente tem infringido leis internacionais em sua "guerra ao terror" e agora precisa acudir um problema de enormes proporções em seu próprio país, não só pela sequência de mortes nos últimos anos, em ataques em escolas, shopping centers, empresas, templos, cinemas, os serial killers americanos são muito abrangentes em seus nefandos ataques.

Os Estados Unidos vivem desde o século 19 sob uma cultura de violência imposta de cima para baixo pois apoiam o uso excessivo de força para resolução de arengas tanto dentro como fora de suas fronteiras. O governo desde 2002 durante a presidência de George Bush (filho), invade casas, controla o acesso de qualquer pessoa à internet, executa escutas telefônicas, pratica espionagem, tortura e interroga qualquer um suspeito de terrorismo e isso sem lhe dar direito à ampla defesa. É enfim um estado policial na mais plena acepção do termo. Logo os EUA, considerados a pátria da liberdade e dos direitos civis.

Infelizmente não dá para imaginar outra coisa da nação americana hoje do que esta: é um país que, por meio de seus governantes e sua política externa agressiva (e agora internamente também), tem se apresentado ao mundo como intolerante, truculento com seus cidadãos e que tem uma economia baseada na indústria armamentista. Os problemas sociais entre os norte-americanos são potencializados pelo fato de serem a sociedade que tornou-se a maior consumidora de drogas do mundo. É um negócio trilionário e que gera muita violência (veja o México, vizinho dos americanos, como está sob o domínio dos cartéis do narcotráfico). Suspeita-se que a CIA está envolvida diretamente, em parceria com o governo do Afeganistão, no tráfico de ópio (de onde se produz a heroína) a partir deste país (invadido por tropas dos EUA). 

Um Estado repressor, que invade outros países de forma unilateral e que não aceita ser interpelado pela ONU. Que usa de violência da maneira mais franca possível quando estão em jogo seus interesses. Um país belicoso fora e dentro de suas fronteiras contra seus próprios cidadãos. Que tem além de tudo, a maior população carcerária do mundo, correspondente a 1/4 da população carcerária mundial, a maioria desses detentos são negros. Este fato só reforça o racismo, outro problema na sociedade americana que, apesar dos progressos nesta questão nas últimas décadas, ainda é algo entranhado no seio da sociedade. 

Tudo isto e muito mais formam um caldo amargo e intragável tornando a vida das pessoas sem esperança e com medo de tudo e de todos. Nunca o cidadão americano terá a certeza de que pode fazer sua ligação telefônica, entrar e sair de sua casa, conduzir sua vida e seus negócios com toda tranquilidade porque os seus governantes tem agora o poder de fazer incursões em sua vida privada quando e onde desejar. E também, nunca se sabe quando e onde estará o próximo psicopata que descarregará suas armas contra quem estiver em sua frente, visto que, pelo andar da carruagem, será muito difícil, quase impossível, derrubar uma lei que está mesmo amalgamada com a forma de vida que os americanos tem e que se reforça por causa da cultura de violência do qual falamos e que o governo é o grande responsável e mentor. Somente para se compreender a gravidade desta situação, deixo aqui um link para que vejam quantos ataques já foram fomentados desde 1998, acesse aqui http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1201432-relembre-outros-ataques-a-tiros-nos-eua.shtml e isso é somente um resumo. 

O que resta, e falamos assim porque conhecemos a Cristo, é exatamente aquilo que os norte americanos tem ainda na essência de sua vida enquanto nação, enquanto povo: o sentimento religioso, mesmo que um tanto quanto decadente, mesmo que um tanto quanto domesticado e institucionalizado ou ainda, secularizado. Ainda há verdadeiros homens e mulheres de Deus na América que entendem que a solução para os graves problemas da nação está no Alto, vem d'Aquele que "não dorme e nem tosqueneja" (Sl 121.4). 

Nosso Deus é soberano sobre toda a terra. Nunca é demais lembrar de que Seus eternos propósitos se cumprirão, não importa governo, ideologia, conflitos, nada. Tenho a mais absoluta convicção que em meio a toda esta miséria de pessoas sendo mortas nestes ataques de psicopatas armados, existe um propósito maior. Foi divulgado amplamente nos noticiários que muitas pessoas após o atentado de Connecticut em 14 de dezembro, acorreram para as igrejas procurando conforto espiritual, foi uma oportunidade e tanto para que pastores, líderes e cristãos em geral ministrassem sobre essas pessoas e lhes apregoassem a fé em Jesus Cristo como única alternativa para a vida humana, como o Único que dispõe para todos de VIDA e esta em abundância (Jo 10.10).

Àqueles que se dizem cristãos e que apoiam a Segunda Emenda que mantém a liberdade de qualquer pessoa poder comprar uma arma, deveriam refletir à luz das Escrituras sobre a racionalidade de sua convicção pessoal. Sei que muitos devem mesmo fazer isto e que encontrarão apoio na Bíblia para defender a ideia de que o norte-americano deve se armar, deve ter a liberdade de comprar qualquer tipo de armamento e munição, na quantidade que quiser, considera-se também o próprio princípio de que o governo não deve ter poder de ingerência na vida do cidadão, ou seja, ele compra ou deixa de comprar o que quiser. Mas pessoalmente, defendo sim que haja um meio termo na questão, exatamente por causa dos paranóicos que infestam uma sociedade como a dos Estados Unidos, com vários ex-combatentes de suas últimas guerras, pessoas neuróticas, que podem pegar a qualquer momento em um fuzil e promover um banho de sangue sem o mínimo problema de consciência. Se pessoas como o jovem de 20 anos  de Connecticut  têm a capacidade nefanda de praticar tais atrocidades, o que dizer de um ex-militar treinado exatamente para matar de forma profissional?

Conclamo que todos os cidadãos norte-americanos que temem ao Senhor, que entendem que a violência não se resolve com mais violência, que compreendem e experimentam diariamente em suas vidas o amor do Salvador, que sabem, pelo testemunho do Espírito Santo em seu interior, de que a Palavra de Deus é a verdade pura e cristalina para suas vidas e de todos os que vierem a crer, que esses cristãos possam ser o grande diferencial para o seu país. Que eles deixem todas as diferenças denominacionais e teológicas (repito que estou falando aqui de crentes nascidos de novo, não falo de crentes nominais) e possam unir-se em oração e em ação concreta e objetiva visando mudar a face dos Estados Unidos da América, que já foi considerado o país das oportunidades, além de ser também em passado recente, o país que mais enviava missionários cristãos ao mundo, mas que ultimamente arrefeceu seu ardor missionário, exatamente por causa da agressiva política externa que leva a efeito e que fez com que cidadãos estadunidenses corressem perigo de vida em muitos países devido ao ódio devotado aos Estados Unidos e a tudo o que seja referente ao seu estilo de vida.

É possível reverter a decadência espiritual. Esta, é a base de todo o triste estado que se abate sobre a nação. Pessoalmente, tenho apreço pelo povo americano, gosto de algumas coisas boas da cultura americana. Admiro a força de vontade e vocação empreendedora que possuem, sem exageros. Repudio entretanto seus governantes belicosos que teimam em manter guerras em países distantes com desperdício de vidas e recursos, quando poderiam ter uma cultura de paz, tanto externamente como internamente. Lamentavelmente, estamos neste instante em uma situação sombria, mas sirvo a um Deus, que é o Deus de toda esperança. Gosto do que disse o apóstolo Paulo: "Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo" (Rm 15.13). Sei que não nos aguarda exatamente um mundo de paz promovido somente pelos homens. Isto é impossível, por causa da natureza pecaminosa do ser humano. Porém, creio em homens regenerados, servos verdadeiros de Jesus Cristo, que podem ser agentes de transformação, que podem ser sal e luz (Mt 5.13-16), assim como José do Egito, assim como Daniel em Babilônia, assim como William Wilberforce, parlamentar cristão no século 18 na Inglaterra que ajudou a extinguir o tráfico negreiro, assim como Abraham Kuyper, pastor, que fez um excelente governo como primeiro-ministro da Holanda (1901-1905) e tantos outros exemplos de cristãos, que você pode estar lembrando agora e que fizeram a diferença, glorificando a Deus, servindo a seu próximo, sendo úteis à sociedade pois esta é a vontade do Senhor para nós.

Paz verdadeira somente quando o Princípe da Paz, nosso Senhor Jesus Cristo, vier pela segunda vez. E Ele breve virá. Até lá, cabe aos nós, seus discípulos, influenciar da melhor forma possível, salgar, iluminar, esta sociedade que jaz no Maligno (1Jo 5.19). Isto devemos fazer. Mesmo que ao custo de nossas próprias vidas. Somos testemunhas de Cristo e a palavra "testemunha" no grego marturion, é de fato donde deriva a palavra "martírio" em nosso idioma, isto deixa claro então que ser testemunha de Cristo em um mundo carregado de maldade, sob o domínio (permitido por Deus, não nos esqueçamos nunca disso) de Satanás, pode ser sinônimo de sofrimento, perseguição e morte. Mas isso deve ser motivo de regozijo para os verdadeiros filhos de Deus, sempre (Mt 5.11,12).

Então, se você leu com atenção, agora mesmo pare e pense sobre tudo isso. Que o Senhor nos abençoe e também ao valoroso povo norte-americano. 













terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Em 2013 sendo parecidos com Cristo, alcançando vidas para Ele, e nada mais

Mais um ano em nossas vidas. Mais oportunidades em Deus para cooperarmos com Ele na proclamação do Seu Reino. Mais perspectivas disponíveis em Cristo para que façamos a Sua obra. Há também um claro apelo do Espírito de Deus em nosso coração para que sejamos cada vez mais parecidos com nosso Salvador. Convém refletirmos um pouco sobre como nos conduzirmos em face das claras ordenanças bíblicas sobre nosso viver em Cristo.

Essas são duas das principais considerações a serem devidamente levadas em conta por todo servo de Deus: 1) Ser parecido com Jesus a cada dia (Rm 8.29; Ef 4.22-24); 2) Alcançar vidas para o Reino de Deus (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; At 1.8).

Fomos salvos pelo Senhor e essa salvação é acompanhada de transformação. Esta se refere a termos em nós as virtudes de Cristo. O caráter do Filho de Deus deve ser nosso distintivo. Deve ser aquilo que nos faz diferentes em relação aos outros homens que não conhecem ainda ao Senhor. E, ainda mais, deve fazer com que as pessoas que ainda não o conhecem, sejam atraídas, sejam levadas ao encontro do Senhor a fim de que também Ele as salve e também as transforme.

Aqui então encontramos o objetivo, a missão, a obra que cada um de nós está imbuído de fazer que é conduzir pessoas aos pés de Jesus Cristo. Nada é mais importante para o Corpo de Cristo, a Igreja, do que este trabalho que devemos realizar por ordem expressa do Senhor e devemos disto nos ocuparmos tanto individualmente, como também coletivamente visto que somos um só Corpo (1Co 12.12,27).

Muitas vezes acontece de o servo de Deus perder o foco em sua peregrinação neste mundo. Ele perde a visão celestial. Torna-se meramente um religioso cristão. Dá ênfase indevida a muitas outras coisas que pouco ou nada tem a ver com a verdadeira essência de sua vida em Cristo. Transforma sua devoção a Deus em algo sem sentido, pesado, monótono, costumeiro. O primeiro amor arrefece em sua vida e ele torna-se sério candidato à acomodação e por fim, a desviar-se dos caminhos santos do Senhor. 

Quando contrariamente, permitimos de fato que o Espírito Santo seja o nosso infalível guia na jornada que  ora fazemos nesta vida (Rm 8.14), certamente não esmoreceremos diante dos desafios e tentações que nos rodeiam (Hb 12.1). Isto porque contemplaremos sempre a face de Jesus adiante de nós conforme nos diz o escritor aos Hebreus  "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé" (12.2a). E como consequência natural deste olhar de fé, estaremos proclamando a todo aquele que não conhece o Evangelho, a única mensagem que tem o poder para a salvação do homem perdido e desviado da comunhão com seu Criador (Rm 1.16).

Olhar para Jesus significará ser como Ele é. Será uma vida transformada em face de Sua glória: "Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2Co 3.18). E sendo assim como Ele mesmo é, tendo as características em nós do caráter de Jesus Cristo, dentre essas, o amor, seremos movidos a ir ao encontro dos perdidos, assim como nosso Amado Mestre, para lhes proclamar as boas-novas de salvação e libertação do jugo do pecado e de Satanás em suas vidas.

E é isto tudo o que realmente importa. Igrejas suntuosas, grandes corais, afluência do povo aos templos, projeção na mídia e tantas coisas semelhantes (que podem ou não serem úteis e necessárias à causa do Reino), ficam em plano secundário quando se considera que temos que crescer, avançar, em nossa santificação pessoal a cada dia, em outras palavras, em sermos parecidos com Jesus e também na execução pessoal que cada um de nós está imbuído pelo próprio Senhor, ou seja, proclamar o Evangelho a todos de forma clara e insofismável.

A vida cristã é uma coisa só. Ou seja, tanto o ser como Jesus como também trabalhar em prol de Seu Reino estão interligados. Ao realizarmos a obra que Ele nos mandou fazer, pregar o Evangelho, seremos como Ele mesmo foi, porque em Seu glorioso ministério, o Senhor Jesus pregou o Evangelho (Mc 1.15) e ao fazer isto, Ele foi obediente ao Pai que o enviara. Jesus disse: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (Jo 4.34). Portanto, ser parecido com Jesus é fazer a Sua obra e fazer a Sua obra nos faz semelhantes a Ele.

Inicio pessoalmente este ano novo de 2013 nesta perspectiva. Quero sinceramente ser mais e mais parecido com meu amado Salvador. Ter o seu caráter implantado em mim. Quero também proclamar a mensagem do Evangelho. Quero em tudo Lhe obedecer. E tudo isto através da preciosa ajuda do Espírito Santo que em mim habita (Jo 14.16,17) e que em mim opera e me guia (1Co 12.11; Jo 16.13) e que por mim intercede ao Pai (Em 8.26,27). 

É assim que desejo viver. É assim que quero permanecer todos os meus dias sobre a terra até o dia do glorioso encontro com o nosso Senhor nas nuvens de céu (1Ts 4.17).

Se você deseja isto também para sua vida, se deseja viver dentro destes sagrados parâmetros, te convido para que faça isso agora mesmo. Ore ao Senhor, confesse a Ele os seus pecados, diga-Lhe que deseja ser como Ele é, que deseja ser transformado e também deseja igualmente fazer a Sua obra. O Senhor imediatamente lhe perdoará e renovará sua vida. Aproveite este novo ano e renove seu compromisso com o Senhor como eu mesmo fiz. Você também entenderá que isto realmente é tudo o que importa. 

Pense nisso.