sábado, 27 de março de 2010

Deus, o justo Juiz


Todos nós, de uma forma ou de outra, estamos conscientes de que um dia haverá um acerto de contas com nosso Criador. E será este um julgamento imparcial. Deus não julgará segundo os padrões a que nos acostumamos. Os juízes humanos julgam segundo a evidência apresentada perante eles por outrem. Mas Deus mesmo demonstrará a evidência que não deixará dúvida alguma da culpabilidade daquele que comparecer perante Ele para o derradeiro julgamento (Ap 20.11-15).

A justiça ou retidão de Deus é revelada em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Estejamos todos absolutamente certos de que seu juízo será imparcial. Não se fará acepção de pessoas (Rm 2.11). Será sem caprichos pessoais. Prevalecerá plenamente Sua justiça. Sendo Deus quem é, não haverá a menor possibilidade de erros serem cometidos. Ele conhece perfeitamente passado, presente e futuro. Sua onisciência garantirá um julgamento isento de erros.

Um dia já está determinado para este julgamento (At 17.31; Rm 2.16). Quem julgará também já é conhecido. O que será julgado também. Portanto, Deus em Sua augusta soberania, afirma para todos os homens, para que não hajam dúvidas de que, sim, haverá um dia de acerto de contas.

Não terá o ser humano, seja ele quem for, nenhum mérito ante o Trono do juízo. Diante de um juiz humano, é mui provável que o advogado de defesa aponte para as qualidades do réu. Poderá delongar acerca de seus feitos, de seu caráter, em alguma espécie de estratégica defesa. Isto absolutamente não ocorrerá diante do Tribunal divino. Não haverá como o homem comparecer perante Deus no dia do Juízo Final e tentar esboçar alguma justificação. Tudo estará mui transparente. Tudo muito bem explanado. NADA FICARÁ OCULTO.

O castigo da desobediência dos pecadores será justo e inflexível. Não haverá concessões. Lembremo-nos que estaremos diante do Perfeito Ser que aplicará a perfeita justiça. Deus instituiu um governo moral no mundo, impôs leis justas às Suas criaturas, e anexou sanções a elas. A execução dessas leis envolve recompensas e castigos. Justiça remunerativa é o nome que se dá à distribuição de recompensas da parte de Deus, àqueles que lhe são fiéis (Rm 2.6,7,10). Justiça retributiva ou punitiva é aquela em que Deus inflige castigo aos impenitentes e rebeldes (2 Ts 1.8).

Entretanto, temos por certo também de que Deus já julgou o pecado na cruz por meio de Seu Filho, Jesus Cristo. A pena da lei foi aplicada sobre Cristo. Por isso seu sacrifício foi um sacrifício vicário. Um sacrifício substitutivo. A justiça de Deus permitiu que houvesse a substituição de uma pessoa por Outra. A justiça perfeita de Deus evidentemente exigiu o castigo do pecador, mas (e glória a Deus por isso), pôde aceitar o sacrifício vicário de outrem e neste caso Jesus Cristo! Isto é o Evangelho.

Se você acompanhou-me até aqui, então entenda, seja você quem for, que na cruz de Cristo, Deus demonstrou tanto o julgamento do pecado humano, como sua misericórdia em justificar o pecador. Você não precisa chegar até o dia do Juízo Final, diante do Grande Trono Branco (Ap 20.11). Creia que na cruz, Deus, como bem escreveu John Stott em A Cruz de Cristo: “Deus não apenas propiciou a sua ira, resgatou-nos da escravidão, justificou-nos a seus olhos e reconciliou-nos consigo mesmo, mas também defendeu e demonstrou a sua própria justiça. Pelo modo como nos justificou, também justificou a si mesmo.” Aqueles que comparecerem perante o trono do Soberano do universo, receberão inflexivelmente sua condenação conforme Sua reta justiça.

Agora é o momento de você ser justificado diante do Senhor, atente para Hb 3.7,8a: Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje sua voz, não endureçais os vossos corações”. A morte de Jesus foi um ato perfeito de justiça, porque satisfez a lei de Deus. Com fé, receba agora a justiça de Cristo que é imputada sobre você e esteja em paz com Deus, escapando portanto do dia do grande juízo,veja Rm 5.1: Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.”

Cristo expiou nossa culpa, satisfez a lei de Deus e tornou-se nosso substituto. Não temos mérito nenhum diante de nosso Criador. Pense nisto.

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