terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A vontade do homem e a vontade de Deus

Interessante pensarmos que o homem realmente possui livre arbítrio. Sei que alguns amados irmãos calvinistas não concordarão com muitas de nossas asseverações, mas eu creio, conforme nosso entendimento da Palavra de Deus, que o homem, por causa de sua livre vontade, tem o poder de recusar em fazer a vontade perfeita de Deus.

A vontade de Deus em relação a toda a criação, é inteiramente absoluta. Sua vontade é obedecida sempre. Todavia, no tocante ao homem, por ter lhe dado vontade própria, nem sempre a vontade perfeita de Deus é considerada e obedecida. O homem é um ser moral e um ser livre. Por causa do mau uso de sua livre agência, agora o ser humano contrapõe sua vontade à vontade de Deus.

Para alguns, parece que o grande Deus se limitou ao criar o homem com livre arbítrio. Devemos considerar que o único ser moral de toda esta vastíssima criação é o homem (não considerando a criação angelical, porque estamos nos reportando ao mundo físico). A Bíblia diz que ele é a coroa da criação (Sl 8.5-8). Ao criar um ser moral, imagem e semelhança d’Ele mesmo, Deus maravilhosamente descortina um horizonte amplo onde pode se revelar.

A sabedoria de Deus foge ao nosso entendimento. Sabia Ele que Adão e Eva usariam erroneamente sua liberdade. Poderia o Senhor de toda a terra, limitar o primeiro casal a obedecer-Lhe como se fossem animais de estimação sob pleno domínio de seu dono. Maravilhosamente contudo, Deus demonstra Sua bondade ao criar-nos visando que em atitude de plena voluntariedade O servíssemos conscientemente.

Absolutamente não estamos falando de um Deus arbitrário, ciumento, castrador, violador ou egocêntrico. Falamos de um Deus de amor que criou seres parecidos com Ele mesmo com os quais deseja relacionar-se. E para isso, não poderia ser de outra maneira que o homem tivesse de ser criado. O livre arbítrio é essencial na constituição humana, pela maneira como o homem foi criado e pelos propósitos elevados que o Criador tem para ele.

Deus é soberano? Sim, certamente (Is 43.13). Sendo assim, o domínio do Criador é sobre toda Sua criação sem exceções? Depende. Ao homem Ele mesmo concedeu vontade própria. Por isso pode ser contrariado. Pode ser desobedecido. Isto faz Deus menor em poder, em domínio, em onipotência? Não, de forma alguma. Também a desobediência do homem faz parte dos desígnios divinos.

Ficará demonstrada um dia amplamente para toda a vastidão de Seu reino – e aí incluo também os seres angelicais, quer bons,quer maus, que os seres humanos que escolheram adorá-Lo, serví-Lo, amá-Lo, o fizeram de livre e espontânea vontade, no pleno uso de seu livre arbítrio, sem qualquer coação daquele que os criou e os redimiu do pecado por meio de Seu próprio Filho. Este trabalho de Deus, em atrair a Si mesmo todos os que desejarem, sem nenhuma violação de vontades, é um trabalho que incessantemente agora mesmo ocorre e desde quando, no jardim Ele disse para Adão “onde estás?”

A vontade de Deus é que todos O conheçam, porque conhecê-Lo é vida eterna (Jo 17.3). Porque Ele não quer que nenhum dos seres que criou se percam (2Pe 3.9). O resgate do homem por meio do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, é um resgate do mau uso da vontade livre do homem. Em amor, agora, por meio de Seu Espírito, Ele continuamente persuade o homem para que se arrependa.

Vontade de Deus e vontade do homem. Soberania e livre arbítrio. Soberana e graciosamente Deus está agindo para salvar os seres humanos do pecado. Estes seres humanos podem aceitar ou podem rejeitar o amoroso toque do Espírito de Cristo. Porque somos todos seres livres. Eu escolhi aceitar o favor imerecido de Deus para mim, a salvação por meio de Jesus Cristo.

Se é esse o seu caso, amém. Porém, se você ainda não rendeu sua vontade à vontade de Deus, boa, perfeita e agradável, não menospreze isto. Ele não forçará Sua vontade sobre você, mas aguardará sua decisão diante da oferta do Evangelho.

Não faça uma escolha errônea. Não use mal sua vontade própria. Pare e pense sobre isso.

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