segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Igreja deve ser missionária aqui e além.....

Tenho observado o panorama atual da Igreja evangélica no Brasil e vejo que no tocante à fazer missões, ainda existem pastores e líderes equivocados no que tange à simultaneidade de Atos 1.8. O texto diz: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até aos confins da terra." O TANTO e o COMO definem por si só como a Igreja deve agir no tocante à missões.

A preocupação de muitas igrejas e ministérios com o crescimento, com o ganho de almas em sua própria localidade é louvável. Desejamos que muitas igrejas tenham uma visão evangelística mais profunda e mais abrangente, sempre sob o poder do Espírito Santo conforme o texto de Atos. Mas é errada a visão do pastor que acha que a sua igreja deve primeiro conquistar seu bairro ou sua cidade para Cristo para daí então, pensar em missões em seu estado, outras regiões de seu país ou missões transculturais. Porque falo isso? Simplesmente porque, o livro por excelência no NT sobre missões que é o livro de Atos dos Apóstolos, deixa clara a postura das igrejas locais, ou seja, elas devem ter uma visão abrangente em alcançar os perdidos e isso vai para além de sua própria localidade.

Em Atos 13, vemos a igreja do Senhor que servia em Antioquia e que notavelmente, sob a orientação do Espírito Santo, entendeu pelo Espírito Santo de que não poderia permanecer restrita à sua própria cidade e debaixo de oração e jejum, ouviram a voz do Espírito Santo, separaram a Barnabé e a Paulo, consagraram-nos para o trabalho e os enviaram. A igreja em Antioquia continuou seu trabalho local. Era uma igreja notável, com muitos mestres e profetas e certamente o povo dessa congregação estava bem sustentado e bem orientado por sua liderança. Mas eles não foram insensíveis ao Espírito de Deus que lhes falava certamente sobre os povos a serem alcançados em outros lugares do Império Romano. E por fim enviaram dois de seus melhores homens, Paulo e Barnabé.

Vejo o afã de muitas denominações em construir grandes templos em várias cidades brasileiras. Se tenho alguma coisa contra? Não, desde que da mesma maneira, essa igreja ou denominação tenha a mesma disposição, recursos e principalmente a visão de alcançar outros povos em outros lugares deste Brasil e também do mundo. O exemplo da igreja em Antioquia não nos deixa em dúvidas quanto a isso. 

Era de fato uma igreja que nascera sob o signo da excelência. No capítulo 11 de Atos, lemos que os que foram dispersos pela perseguição por causa de Estevão, chegaram a outros lugares dentre eles, Antioquia. Muitas pessoas vieram a se converter naquela cidade e uma igreja surgiu ali, vigorosa e cheia de crentes entusiastas em fazer a obra de Cristo. A igreja em Jerusalém soube da fama da igreja de Antioquia e para lá enviou a Barnabé, que viu como era cheia de graça a novel igreja e através de seu ministério ali, mais pessoas uniram-se ao Senhor (At 11.20-24). Em seguida, vai à procura de Paulo e o conduz a Antioquia e juntos dedicam-se à tarefa de ensinar e ensinaram a muitos, e tal foi a dinâmica daquela congregação perante os habitantes da cidade que ali pela primeira vez um grupo de discípulos de Jesus são chamados de cristãos (11.25,26).

E foi dessa igreja, pujante, alegre, cheia de vida e vida no Espírito, que enfatizava o ensino bíblico tendo em si muitos mestres, que foram separados e enviados os primeiros missionários transculturais da história eclesiástica.

Não deveríamos hoje menosprezar o que podemos aprender com a igreja de Antioquia. Apesar de ser uma igreja que anunciava o Evangelho com sucesso em sua própria localidade, ela não se limitou a seus próprios horizontes. Foi sensível à clara orientação do Espírito Santo e enviou dois de seus melhores obreiros que foram bem sucedidos. A igreja continuou seu trabalho com eficácia e no capítulo 15 vemos que, após participarem do primeiro concílio cristão da história, onde tiveram a oportunidade de contar como os gentios se converteram através do trabalho missionário que levaram a termo, Paulo e Barnabé voltam para Antioquia levando as resoluções do concílio acerca da questão das imposições que alguns cristãos judaizantes queriam fazer sobre os crentes gentios. E eles continuaram a pregar e a ensinar juntamente com muitos outros, a Palavra de Deus (At 15.35).

Creio firmemente que a igreja de hoje deve espelhar-se no ensino de Atos dos Apóstolos para cumprir com relevância sua missão no mundo. Veja que não estou defendendo fazer missões e deixar a igreja local sem o devido cuidado e, mais ainda, não estou defendendo a tese de vivermos placidamente em nossa "Jerusalém" e absolutamente nada fazermos pela nossa "Judéia", "Samaria", e os confins da terra. Longe disso. É preciso que entendamos de uma vez para sempre que a simultaneidade na missão da igreja é a vontade de Deus para ela, é preciso confiar no poder do Senhor em levantar seus escolhidos para o campo bem como os recursos necessários para que eles possam ir conforme a orientação do Espírito Santo, assim como aconteceu na igreja de Antioquia.

Podem as igrejas de hoje erigir seus grandes templos, desde que façam aquilo que claramente está orientado por Deus em Sua Palavra. Perde aquela igreja local em sua relutância em crer na íntegra no que diz o texto bíblico. Ganha aquela igreja local que obedece e crê na orientação bíblica e aplica-se em fazer a obra do Senhor conforme Sua direção.

A igreja é testemunha tanto perto como longe de seu local de origem. Ela deve tentar alcançar todos os povos, línguas, tribos e nações com a mensagem salvífica. Diante do trono do Senhor comparecerão pessoas de todas as etnias, todos os idiomas, todos os lugares (Ap 5.9;7.9). Qual a contribuição que sua igreja local dará para a consecução desse grande acontecimento? 

Não posso tolerar a ideia de uma igreja que não tem consciência missionária, ou se a possui, essa seja distorcida por um errôneo entendimento bíblico.

Minha oração é que o Espírito Santo guie as igrejas locais ao encontro de Sua vontade conforme está bem exarada em Sua Palavra.

Pense nisso.    
















sábado, 21 de julho de 2012

Deus deseja que você use sua mente......

Quero congratular-me com todo o crente em Jesus Cristo que faz uso correto de sua mente e com integridade de atitude, não aceita o que ouve ou o que vê sem um exame criterioso, tendo a Bíblia como a base de seu julgamento.

Desejo citar somente duas passagens bíblicas que tão claramente podem nos orientar nesse aspecto. A primeira passagem está em Atos 17.11: "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim." O verso 10 informa que "estes" referidos no verso 11, eram os judeus de Beréia, a qual Lucas, o autor do  livro de Atos, adjetivou de "nobres", no grego εὐγενέστεροι eugenesteroi  porque esses judeus da sinagoga de Beréia eram possuidores de um espírito nobre, elevado, no sentido de que permaneceram "examinando" (gr. ἀνακρίνοντες - anakrinontes) a Torá (as Escrituras do AT) de forma contínua, enquanto Paulo lhes expunha o Evangelho. Este verbo grego indica uma ação continuada ou repetida e assim fizeram, conferindo a palavra que ouviam com a Palavra de Deus que tinham em suas mãos. E como resultado disso, no v. 12 lemos que muitos dentre eles converteram-se a Cristo.

A outra passagem está em  1 Tessalonicenses 5.21:  "Examinai tudo. Retende o bem." O original grego também nos ajudará aqui, "examinai" é um  verbo que está no presente do imperativo, δοκιμάζετε dokimazete. Aqui Paulo demonstra através do verbo grego que todos os cristãos devem por à prova as profecias, conforme o verso 20, mas por extensão, também tudo o que ouve ou vê. O verbo "retende" é κατέχετε katechete estando também no presente na forma imperativa e significa conservar no coração ou na mente, retendo e guardando a informação, aquilo que for bom, no caso, a boa doutrina, a verdadeira Palavra de Deus.

Meus amados, informo-vos tudo isso, a fim de que tenhamos a mesma nobreza dos judeus de Beréia, examinando muito bem tudo o que ouvimos ou vemos tendo sempre como base as Escrituras. Jamais o Senhor Deus tornará desprezível o uso de nossas faculdades mentais. Prestamos ao Senhor um culto racional (Rm 12.1) um culto com nossas mentes, um culto inteligente, e por isso, todo uso indevido da mente ou sua inutilização é algo medíocre, desprezível e francamente contrário aos propósitos divinos para o homem.

Não é possível haver igrejas, pastores e crentes que ignorem isso. Que desconsideram a busca do verdadeiro significado de uma passagem bíblica. Do exame individual das Escrituras com a necessária argúcia. Esta palavra significa finura na observação, agudeza de raciocínio. Muitos se satisfazem com pregações e ensinos que são extremamente superficiais, e, pior ainda, heréticos em muitos aspectos e não se dão ao trabalho de estudar, de examinar, o que ouviram do púlpito, ou em uma sala de aula. Até mesmo canções ditas cristãs e evangélicas podem conter elementos que destoam da doutrina bíblica e que o povo de Deus canta e até pula e se alegra, mas que não passa disso, melodia para mexer as emoções somente e nada tem a dizer de verdade à mente do cristão que lhe proporcione edificação ou genuína adoração ao Senhor.

Sou defensor da amplitude do ensino bíblico na Igreja. Para todas as faixas etárias. Para mim, a comunidade do povo de Deus é uma comunidade de aprendizado constante. O manual de ensino, a Bíblia Sagrada em sua monumental biblioteca de 66 livros, tem tudo o que é necessário para conhecermos a revelação divina em sua plenitude. Mas igrejas e pastores há que não se incomodam de permanecer na superficialidade de seus ensinos, em alguns casos pseudo-ensinos cristãos. Não se questiona aqui a sinceridade com que servem a Deus mas sim a forma como o vivenciam no sentido de não crescerem no conhecimento das coisas divinas e assim ensinarem aos seus irmãos.

O apóstolo Pedro diz: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude, pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência, há no mundo, e vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude; e à virtude, a ciência; e à ciência, a temperança; e à temperança, a paciência; e à paciência, a piedade" (2Pe 1.3-6), ou seja, ele ressalta o "conhecimento" no grego ἐπιγνώσεως epignōseōs que é o pleno conhecimento com referência ao que é conhecido nas páginas do NT sobre Deus, Cristo e as coisas divinas. Também chamo a atenção para o termo  γνῶσιν gnōsin "ciência" que refere-se ao conhecimento da fé cristã em geral e também a um conhecimento cristão melhor e mais aprofundado.

Desnecessário dizer que tanto o conhecimento como a ciência deverão estar acompanhados de todas as outras virtudes cristãs que Pedro menciona, isto por si só já seria objeto de um estudo aprofundado, verificando através de sadia exegese textual o significado de cada palavra em seus original grego.

Portanto, deixo aqui esta breve reflexão a todos que consideram que a Palavra de Deus é digna do melhor esforço de nossas mentes. Não desperdice mais este tesouro que Deus graciosamente lhe concedeu, sua capacidade de raciocinar. A revelação bíblica demanda que façamos o melhor uso que nós pudermos de nossas mentes. A inteligência humana é um dom maravilhoso que Deus nos outorgou.

Sejamos sábios portanto. Sejamos interessados em aprender mais. Estudemos com propriedade a Palavra do Senhor. Glorifiquemos ao Deus Trino porque somos semelhantes a Ele, exatamente por causa de nossa capacidade racional.

Que o Senhor então lhe conceda a mente de Cristo (1 Co 2.16). Não tenha mais uma mente medíocre. Seja um entusiasta no estudo de Sua Palavra. Use sua inteligência, creia, isto é desejo de Deus.

Pense sobre isso.........


sábado, 23 de junho de 2012

O meio ambiente em si mesmo, tem mais valor que as pessoas?


Jonas 4.9-11: "Então disse Deus a Jonas: Fazes bem que assim te ires por causa da aboboreira? E ele disse: Faço bem que me revolte até à morte. E disse o Senhor: Tiveste tu compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer, que numa noite nasceu, e numa noite pereceu. E não hei eu de ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muito animais?" 

Gostaria de tecer algumas reflexões sobre o extremismo de alguns membros do movimento ambientalista internacional, que no afã de protegerem ao meio ambiente e seus recursos, chegam às raias de idolatrar a natureza e, mais grave que isso, de forma consciente ou não, acabam colocando esta como mais importante do que os seres humanos.

Quem são os ambientalistas? São aqueles que trabalham para resolver os problemas ambientais. Procuram soluções para a poluição do ar, da água, o esgotamento das reservas naturais e também se preocupam com o crescimento constante da população, porque este fator traz consigo o aumento do consumo e também uma maior exploração dos recursos existentes no planeta. Os problemas que temos hoje no tocante à dilapidação desses recursos e à poluição do meio ambiente, envolvem e atraem ativistas que empregam tempo (muitas vezes de forma integral) e talentos para esta causa. Mas a questão é que muitos dos assim chamados ambientalistas tem como fundamento ideológico de suas ações os ensinos pagãos que levam ao endeusamento da Terra e da natureza. 

A personificação do planeta Terra é denominada de teoria Gaia. Gaia era na antiguidade, a deusa da terra na mitologia grega e romana, ou seja, a Mãe-Terra (foto). Este termo na forma como é usado hoje pelos que adoram a natureza, tem a ver com uma cosmovisão oriental, panteísta, de que a terra seria uma deusa e portanto, passível de adoração. Vejam como este texto, extraído de uma publicação do Movimento da Nova Era, demonstra claramente o que estamos descrevendo aqui: “Uma necessidade interior chama claramente a nossa atenção neste momento do período evolutivo. O chamado é para servir o bem-estar do planeta vivo, Terra Gaia.....O chamado é para fazer parte de uma consciência holística na qual todos os povos, todas as formas de vida, todos os tipos de manifestação universal são vistos como aspectos interdependentes de uma verdade única”  (Barry McWaters, Conscious Evolution, Los Angeles: New Age Press, 1981). 

Vejo uma grande contradição naqueles que se consideram intelectualizados demais para crer na Bíblia como sendo a infalível e eterna Palavra de Deus, porém facilmente aceitam o mito da terra personificada e endeusada. E nisso, atribuem tanto valor à natureza, como as florestas, os rios, o ar, o solo, as geleiras no Ártico e na Antártida, que argumentam fortemente contra o aumento da população mundial porque poderia gerar um esgotamento dos recursos e o incremento da poluição no mundo inteiro. E já se ouve de alguns setores do movimento ambientalista (muitos deles envolvidos fortemente com o ocultismo) de que é necessária a redução drástica da população no mundo para que este não venha a ser destruído em face do que possa ocorrer diante deste fato, segundo eles, calamitoso para o planeta em todos os sentidos.

No que tange ao controle populacional, temos um exemplo de muitos anos com a experiência do governo chinês que instituiu, de forma obrigatória, a política do "filho único" para tentar frear a velocidade do aumento frenético de sua população. Também com o mesmo intuito, várias entidades nos demais países apoiam o aborto como outra solução para o "problema". O ramo mais extremista dos defensores do meio ambiente já começa a considerar que pessoas idosas, doentes ou incapacitadas por problemas físicos e mentais são menos importantes que a natureza e seus recursos. A depreciação com os seres humanos certamente aumentará na mesma medida em que aumenta a idolatria para com este planeta e suas riquezas naturais.

E o que isto tudo tem a ver com o profeta Jonas, conforme o texto bíblico que inicia esta reflexão? Comissionado por Deus para ir e pregar uma mensagem de arrependimento, recusou-se e procurou fugir para um lugar distante, porém o Senhor de forma drástica fez com que o Seu servo fosse e pregasse naquela grande cidade. Assim, 120 mil pessoas se arrependeram com a mensagem e Deus mudou Seu plano de aniquilar aquele povo por causa de seus muitos pecados. Mas o profeta ficou desgostoso com a misericórdia divina demonstrada para com os inimigos de seu povo e desejou a morte. Cansado, assenta-se fora da cidade sob uma cabana que construíra para ver o que realmente Deus faria à Nínive (talvez esperando que Deus finalmente castigasse os ninivitas). Então, o Todo-Poderoso faz com que uma planta, uma aboboreira, crescesse em uma noite de tal forma que proporcionasse uma bela sombra sobre onde Jonas se encontrava de tal forma que o indignado profeta muito se alegrou. Mas, no dia seguinte, Deus envia um verme que ataca a planta e esta vem a morrer. Sem a sombra protetora daquele vegetal, o calor aumenta sobremaneira e  ele chega a desmaiar. Quando acorda, novamente tem desejos de morte.

Deus interpela então seu rebelde profeta por causa do sentimento que alimentara por uma simples planta. O texto bíblico diz que ele sentira compaixão pela morte da mesma, compaixão esta que se transforma em ira por causa do calor que voltara a sentir. Aprendemos da passagem, que em verdade, o Senhor mostra a Jonas que ele sentira um sentimento que era ilícito, porque estava direcionado a um mero vegetal, enquanto que ao mesmo tempo, ele não demonstrara o mesmo sentimento pelas 120 mil pessoas que estavam ameaçadas de morrerem em face de seus pecados, e de fato morreriam, se Jonas não lhes fosse pregar o arrependimento como Deus Lhe ordenara.

Aqui estabeleço o ponto de contato. Os ambientalistas pagãos, rebeldes a Deus, que não aceitam um Deus pessoal, Deus este que é amoroso e que se preocupa com o bem estar de Sua criação, principalmente e acima de tudo com o homem, criado à Sua imagem e semelhança (Gn 1.26) menosprezam as pessoas, mesmo alegando que querem proteger a natureza e seus recursos para o melhor usufruto da raça humana. Isto porque querem se  basear nas premissas do paganismo. Na verdade, estão em choque duas cosmovisões: a cosmovisão teísta, ocidental e judaico-cristã e a cosmovisão panteísta/monista, oriental e hinduísta-budista.

E, orquestrando tudo isto está a velha serpente, Satanás, que deseja implementar uma cosmovisão que destrona Deus e Seus mandamentos, estabelecendo uma doutrinação nas mentes das pessoas, quer sejam governos, empresas, organizações não-governamentais e até mesmo as igrejas cristãs bem como a sociedade em geral para que seja considerada prioridade máxima a salvação do planeta Terra da destruição pela poluição, estabelecendo parâmetros de sustentabilidade, que obviamente contém muitas considerações úteis e válidas para o mundo e a sociedade humana, mas outras são francamente hostis à Deus e aos seres humanos que Ele criou.

Satanás tem ódio da raça humana e deseja dominá-la e destruí-la. O vindouro Anticristo trabalhará exatamente com este intuito destruidor porque ele terá o poder do dragão, ou seja, Satanás (Ap 13.4) para inflingir sofrimento e destruição neste combalido planeta. Mas tudo isto acontecerá porque os homens têm pecado contra o Senhor e este já determinou um período na história futura para fazer recair a Sua ira sobre todo aquele que hoje recusa a oferta graciosa do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

É tempo pois de a Igreja do Senhor, do povo de Deus em todo o mundo, discernir plenamente a mensagem do ambientalismo pagão a fim de não cooperar naquilo que for francamente contrário aos mandamentos do Senhor, que manda amarmos ao próximo (Mc 12.31) sem fazer distinção de pessoas (Tg 2.1-9). Também é necessário entendermos que os cristãos devem ser os primeiros a defender a natureza, porque o uso equilibrado dos recursos naturais é dever de todos, porque todos são beneficiários deles. Mas não fazemos isto por causa de alguma ideia humanista e pagã de que a Terra é viva, de que ela é a Mãe-Gaia devendo ser respeitada e adorada, mesmo que isso custe a vida de outros seres humanos.

Essa espiritualidade pagã é de inspiração diabólica. Mesmo quando alega amor aos seres humanos, porque não está fundamentada na verdade das Escrituras do AT e NT. Não reconhece a verdade suprema personificada em Jesus Cristo. Não reconhece o que a Bíblia ensina sobre o homem. E não aceita o ensino bíblico acerca da criação.

Que possamos com a ajuda de Deus entender biblicamente os tempos que estamos vivendo. 

Pense nisso. 

domingo, 10 de junho de 2012

Por um legítimo pastor de almas, por um legítimo homem de Deus

Pastor de almas. Acaso existe função mais nobre do que essa? Pode ser até que outras funções tenham igual nobreza. Mas a legítima função pastoral está um degrau acima das outras porque ela se refere ao cuidado com vidas que deverão herdar a vida eterna prometida por Jesus Cristo (Jo 5.24; 6.47; 6.54; 10.28).

Diante disso, há que se refletir acuradamente com base na Bíblia, sobre a excelência do ser pastor. Não é um ofício fácil. Não se espera que o pastor desfrute de comodidades enquanto suas ovelhas padecem por falta de alimento espiritual, a Palavra de Deus. Não é aceitável um pastor contaminado pelo vírus da avareza e do orgulho. Também não se aceita um pastor que tenha perfil de empresário, fazendo somente a gestão da igreja ou dos "negócios" eclesiais enquanto deixa de lado aquilo para o qual foi chamado conforme Atos 6.4: "Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra." 

Ser pastor é um dom de Deus (Ef 4.11; 2Tm 1.6). É lícito desejar, aspirar ao ministério pastoral, porque é obra excelente (1Tm 3.1), desde que o candidato tenha os indispensáveis requisitos (1Tm 3.2-7; Tt 1.5-9). É uma  vocação espiritual (1Tm 4.14). O pastor, o verdadeiro pastor chamado por Deus, demonstra várias outras qualidades no exercício de seu ministério tais como: Fidelidade e diligência (1Co 4.1,2; 1Tm 4.6-16); zelo na pregação da verdade bíblica (2Tm 4.1-5); humildade (1Pe 5.1).

Tanto as epístolas de 1 e 2 Timóteo e Tito como também 1 e 2 Tessalonicenses denotam muito bem sobre o que o pastor deve ser e fazer. Em 1Ts 2.1-6, Paulo descreve a natureza da liderança pastoral. Ele usa as figuras da mãe (1Ts 2.7,8), do trabalhador (2.9), do membro de uma família (2.10) e do pai (2.11,12).

Certamente a influência do secularismo se faz muito forte na igreja hodierna. E isto naturalmente afetou a essência do ministério pastoral. Muitos pastores hoje, em praticamente qualquer nação do mundo, não exercem seu ministério (se é que muitos efetivamente possuem tal dom) como a Bíblia ordena de forma clara e iniludível.

Tomemos o exemplo da visitação pastoral. Está quase que totalmente raro, salvo honrosas exceções, encontrar um pastor que dedique-se a visitar suas ovelhas. Muitos estabeleceram que, se o crente vai aos cultos e ouve a pregação da Palavra, é o que basta. Esse pastor tem em conta de que essa ovelha já está devidamente alimentada e pastoreada. Mas a Bíblia claramente ensina: "Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre os teus rebanhos."  A Nova Versão Internacional (NVI) verte esta passagem assim: "Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos." Entendo este versículo como uma recomendação clara do Espírito Santo para que o pastor não negligencie o cuidado pastoral devido. Visitar o crente em sua residência proporciona ao pastor da congregação, a oportunidade de ouvir sem distrações aquela ovelha (algo difícil de acontecer antes ou depois de um culto, por exemplo) e ministrar diretamente sobre a vida. Muitos cristãos por essa razão, procuram um outro ministério onde o pastor seja realmente interessado em efetivamente pastorear, aconselhar, ministrar, conduzir, porque não se pode admitir que isso seja feito somente pela palavra pregada de púlpito domingo após domingo. O contato pessoal do pastor com suas ovelhas de forma individualizada é muito importante no ministério pastoral.

Além de alimentar ao rebanho com a Palavra de Deus, pregando e ensinando a mesma (desnecessário dizer que o pastor é um homem de leitura e que estuda diariamente as Escrituras, 1Tm 4.13; 2Tm 2.15) o pastor deve supervisionar o rebanho, liderando-o por meio de seu exemplo de vida. É por isso que torna-se inaceitável e porque não dizer, insuportável, homens assim chamados pastores que exercitam-se diariamente na avareza, fazendo do ministério um cabide de emprego e fonte de lucro, porque só visam o enriquecimento pessoal às custas do rebanho. Como podem ser exemplo desta maneira? Como podem ser um referencial seguro, visto que a Bíblia manda imitar a fé deles e atentar para a forma como vivem (Hb 13.7)?      

Os profetas Jeremias e Ezequiel tem palavras duras contra este tipo de pastor, leiamos: "Portanto, assim diz o Senhor Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor"; "Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram; esqueceram-se do lugar de seu repouso"; "As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse";"Vivo eu, diz o Senhor Deus, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas" (Jr 23.2; 50.6; Ez 34.6,8).    

Eu tenho por certo que Deus é incansável em Sua tarefa de levantar pastores segundo Seu coração, o profeta Jeremias escreve: "E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência" (Jr 3.15). A excelência do ministério pastoral não pode ser aviltada por causa da visão humana falível e secularizada. Os pastores e aspirantes ao ministério não podem se render à entrada do humanismo na Igreja, de tal forma que o ministério pastoral se renda à satisfação das necessidades humanas, o homem tornado consumidor de produtos eclesiásticos, ministério antropocêntrico, ministério definido pela cultura, ministério que exalta sobremaneira a psicologia ou sociologia mudando de acordo com elas. Será sim um ministério aprovado cientificamente e relevante para o atual ambiente cultural que é regido pelos meios de comunicação e pela informática. Mas será ao mesmo tempo, um ministério desprovido de poder, de graça, descaracterizado pelo homem em seu afã pragmatista de produzir resultados palpáveis sem a chancela das Escrituras.

O ministério pastoral contemporâneo que, contrariamente, deixa-se definir pela Bíblia, tem a suficiência das Escrituras e é claramente um ministério cristocêntrico, obterá a total aprovação de Deus e terá a relevância espiritual e ministerial como sua constante. É tempo de a Igreja acordar para a diferença que existe para o pastor moldado segundo princípios humanos e o pastor forjado segundo as claras orientações das Escrituras.

Precisa-se de pastores que conduzam com excelência bíblica o rebanho de Deus. Cristo é o Supremo Pastor e Bispo de nossas almas e todos os outros são co-pastores (1Pe 2.25). Portanto, o rebanho é de Cristo e nada além do que o modelo de Cristo e as orientações das Escrituras devem reger o ministério dos co-pastores, os pastores humanos do rebanho de Jesus Cristo. Ele quer que Suas ovelhas sejam apascentadas (Jo 21.15-17) mas esse ofício é revestido de tal nobreza que somente se validará debaixo inteiramente da vontade divina. O amor que Cristo devota a nós, suas ovelhas, deve ser almejado por todos aqueles que desejam cuidar de vidas.

A todo pastor que leu essas linhas, convido a pensar seriamente sobre tudo isso. Deus abençoe sua vida e seu ministério, sendo ele conforme a vontade expressa de Deus!  



terça-feira, 15 de maio de 2012

Algumas breves (e genuínas) reflexões pentecostais

O ser cheio do Espírito Santo, o revestimento do alto, o batismo de poder, está claramente à disposição de todo crente em Jesus Cristo (At 2.39). É uma benção de Deus que ocorre de forma subsequente à conversão a Cristo. Incrédulos não são batizados com o Espírito Santo. Crentes que ainda não receberam essa promessa e vivem no pecado também não o são. Tem de estar em Cristo, vivendo em santidade, crendo que Ele cumprirá sua promessa (At 1.5; 2.1-4). 

O crente em Jesus precisa estar com sua alma propícia a receber o dom do Espírito Santo (At 2.38). Esta passagem diz que o homem após arrepender-se, receberá o perdão de seus pecados e será batizado com o Espírito Santo. Alguns por uma interpretação equivocada ou até mesmo por preconceitos em relação a como os pentecostais creem, entendem que assim que a pessoa se torna cristã, já é batizada com o Espírito Santo, à luz de 1Co 12.13. Ora, esta passagem é notória em afirmar que o Espírito Santo executa o batismo do recém-convertido no Corpo de Cristo, a Igreja, ou seja, o introduz e ele assim passa a pertencer ao rebanho de Cristo. Em outras palavras, o Espírito Santo aqui é o agente que traz alguém a ser membro do Corpo de Cristo.

Quem batiza com o Espírito Santo ou no Espírito Santo, é o Senhor Jesus Cristo (Mt 3.11). E é uma promessa de Deus Pai (At 1.4).
 
Para que o recebimento de fato ocorra, relembramos de que o crente deve estar em plena comunhão com seu Senhor. Assim como os discípulos reunidos no Cenáculo em Jerusalém orando e esperando a promessa do revestimento de poder, assim os cristãos hoje também. Independente de qual denominação ele pertença, o verdadeiro servo de Deus e crente em Jesus, pode orar e pedir o batismo com o Espírito Santo. O Senhor Jesus está muito mais interessando em conceder esta benção do que nós mesmos em pedir e receber.
 
Myer Pearlman explica que a palavra "batismo" é aplicada à experiência espiritual, sendo usada figurativamente para descrever a imersão no poder vitalizante do Espírito Divino. Essa comunicação de poder é descrita como ser cheio do Espírito. Aqueles que foram batizados com o Espírito Santo no dia de Pentecoste também foram cheios do Espírito. 
 
Que se compreenda entretanto, que aquele que é um autêntico crente em Jesus, tem habitando em si a pessoa do Espírito Santo. Neste sentido, todo crente tem o Espírito Santo, ele é morada da terceira Pessoa da Trindade (1Co 6.19; Jo 16.7).
 
Mas há um revestimento de poder (Lc 24.49), ou recebimento da virtude do Espírito Santo (At 1.8), ou enchimento do Espírito Santo (At 2.4), ou ainda, um derramamento do Espírito (At 2.17,18) que são sinônimos para a experiência única do batismo com o Espírito Santo (At 1.5) como claramente declarou o Senhor Jesus ressurreto.
 
Sendo assim, de forma tão absolutamente clara nas Escrituras a declaração desta doutrina, ficamos aturdidos com os amados irmãos que creem na doutrina do cessacionismo onde entendem que o batismo com o Espírito Santo, o falar em línguas (como sinal indubitável de que alguém foi batizado) e a concessão de dons espirituais pela própria pessoa do Espírito Santo, conforme o apóstolo Paulo ensina em 1Co 12.1-11, tudo isto ficou relegado à época apostólica, serviram apenas para o início e avanço da Igreja no primeiro século e depois com o cânon do NT completado, não haveria mais necessidade dessas coisas. Classificamos como um engano da parte de Satanás, que conseguiu privar boa parte da cristandade das bençãos completas de Deus para Sua Igreja, ao confundir os crentes no tocante à doutrina do batismo com o Espírito Santo. Convém dizer que nada há no NT indicando de que o batismo com o Espírito Santo, o falar em línguas e os demais dons cessariam. Um dia eles cessarão sim, quando o Senhor Jesus Cristo vier em glória (1Co 13.8,9).
 
Mas até lá, é glorioso saber que Deus continua cumprindo Sua promessa que foi feita no livro de Joel no AT (2.28,29). Essa promessa foi citada pelo apóstolo Pedro (At 2.17,18), confirmando que aquilo que os judeus que estavam em Jerusalém no dia de Pentecostes viram e ouviram, nada mais era do que o cumprimento da promessa de Deus. E ele disse mais ainda: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (At 2.39), declarando de forma taxativa a continuidade do cumprimento da promessa pelos séculos subsequentes até à vinda de Jesus.

Convém lembrar aqui que todos os que estão em Cristo tem o Espírito Santo (2Co 1.21,22). Este texto diz que são ungidos. Diferentemente da Antiga Aliança, na Nova Aliança em Jesus, todos tem o Espírito Santo. O que descrevemos nas linhas acima se refere à clara doutrina pentecostal e que muitos querem menosprezar também por causa de erros de neopentecostais que cometem exageros e aberrações no tocante ao batismo e ao uso dos dons. Há uma legítima fé pentecostal que é sadia e está firmemente ancorada na Palavra de Deus. 
 
Nessa questão da unção, não há crentes de primeira classe, por serem supostamente muito mais ungidos do que outros. O que existe são crentes em Jesus que tem realmente um maior nível de consagração pessoal com o Senhor e por isso o Espírito Santo tem mais liberdade de usar a estes. Todos podem ser usados de variadas formas pelo Senhor, porque Ele não faz acepção de nenhum de seus servos. 
 
É realmente incrível como o neopentecostalismo já há alguns anos tem ensinado ideias errôneas sobre a unção. A unção que recebemos de Deus, ou seja, o próprio Espírito Santo (1Jo 2.20; Jo 14.26) que nos ensina tudo e também é a unção que fica em nós, que permanece de contínuo (1Jo 2.27; Jo 14.16,17), denota que o ensino sobre ter uma "nova unção" não encontra respaldo bíblico. O que Deus pode fazer "é restaurar sim, a nossa unção recebida dEle" conforme nos ensina o insígne pastor Antonio Gilberto "mas isso não significa uma nova unção."  Também vários clichês gospel tais como se lê na letra de uma das canções da pastora Ludmila Ferber "unção de conquista", "unção de ousadia", "unção de multiplicação", além de outras afirmações que ouvem quase todos os dias na mídia gospel e nos púlpitos de algumas igrejas, "unção do profeta Elias", "unção dos quatro seres" e outras invencionices mais, denotam claramente como existe realmente um falso conceito de unção que causa muita confusão e transmite a ideia de um pentecostalismo e mais ainda, de um Evangelho que se parece mais com um poder mágico e não com aquilo que Paulo disse: "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16).

O pentecostalismo genuíno, a unção genuína da parte do Senhor, está totalmente ligada à ortodoxia doutrinária. Deus não é Deus de confusão, disse o apóstolo Paulo (1Co 14.33). Portanto, creio que é possível ser um crente pentecostal genuíno, equilibrado e"retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tando para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes" (Tt 1.9).
 
Por um despertamento poderoso na Igreja do Brasil através da ação genuína do Espírito Santo. Por uma verdadeira experiência de batismo no Espírito Santo como preconiza a Palavra de Deus. Para as igrejas que são pentecostais, que valorizem grandemente a sã doutrina, o ensino ortodoxo, corrigindo sempre as distorções e ensinos errôneos que possam surgir e efetivamente tem surgido em seu seio. Pela pregação do Evangelho sob o poder do Espírito Santo.
 
Que todos pensemos nessas coisas. Em o Nome de Jesus, amém!

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Barack Obama e a implantação do chip, um necessário esclarecimento

Está sendo veiculada a notícia de que o presidente norteamericano Barack Obama determinou de que em 2013 os cidadãos deverão obrigatoriamente usar um chip subcutâneo. Será verídica tal informação?

São esses tipos de notícias veiculadas nas mídias, principalmente na internet que levam à criação de infindáveis especulações escatológicas. Vamos tentar entender o que está acontecendo. 

Na verdade, no que pude apurar, o presidente Obama determinou que fosse criada uma Secretaria Nacional de Dispositivos Médicos (National Medical Device Registry). E o que isso significa? De que o governo americano deseja facilitar a análise da segurança de dados de saúde dos cidadãos norteamericanos e para isso deverá utilizar um "dispositivo implantável de classe II de apoio à vida ou suporte de vida", segundo o texto das medidas a entrarem em vigor.

E o que é exatamente um "dispositivo implantável de classe II"? Esse mecanismo foi aprovado pelo FDA (que é a agência governamental americana que lida com o controle das indústrias alimentícias e de medicamentos) e consiste em um transponder (um dispositivo de comunicação eletrônico) de rádio frequência para identificação do paciente e de informação em saúde. A finalidade desse dispositivo eletrônico que será implantado sob a pele das pessoas é a coleta de dados médicos em pacientes tais como reinvidincações de dados, levantamento do paciente, padronização de arquivos que permita a partilha e análise de dados de ambientes de dados diferentes facilitando o uso dos registros de saúde eletrônicos e quaisquer outros dados apropriados pelo secretário de saúde. 

Sendo implementada essa nova lei, os Estados Unidos se tornarão a primeira nação do mundo a exigir que todos os seus cidadãos tenham implantados uma identificação por rádio frequência (conhecida pela sigla RFID (em inglês Radio Frequency Identification, identificação por frequência de rádio). Será então de fato um microchip implantado sob a pele e terá a finalidade de controlar o que é ou não permitido em cuidados médicos no território americano.

Interessante notarmos o seguinte: O governo americano refere-se ao microchip implantável como um "dispositivo de vigilância médica". Porque utilizar o termo "vigilância"? Essa palavra significa o monitoramento do comportamento, atividades ou outras informações que se alteram, geralmente de pessoas e é atividade feita muitas vezes de forma secreta. Teoricamente existe a intenção de simplificar o atendimento de saúde e eliminar fraudes. Porém, deve-se considerar que este mesmo chip poderá ser utilizado para controlar a vida das pessoas. Todo aquele que utilizar tal dispositivo, pode ser monitorado 24 horas por dia esteja onde estiver. E é claro que do objetivo inicial de utilizar o microchip no âmbito do serviço de saúde, o governo pode mudar essa disposição e passar a controlar a vida das pessoas e isso é pavoroso.

E é aqui que gostaria de inserir a profecia bíblica. Ela é clara no livro de Apocalipse capítulo 13 versos 16 e 17 sobre o fato de que o futuro governante da Nova Ordem Mundial, a besta, o Anticristo, através da ação da segunda besta, o Falso Profeta, determinará que cada pessoa no mundo inteiro, receba uma marca na sua mão direita ou na sua testa. Isso se fará a fim de que ninguém possa comprar ou vender, ou seja, quem não aceitar a referida marca ficará fora do mercado, não poderá comprar NADA para sua subsistência (fica subentendido que o dinheiro como conhecemos não mais existirá). Também não poderá vender, negociar, porque isso ficará sujeito ao fato de que ele deverá ter a marca que será seu passaporte para poder viver legalmente na nova sociedade mundial anticristã. Aqui entendo também que, quem não se sujeitar a esses ordenamentos que valerão para o planeta como um todo, ficarão proscritos, viverão na clandestinidade e certamente serão perseguidos, presos ou mortos pelas forças policiais do Anticristo.

Quão terrível será o mundo nessa época. Entretanto, o mais estarrecedor nessa verdade profética, é de que aquele que receber a marca da besta fechará inteiramente a porta da salvação para sua alma (Ap 14.9-11). Os versículos são claros, não haverá possibilidade de salvação para os que adorarem a besta e a sua imagem e receberem em si a sua marca.

 Entendemos que o período do governo mundial anticristão é conhecido também como a Grande Tribulação como profetizou o Senhor Jesus em Mateus 24.21: "Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá." Jesus deixa claro de que será uma época sem precedentes. O mundo estará entregue por 42 meses, ou seja, três anos e meio, ou ainda, 1260 dias (Dn 9.27; Ap 11.2,3) ao governo pessoal de Satanás (o dragão, Ap 12.1-18) através do Anticristo e do Falso Profeta.

Gostaria de ressaltar no presente texto de que a medida que mui provavelmente entrará em vigor em 2013 nos Estados Unidos, é um prenúncio de algo que se estenderá ao mundo inteiro quando o Anticristo assumir pessoalmente o governo. Existem cristãos afirmando que já estamos na época de que fala Apocalipse 13. Repudio tal afirmação porque lemos ali sobre a implantação da marca da besta nos habitantes da Terra e o contexto desse fato é claro em demonstrar de que o mundo já estará unificado sob o governo mundial anticristão e que o Anticristo já estará governando em pessoa. Desnecessário dizer que os cristãos que estiverem no mundo nessa época serão implacavelmente perseguidos (Ap 13.7a). Sob o ponto de vista pré-tribulacionista, esses crentes serão aqueles que se converterão durante a Grande Tribulação, pois a Igreja já terá sido arrebatada pelo Senhor Jesus Cristo. Sob o ponto de vista pós-tribulacionista, a Igreja estará sim sobre a Terra e sofrendo sob a grande perseguição que o Anticristo empreenderá.    

Portanto, escrevo este esclarecimento porque crentes nas redes sociais, nos cultos nas igrejas bem como em conversas informais estão se deixando levar pelas informações veiculadas mas com insuficiente suporte bíblico. Ademais, o verdadeiro servo de Cristo, que tem sua vida consagrada, que procura a cada dia andar mais perto do Senhor, sabe que nada tem a temer porque está debaixo das asas do Onipotente (Sl 91.1) e o Maligno não tem poder sobre ele. Deus lhe preserva e lhe guarda.
Este é um tempo que corre aceleradamente ao desfecho dos séculos. Brevemente, após essas coisas, Deus banirá o mal do universo e para sempre estaremos face a face com Ele (Ap 21) e com o Cordeiro que foi morto e que venceu para comprar pessoas de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9) O mal tem vida curta. O Eterno Juiz de toda a Terra já determinou o seu fim e vemos isso claramente no livro de Apocalipse (cap. 20).

Viva então sua vida com Jesus em santidade e com confiança plena no que diz a Palavra de Deus. Leia mais a Bíblia. Estude-a para que você seja sábio nesses conturbados últimos dias. Não perca tempo com especulações vãs, mas se atenha ao que está escrito. Cuidado com os falsos profetas, quer dentro ou fora da Igreja. Não subestime o poder do diabo em enganar o ser humano, cuidado para não "cochilar" em sua vida de santidade, Jesus breve vem, por isso Ele tanto exortou para que fossemos vigilantes (Mc 13.32-37). 

Que você pense em tudo que acabou de ler e possa agir em conformidade com as Escrituras para seu próprio bem. O Senhor te abençoe muitíssimo.














 

sábado, 28 de abril de 2012

Por um culto agradável a Deus somente

O grande pastor norte-americano A.W. Tozer (1897-1963) há muitos anos atrás chamou o culto cristão de "a jóia perdida da igreja". Porque ele disse isso? Simplesmente porque já em seu tempo, algumas igrejas e alguns cristãos já haviam perdido a dimensão correta de como deveria ser o culto ao Senhor. O pragmatismo americano havia também invadido as igrejas cristãs e o efeito disso foi a perda da essência em cultuar ao Senhor estando os cristãos reunidos em um determinado lugar.

Segundo John MacArthur, nos Estados Unidos 350 mil igrejas possuem oitenta bilhões de dólares em prédios dedicados ao culto a Deus. E ele pergunta: "Mas quanto de culto de fato se realiza nesses locais"?

Muitas denominações no Brasil, muitos ministérios e muitos pastores ávidos de projeção de seu nome e de sua igreja, pensam a igreja cristã somente em termos de construção de templos, para que depois então nesses confortáveis prédios, ofereçam um assim chamado "culto" onde a predominância está em uma propagar uma filosofia de ministério que quase nada tem a ver com os pressupostos neotestamentários para a Igreja de Cristo.

É no culto que se refletirá toda a ideologia da denominação ou as ideias bem particulares de seu pastor-presidente muitas vezes. Não se estará cultuando a Deus adequadamente em um lugar onde tudo o que se ouve são elogios ao fundador da denominação (isso deveria ser feito em relação a Cristo, e não elogios, mas sim, verdadeira reverência e adoração). Onde se gasta parte do precioso tempo de uma reunião (normalmente em torno de duas horas) para se falar de tudo, se ouvir de tudo, menos uma mensagem verdadeiramente ungida, descida do alto, diretamente Pai das luzes (Tg 1.17) onde não há mudança nem sombra de variação.

Os pastores não tem de satisfazer as necessidades das pessoas. Esta é a realidade em muitos ministérios. O culto deve obviamente ser direcionado a Deus, deve ser teocêntrico ou cristocêntrico. O que mais está em voga hoje são os cultos antropocêntricos. Isto porque, o homem está sendo o foco primordial do culto e não Deus, muito embora os que ali estão reunidos digam que ali estão para adorar ao Senhor. E essa reunião e essa adoração será que está refletindo verdadeiramente o que Jesus disse no Evangelho de João: "Mas a hora vem, e agora é,  em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (4.23,24) ou quase tudo o que é feito ali satisfaz tão somente a uma filosofia de ministério que parte das necessidades do homem e não da vontade de Deus.

A pregação, ponto alto do culto, consiste tão somente em muitos ministérios, de conceitos de auto-ajuda. Este termo significa "ajudar a si próprio", ou seja, ter atitudes e comportamentos para construir uma personalidade forte e capaz de levar uma vida feliz e próspera independente de fatores externos. Não é algo necessariamente mau ou incorreto ouvir um sermão com essa característica, ajudando o crente a viver melhor sua vida nesse mundo. Porém, o que criticamos é a excessiva ênfase nesse aspecto. O foco central de mensagens desse tipo é a satisfação humana, eles não pregam todo o conselho de Deus (At 20.27).

Assim, constato com tristeza incontida o crescimento no Brasil deste tipo de culto que de bíblico tem muito pouco. Muito mais de Deus poderia ser pregado. Também, todo o culto deveria ser direcionado ao Senhor e não parte dele somente. Muitos vão aos prédios que erradamente são chamados de "igreja" (igreja é gente, pessoas, eu e você) "para buscar uma benção de Deus". Ora, isso não é cultuar ao Senhor verdadeiramente. É estar focado em mim mesmo, é culto antropocêntrico, como dissemos antes. 

Você e eu somos abençoados por Deus quando lhe oferecemos um culto racional verdadeiro (Rm 12.1). O fato de estarmos adorando Ele assim e em espírito e em verdade (Jo 4.24) já se constitui por si em algo abençoado para o adorador.

O culto na Bíblia é o serviço prestado a Deus pelo povo escolhido por Ele mesmo. Devemos compreender que cultuar a Deus é relacionar-se com Ele. O culto bíblico é o encontro entre Deus e o ser humano, entre Deus e o Seu povo. Se for constante e intenso o diálogo entre Deus e o ser humano, mas frutífero se tornará o culto. Tudo o que acontece no culto deve levar em consideração a experiência de encontro com Deus.

Infelizmente são inúmeras as igrejas e cristãos que pensam que é preciso transformar o culto num bom espetáculo que atraia e agrade as multidões. Outros pensam que as diversas partes do culto e a disposição de seus elementos numa determinada ordem dependem de um costume estabelecido, ou, então, das preferências do pastor.

Declinarei aqui três pontos fundamentais se como cristãos pretendemos cultuar biblicamente a Deus. 1) O culto bíblico é uma experiência corporativa e não individualista; 2) O culto é serviço a Deus e não encontro casual para o lazer; 3) O culto bíblico traz em si uma íntima ligação entre adoração e vida. 

Desnecessário dizer que o culto a Deus está vinculado ao todo de nossa existência. Não devemos identificar a adoração a Deus somente com as reuniões no templo. Se isso acontecer, estaremos desvinculando o culto do viver diário. 

Vamos agradar ao Senhor cultuando-o verdadeiramente. Nós e nossas necessidades não são a essência do culto prestado ao Senhor Deus, mas sim a adoração de Sua Augusta Pessoa em toda Sua Realeza e Majestade. Cultuar a Deus deve ser um estilo de vida em todo o tempo. 

"Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém" (1Tm 1.17).   

Pensemos muito bem no que acabamos de ler e assim ofereçamos culto a Deus como Lhe é devido.















sábado, 21 de abril de 2012

Melhor a casa onde há luto do que a casa onde há festa....

No livro de Eclesiastes capítulo 7 versículo 2 encontra-se esta frase que uso como título para esta reflexão. Em continuidade, o escritor diz que ali, na casa do luto, se vê o fim de todos os homens e os vivos o aplicam ao seu coração. Gosto como a NVI (Nova Versão Internacional) verte a passagem, é assim: "É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!" 

Havia ido a um determinado local e ao voltar para casa, estando dentro do ônibus eu contemplei algo interessante. Já passara várias e várias vezes por aquele trecho do trajeto, mas hoje me chamou a atenção algo que nunca realmente percebera: estão há poucos metros uma da outra a casa onde há luto - um hospital, da casa onde há uma festa - no caso, uma danceteria!

Fiquei a pensar sobre esse paradoxo. De que no mesmo instante onde várias pessoas, predominantemente jovens de 20 e tantos anos estarão alegres, dançando, bebendo, flertando e se divertindo, estarão na festa, enfim, há poucos metros, (na verdade, é quase de frente à danceteria o estacionamento e o pronto-socorro do hospital) estarão outras tantas pessoas acamadas, feridas ou doentes gravemente e padecendo muitas dores, tristes, algumas até desesperadas e outras infelizmente que irão falecer, seus parentes e amigos chorando inconsoláveis, aí está a casa do luto.  

Não acredito que as pessoas que estiverem no ambiente frenético e luxuriante de uma danceteria estejam pensando no ambiente lúgubre e indesejável de um hospital. Também acho que os que aqui estão, lutando pela sua sobrevivência, caso estejam conscientes e não inertes, cheio de tubos numa sala de UTI, estejam pensando  nos agitos de uma festa. Geralmente estes estarão inclinados a pensar em coisas mais elevadas, mais profundas e significantes: em sua vida, em sua família e em DEUS!

Os frequentadores de uma danceteria, por exemplo, logicamente que ali estão para satisfazer seus apetites carnais, dão vazão aos valores de sua vida egocêntrica e vazia e DEUS geralmente para eles está bem longe. 

Aqui está portanto a sabedoria do que escreveu Salomão em Eclesiastes. Se estivermos num ambiente  mundano, festivo, alegre, dificilmente vamos pensar nas coisas mais importantes que todos deveríamos levar em consideração. Na casa da alegria mundana, o que impera é a frivolidade e a carnalidade. Todos nós nos tornamos seres humanos melhores e colocamos nossa vida na devida perspectiva diante do Senhor Deus quando estamos na casa do luto. Prova disso é o que Salomão ainda escreve nos versos seguintes: "A tristeza é melhor do que o riso, porque o rosto triste melhora o coração. O coração do sábio está na casa onde há luto, mas o do tolo, na casa da alegria" (vv. 3,4). 

Fiquei a refletir sobre esses fatos hoje. Uma danceteria e um hospital. Tão perto um do outro, porém com   ambiências, sentimentos e pessoas tão diferentes. Na primeira predomina o riso. Na segunda, certamente o choro. Na primeira a prioridade é o EU. Na segunda, na maior parte das vezes, o eu é esquecido e o indivíduo se lembra do grande EU SOU (Êx 3.14) e passa a buscá-Lo. 

O que pensei comigo também é de como as situações na vida são efêmeras. Num instante em que se está na casa da alegria, pode-se passar no instante seguinte, devido a variadas circunstâncias, para a casa do luto. Num momento em que a aparente felicidade está em seu auge, a verdadeira realidade da existência humana predomina e a pessoa é precipitada para um estado onde ela poderá até encontrar-se com o Senhor e mudar sua vida para melhor.

Este é o desejo do coração do Pai. O que Ele deseja para cada ser humano desse mundo é que todos O conheçam (Ez 18.31,32; 2Pe 3.9). Que todos venham a deixar sua vida frívola, egocentrada, pecaminosa e que se arrependam de todos os seus pecados e recebam a purificação pelo precioso sangue de Seu Filho, Jesus Cristo. 

Em Seu amor, em Seus insondáveis desígnios, poderá você que está hoje na casa da alegria, de repente passar para a casa do luto. Todavia, meu conselho é de que você não fique ao sabor das circunstâncias, mas que você decisivamente possa crer em Cristo e assim passar a ter uma alegria genuína. Estar na casa do luto significará dores, tristeza e choro. Isso poderá ser bom para sua vida mas ninguém em sã consciência quer passar pelo "vale da sombra da morte" (Sl 23.4). Todavia, alguém poderá estar na casa do luto (que tanto pode ser um hospital como um cemitério) por ter um parente ou amigo ali e isto o levará, como disse o rei Salomão a nos lembrarmos de que um dia também vamos morrer, em face disso, a tristeza  pode nos sobrevir e fazer nosso rosto ficar abatido, mas nosso coração ficará mais compreensivo em relação à verdadeira realidade e finalmente atentaremos para o fato de que viver para si mesmo, viver para se divertir somente é viver de maneira tola e ser sábio é pensar também na morte, ou seja, de que invariavelmente este dia chegará.

Assim, considere diante do Senhor a sua vida e procure atentar para a validade do que diz a Palavra de Deus. Ela nos garante um porvir feliz, uma eternidade de plena felicidade, ainda que estejamos passando por provas difíceis aqui. Muitos vivem nessa vida como o rico que Jesus citou em seu ensinamento (Lc 16.19-31) que vivia todos os dias "regalada e esplendidamente" enquanto o mendigo Lázaro jazia cheio de feridas à porta daquele. Por viver em sua alegria mundana, sem atentar para Deus e Sua Palavra e sem atentar para seu semelhante, vivendo de si para si mesmo, foi para a eternidade em estado de perdição, enquanto Lázaro, que apesar de sua pobreza e mendicância era temente ao Senhor, foi para uma eternidade de delícias onde já se encontravam os justos de outrora como o patriarca Abraão (Lc 16.22).

Meu amigo, minha amiga, se você chegou até aqui, que tal pensar muito em tudo o que leu? Deus te abençoe ricamente.








terça-feira, 10 de abril de 2012

Insensatos amantes do barulho

Tenho constatado por onde vou como tem aumentado o número de indivíduos que tem verdadeiro deleite em ouvir decibéis altíssimos, muito acima de um nível saudável para o aparelho auditivo. Ou seja, como tem aumentado nos dias de hoje aqueles que amam o ruído, o barulho ensurdecedor. Alguns com fones de ouvido conectados a celulares dentro de ônibus, metrô, trens, outros com um sistema de som de última geração em seus automóveis, promovem uma verdadeira arruaça sonora por onde passam.

Fico a pensar, o que leva as pessoas a ouvir um som tão alto assim e que, expostos por longo tempo e diariamente, levará a uma diminuição de sua capacidade auditiva? Eu também gosto de ouvir música e em alguns momentos, aumento o volume de meu aparelho de som em casa para usufruir melhor a melodia, o som dos instrumentos ou as nuances da voz do cantor. Mas sei perfeitamente que, se ficar exposto longo tempo ao som em volume muito alto, meus nervos ficarão em frangalhos além de expor meus ouvidos a um perigoso limite.

Tenho verdadeiro pavor contra essas pessoas, principalmente jovens, que passam defronte de minha casa em seus veículos fazendo um barulho ensurdecedor, muitos decibéis além do limite suportável do ouvido humano que é de 65 decibéis segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Acima desse limite, o organismo humano começa a sofrer com os efeitos da longa exposição, haja vista que é de praxe ficarem longas horas e diariamente no interior dos automóveis. Da mesma forma, é prejudicial para a saúde ficar utilizando fones nos ouvidos um tempo demasiado e com a música em alto volume, e isto fazem de tal maneira que os que estão em redor conseguem ouvir perfeitamente o que está tocando.

Ouço um som alto por algum tempo e fico nervoso, nossos nervos realmente se abalam mesmo se for um estilo de música suave. As pessoas então ficam no interior de seus automóveis submetidos diuturnamente a esse ruído e precocemente vão ficar com seu aparelho auditivo comprometido e igualmente os outros sistemas de seu organismo, não apenas o sistema nervoso. Observo essa tendência muito forte de ouvir músicas em alto volume entre os mais jovens, quer seja dentro dos veículos ou munidos de sofisticados fones de ouvido e isso por horas a fio. Ora, no médio e longo prazo haverão prejuízos irreversíveis para a saúde.  

Sempre que alguém ouve um som muito alto, acontece no organismo uma descarga no nível de adrenalina, esta sobe e gera stress instantâneo. Além disso, no longo prazo, gastrite, insônia, aumento no nível de colesterol, distúrbios psíquicos, irritabilidade, ansiedade, excitação, desconforto, medo e tensão são efeitos constatados para quem se expõe além do limite aceitável, juntamente com a perda de audição que mencionei.

Esta é decididamente uma sociedade que ama o barulho. É de fato uma sociedade insensata. O silêncio, ao contrário, é deveras reconfortante. Proporciona tranquilidade. Leva à reflexão. Ajuda a apaziguar temores da alma. Como cristãos, temos no silêncio acesso às fontes divinais da paz e do sossego interiores porque não é possível acalmar a alma em meio aos ruídos exteriores que alteram nossa fisiologia e espantam a possibilidade da ambiência adequada para a comunhão com o Senhor.

Tenho visto meio em meio à Igreja aqueles que nem oram mais se não tiverem um som ambiente. Uma canção suave no momento da oração, com o volume baixo, creio que até ajuda, inspira, em nosso momento particular de oração. Mas não pode se dar o mesmo com outro irmão que esteja orando conosco no mesmo ambiente, pois bem poderá ser que ele prefira o silêncio absoluto para falar com Deus. Pessoalmente eu prefiro o silêncio absoluto porque posso me concentrar melhor no que vou falar ao Senhor bem como terei toda a atenção para ouví-Lo. Muitas vezes o silêncio é tão importante em nossa devoção com nosso Deus que ficarmos silenciosos na presença do Pai sem nada dizermos é o de que realmente precisamos.

Nossos cultos também precisariam de cultivar algum momento silencioso durante a liturgia. Mas principalmente no meio pentecostal, ao qual pertenço, é muito difícil o silêncio, porque é até uma questão cultural, os pentecostais amam os cultos barulhentos, festivos. Sabemos que no livro de Salmos há passagens que exortam a adorar a Deus em altas vozes e com instrumentos sonoros, é barulho mesmo, mas é algo diferente, digamos, um barulho santo, que bem executado vai glorificar ao Senhor e não deixará ninguém agitado, nervoso, doente, porque as coisas de Deus, o culto bem ordenado, deve glorificar ao Senhor e certamente fará bem ao homem. Mas gostaria de ter em alguns cultos um momento silencioso juntamente com toda a congregação, afinal estamos reunidos para adorá-Lo e a solenidade silenciosa diante do Amado de nossa alma deveria ser algo desejável. 

Que fazer diante da tendência ensurdecedora dessa geração? Devemos em primeiro lugar, juntamente com a proclamação da mensagem do Evangelho, interceder pelas pessoas porque elas fazem o que fazem porque não conhecem a Deus. Precisam conhecer a Jesus Cristo, precisam nascer de novo. Além disso, deve-se orientar as pessoas em nossas igrejas ou como nos for viável acerca dos malefícios do excesso de ruído. Da insensatez em se manter um estilo de vida que prioriza os volumes de som muito alto que nada mais são do que barulho, ruído, algo desagradável e promotor de doenças.

Não estou aqui fazendo uma apologia do silêncio absoluto, até porque seria impossível nesta nossa presente civilização que tem em alta conta não só os volumes altos de áudio como também é fascinado pelas imagens, mas sim faço a defesa de um estilo de vida mais saudável, biblicamente falando, porque a intenção de Satanás é poluir o ambiente em que o homem vive (além da poluição em seu coração) porque tudo o que estraga e inviabiliza a vida humana não provém de Deus, mas é consequência do pecado e é potencializado pelo inimigo de nossas almas. Afinal, ele é o Príncipe deste mundo decaído, e não poderia ser de outra forma.

Lembremo-nos queridos e amados irmãos: Nossa luta é espiritual (Ef 6.10-20; 2Co 10.3-5). Os insensatos amantes do barulho são apenas uma das tantas aberrações que vemos todos os dias.

Pense nisso.







sábado, 31 de março de 2012

Inimigos de Israel e a certeza das promessas de Deus

O recrudescimento das hostilidades contra os israelenses da parte dos palestinos, tanto da Faixa de Gaza como da Cisjordânia, a tensão nas fronteiras com a Síria e o Líbano, a incerteza quanto ao novo governo do Egito e a grande ameaça do Irã com a possibilidade de vir a construir sua bomba atômica, não permitem que Israel viva em paz e segurança, por adequados que sejam seus recursos e o treinamento de suas forças armadas, a melhor do Oriente Médio e uma das mais eficazes do mundo.

Muito se tem falado sobre o surgimento da nação palestina. Não nego o direito do povo palestino, ou de qualquer outro de ter seu próprio território e país. De viver em paz e ser contado como uma nação politicamente organizada tanto quanto as demais nações da Terra. Eles tem o direito a ter sua pátria e de viver conforme sua cultura. Porém, questiono quando, na análise desse processo, ouço vozes a condenar tanto a possibilidade de uma pátria palestina, como também, e o que é pior, a existência de Israel como uma nação.

Muitos inimigos Israel possui. E muito perto de si, praticamente dentro de seu território, está o grupo terrorista Hamas. O Hamas (palavra que significa "Movimento de Resistência Islâmico") é um grupo que pretende instaurar um Estado palestino abrangendo todo o território onde hoje está a nação judaica. Não aceitam a existência do Estado judeu e referem-se a Israel como uma "entidade sionista".  Recebe ajuda em armas do Irã e constantemente lançam foguetes contra cidades israelenses principalmente oriundos da Faixa de Gaza. 

O Hezbollah é uma organização islâmica política e paramilitar baseada no Líbano e que também é inimigo mortal dos israelenses. Planejou e executou muitos ataques e, assim como o Hamas, pretendem aniquilar o estado judeu. 

A Síria, desde os tempos bíblicos se notabilizou como inimigo de Israel e ainda permanece assim. O Egito, com as recentes mudanças políticas, poderá rever sua posição e até anular o acordo de paz que mantém com Israel há décadas. E o Irã, em minha opinião, é o mais perigoso de todos, por ter mais recursos bélicos (são tradicionais fornecedores de armas e treinamento militar para os grupos que atacam Israel como o Hamas). Além disso, o seu presidente Mahmoud Ahmadinejad muitas vezes declarou que pretende varrer  Israel do mapa. Por isso existe a grande preocupação do governo israelense com o desenvolvimento do programa nuclear iraniano, porque é um passo para o desenvolvimento de uma arma nuclear que certamente poderá ter a Israel como alvo.    

Na concepção de todos esses inimigos (para não mencionar a Arábia Saudita, Turquia e outros, que também são hostis aos judeus), Israel nunca deveria ter ressurgido como uma nação politicamente organizada no século 20. Acreditam que o território onde hoje está a nação judaica deveria ser unicamente do povo palestino. No século 19 em diante, os judeus dispersos pelo mundo, começaram a voltar para a Palestina que estão estava sob domínio otomano. Os britânicos a partir do final da Primeira Guerra Mundial, tem a Palestina sob seu mandato e o número de judeus em retorno à terra de seus ancestrais aumenta enormemente. O clímax desse processo todo se dá na gloriosa data de 14 de maio de 1948 que marca a fundação do moderno Estado de Israel.

Porém o que mais me causa espécie é o fato da ignorância de muitos quanto às milenares promessas bíblicas de Deus para o Seu povo. O patriarca Abraão foi chamado pelo Senhor de Ur dos caldeus e o Senhor lhe faz quatro promessas de bençãos: 1) Benção pessoal - um grande nome; 2) Benção territorial - vasta extensão de terra prometida à sua semente; 3) Benção nacional - uma grande nação; 4) Benção espiritual - todas as nações seriam abençoadas na semente de Abraão (Gn 12.1-3).

A Bíblia dá testemunho que Deus não voltará atrás em Suas promessas. No que tange a Israel, é forte o testemunho do Senhor a favor deste povo que Ele elegeu por meio de Abraão: "Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para a luz da noite, que agita o mar bramando as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre" (Jr 31.35,36). Que palavra gloriosa! Deus simplesmente diz, do alto de Sua autoridade, se Sua Majestade, que, se os elementos físicos que criou falharem de alguma maneira, assim deixaria Israel de ser uma nação de diante dEle. Leiamos ainda o versículo 37: "Assim disse o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor." Aqui fica mais assombrosa a declaração do Senhor, porque ninguém a não ser Ele mesmo pode medir os céus ou os fundamentos da terra. Além disso, o Senhor declara que mesmo a rebeldia, o pecado de Seu povo eleito (que lhe trouxe muitos dissabores, derrotas frente a seus inimigos e o exílio de 70 anos em Babilônia) não foram suficientes para que Israel deixasse de ser Seu povo escolhido.

O apóstolo Paulo disse aos cristãos de Roma, concernente aos seus compatriotas: "Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (Rm 11.28,29). No início do capítulo ele indaga: "Porventura rejeitou Deus o seu povo?"  De modo nenhum, ele afirma, e mais adiante no verso 5, Paulo diz que nesse tempo ficou um remanescente segundo a eleição da graça. Por isso tudo então, é temerária qualquer tentativa dos homens de rejeitar Israel. De declararem irresponsavelmente de que os judeus não teriam direito à terra que o próprio Senhor prometera ao patriarca Abraão.

O próprio Deus em Gn 15.18 delimitou o território que daria aos descendentes de Abraão: "Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates." Diante da grandeza desse fato, fico a pensar sobre a permanência dos palestinos nesse território que é dos descendentes de Abraão como disse o Senhor. Deus em Sua benevolência, soberania e misericórdia, pode consentir no fato, ou seja, de os palestinos habitarem na terra que pertence a Israel somente. Isso é da alçada divina. Mas os homens querem matar-se uns aos outros. Quando vão aprender a obedecer ao Senhor e deixar que Seus preceitos governem suas vidas?

Reafirmo que sou contra qualquer violência de ambos os lados. Os covardes ataques com foguetes e homens-bomba contra Israel e a retaliação forte e esmagadora das forças armadas israelenses, com saldo de muitos civis mortos. Devemos os cristãos orar pela paz naquela região. Nós que participamos das bençãos divinas por meio de Jesus Cristo e que somos agora também povo de Deus, escolhidos por Ele, fomos abençoados através da semente de Abraão conforme a palavra que o Todo Poderoso comunicara a Seu servo (Gn 12.3), porque através disto o Evangelho chegou até nós. Que promessa maravilhosa que se cumpre a cada dia na vida de quem conhece ao Senhor.

Assim é também no que concerne à Israel. Brevemente Jesus Cristo voltará pela segunda vez. Mas antes disso, sabemos pela palavra profética de que os judeus serão ainda mais rejeitados e serão perseguidos pelo Anticristo (Dn 9.24-27; Zc 12). Também entendemos que mesmo ainda em meio a todo o sofrimento já vaticinado pela eterna Palavra de Deus, as promessas quanto aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, vão se cumprir cabalmente. Deus disse para Jeremias: "Porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la"  (Jr 1.12).

Vamos orar e interceder pela nação israelita, mesmo porque eles precisam conhecer ao Senhor Jesus. Também da mesma maneira, oremos pelo povo palestino, igualmente alvo do Evangelho de Jesus Cristo. Oremos pelos demais povos e países muçulmanos para que libertos sejam da opressão do diabo e seus olhos sejam abertos para a verdade da Bíblia e compreeendam a mensagem do Príncipe da Paz.

Pense nisso.