terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Hedonismo, marca registrada de nossos dias

A palavra de ordem é: prazer. O negócio é curtir. É ter prazer em toda situação e a todo momento. É marca registrada de nossa geração. A sociedade de entretenimento existe exatamente para entronizar a deusa do prazer. Falando francamente, todos nós almejamos o prazer imediato. Não curtimos esperar. Esperar é sofrer. O lance é o agito e a gratificação prazerosa. E instantânea.

A sociedade é realmente voltada para a busca do prazer imediato. O problema é que a ideia do prazer a qualquer custo tem sérias implicações. A sociedade contemporânea está moralmente falida em grande parte porque vive para o prazer - custe o que custar.

Temos um exemplo neste período de carnaval que está a terminar. As pessoas buscam divertir-se. Há um aspecto lúdico em sua natureza. Não há mal algum nisto. Mas quando, contrariando a vontade de Deus, o ser humano procura a gratificação carnal, o prazer sexual ilimitado e fora dos padrões determinados pelo Senhor, a embriaguez e a glutonaria, cresce na mesma medida a sua falência moral. Segundo o dicionário Aurélio, hedonismo é a doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. Vive-se somente para satisfação dos instintos.

O empresário corrupto, o político sem escrúpulos e o traficante de drogas se igualam no que concerne à busca de sua gratificação pessoal. Se o prazer, traduzido em termos de poder, prestígio, glória e privilégios pessoais depende da desgraça de inúmeras pessoas, para eles isto absolutamente não lhes interessa. O que vale é que seus lucros estejam sendo computados, não lhes importando o prejuízo de tantas e quantas pessoas.

Caminhamos para uma situação de glorificação máxima do ego e do prazer pessoal. O anticristo personificará perfeitamente o hedonismo porque ele não terá misericórdia de ninguém, seu alvo é o poder universal. E, segundo a palavra profética, ele conseguirá o enaltecimento máximo de seu ego no trono do mundo.

Quem acredita que viver é satisfazer plenamente seus prazeres colherá mais cedo ou mais tarde os frutos desta infeliz filosofia de vida. Desmoralização, prisão, solidão, doenças, morte prematura, o afastamento de Deus agora e na eternidade, são as consequências naturais deste estilo de vida.

O crente em Jesus Cristo possui uma compreensão diferente acerca do prazer como valor. A vida é entendida como benção divina que deve ser recebida com alegria e vivida com sabedoria. Conduta ética e consciência espiritual juntam-se para suscitar a responsabilidade diante da existência pessoal de cada ser humano diante do Criador. O cristão é aquele que jamais desfrutará de um prazer que venha a prejudicar a outro ser humano. Sua consciência está apegada e moldada pela Palavra de Deus, portanto, seu senso de valores está num patamar superior onde o hedonismo cede lugar ao altruísmo para que assim o nome do Senhor seja glorificado (1 Co 10.31).

Cristão, não seja como a multidão ao redor (mesmo que seja multidão de cristãos) : fuja do espírito desta época hedonista. O bem supremo da vida não é a satisfação de prazeres, posto que efêmeros, mas sim, o bem supremo, para nós seguidores de Cristo Jesus é agradar a Deus em tudo, vivendo em santidade em meio a esta sociedade corrupta e corruptora até "o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo" (Tt 2.13b).

Não é pecado termos momentos prazerosos, saírmos da rotina, passearmos com a família ou o happy-hour que ajuda a descarregar as tensões acumuladas durante a semana. Entretanto, procurar viver meramente para gratificação de prazeres, fazendo disto um modo de vida, não se coaduna com a postura de alguém que conheceu a Jesus Cristo e procura seguir-lhe os passos.

Há um prazer inigualável em ser um fiel servo de Deus. Os prazeres mundanos não se lhe podem comparar. Hoje ainda, pare e pense nisto.

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