segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Afeganistão, um país que (ainda) sofre


Lamentavelmente, os Estados Unidos planejam aumentar seu efetivo militar no Afeganistão. Este país é o centro das atenções militares dos americanos por causa do Taliban, a milícia radical islâmica que inferniza a população daquele país. A guerra contra o terrorismo islâmico têm sido cruel para os americanos, note as muitas baixas sofridas também no Iraque. O Afeganistão possui um terreno inóspito, montanhoso, ficando assim muito difícil para os americanos combaterem com eficácia seus milicianos. O Taliban, segundo o general Stanley McChrystal, comandante das tropas dos EUA e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, é um inimigo forte e sofisticado e que utiliza modernas táticas de propaganda para divulgar suas ações e ideais para a população e que sistematicamente consegue chegar às prisões para recrutar novos membros. E tem conseguido sucesso nestas incursões haja vista que os afegãos, segundo McChrystal, não conseguem discernir o real propósito das tropas americanas em seu país e por isso são relutantes em se aliar aos americanos na luta contra os insurgentes islâmicos.
O presidente Barack Obama deverá encontrar enorme resistência, principalmente de seu partido, o Democrata, para o envio de mais tropas. A cúpula de segurança da Casa Branca ainda está analisando o relatório enviado pelo comandante McChrystal, mas é bem provável que seja ampliada a presença militar naquele país. Lamentável em todos os aspectos, pois o sofrimento do povo aumenta na proporção em que aumenta a presença militar estrangeira em seu território. Desde 2002, centenas de civis têm sido mortos em ataques indiscriminados liderados pelos EUA no Afeganistão. É urgente que o presidente Obama reconsidere sua política internacional. Não podemos ficar alheios a isto quando se empreende tanto esforço em armas para derrotar os radicais islâmicos e o preço são civis inocentes morrendo a cada dia.
Vamos pensar um pouco sobre estas questões. Acredito que os EUA fariam muito bem em deixar de lado o seu intervencionismo e promover, isto sim, o desenvolvimento das nações, apoiando governos democráticos e que desejem o bem estar de seus povos.
Não concordo com a visão messiânica estadunidense que ainda teima em perdurar apesar do novo governo eleito. A soberania das nações é um princípio inamovível. Conclamo então que passemos a orar que os EUA, movidos pela mão de Deus estejam na vanguarda de uma política cristã humanitária internacional para que não seja mais derramado sangue de inocentes. E que os governos dos países possam ter capacidade interna e totalmente soberana de resolver seus próprios problemas. Pensemos nisto também doravante!

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