Cada dia mais vejo muitas semelhanças entre nós, seguidores de Jesus Cristo hoje e o povo de Deus, Israel, durante os quarenta anos no deserto. Cada vez mais me convenço do que Paulo escreveu em 1 Coríntios 10. De que o que aconteceu com o povo durante sua trajetória para chegar à terra de Canaã, serve-nos de balizas, de advertências e de exemplos para que nós possamos nos manter de acordo com a vontade de nosso Senhor e assim chegarmos sãos e salvos ao Seu reino celestial (2Tm 4.18).
Aprendamos com os pecados que o povo israelita cometeu durante sua jornada e assim teremos as lições espirituais necessárias. O texto em 1Coríntios 10 diz que eles cometeram alguns pecados os quais deveríamos bem atentar para não incorrermos em semelhantes erros.
O primeiro pecado que Paulo narra nesse capítulo de Coríntios é a idolatria (10.7). Conforme Êx 32.6, o povo cansou de esperar Moisés (que subira ao monte Sinai para receber ordenanças de Deus), e pediu a Arão, seu irmão, para que fizesse uma representação visível de Jeová. O povo ainda estava sob a influência da religião do Egito porque os egípcios adoravam a um deus em forma de boi, o boi Ápis. Arão, demonstrando uma grande fraqueza, cede aos apelos populares e recebe do povo o ouro e confecciona uma estátua. Ao final do processo o povo exclama: "Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito" (32.4). A idolatria se manifesta de maneira escancarada. Nem mesmo os prodígios que Deus operara para libertar os israelitas do jugo de Faraó, os milagres que operou para prover o povo de água e alimento, foram suficientes para impedir que prestassem culto a uma figura que representava um animal e isso era abominável aos olhos de Deus.
A advertência para o cristão é de que ele jamais deve subestimar o poder que tem o seu coração de enganá-lo (Jr 17.9), levando-o a substituir sua devoção ao Senhor, ainda que não haja manifestação palpável. Ou pode sim, ser algo tangível. Família, trabalho, igreja, hobbies, bens materiais, enfim, qualquer coisa que se colocar no lugar da adoração e devoção exclusivas a Deus, constitui-se em idolatria.
O segundo pecado que o povo comete é o pecado da prostituição (10.8, imoralidade na ARA). Em Nm 25 está relatado que o povo de Israel acampou em Sitim. As mulheres moabitas convidaram os homens israelitas para as festas em que eram oferecidos sacrifícios aos seus deuses. E então, um verdadeiro bacanal aconteceu entre alguns do povo de Deus que deram vazão aos seus instintos sexuais de forma inadequada. Não preservaram a santidade de sua relação com Deus e de seus matrimônios e se entregaram à prostituição. Deus não esperou muito tempo para prontamente disciplinar esse pecado e o apóstolo Paulo afirma que num só dia foram mortos dentre o povo, 23 mil pessoas! Quanta tragédia por causa da satisfação imediata e ilícita de desejos que deveriam ser legitimamente satisfeitos no casamento.
Aprendemos aqui que a santidade é a vocação do povo de Deus. Separação exclusiva para Ele. Distância do pecado custe o que custar. Os pecados sexuais são uns dos que mais atraem homens e mulheres. Os homens israelitas sucumbiram ante os apelos da religiosidade das moabitas que incluía satisfação de seus apetites carnais. Não é diferente hoje com os cristãos. Mesmo salvos pela graça de Deus, regenerados, tornados novas criaturas, permanece em nosso coração a inclinação para a imoralidade como Jesus alertou (Mt 15.19; Mc 7.21). Devemos fugir da prostituição ou, impureza (ARA), 1Co 6.18 e também 1Ts 4.3. No verso 4 desta passagem de 1 Tessalonicenses, Paulo diz ainda que cada um saiba viver em santidade, isto é, em pureza sexual porque o cristão é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Esse mesmo verso 4 na Bíblia de Jerusalém está vertido assim: "Que cada um saiba tratar a própria esposa com santidade e respeito" esta também é uma tradução possível o que só vem demonstrar como Deus tem em alta conta a santidade e pureza do casamento. O sexo em si não é pecaminoso desde que mantido em seus limites. Ou seja, relações sexuais somente para os casados e abstinência para solteiros, é a ordem do Senhor.
O terceiro pecado e quarto pecados que lemos no texto de 1Co 10.9 e 10 é que eles tentaram a Cristo (puseram o Senhor à prova, ARA) e que murmuraram contra Deus. Isto significa que desafiaram a Deus. Puseram à prova ao Senhor no tocante à Sua provisão para eles, o povo. Vemos isso descrito em Nm 21.4-9. O texto nessa passagem informa que o povo se tornou impaciente (angustiou-se, ARC) no caminho. Leiamos: "E queixou-se de Deus e de Moisés: Por que nos fizestes sair do Egito, para morrermos no deserto? Pois aqui não há pão nem água, e estamos enjoados deste pão miserável" (v.5 - Almeida Séc. 21). Nesse episódio, Deus retirou sua proteção e permitiu que serpentes venenosas atacassem o povo e muitos morreram. O povo murmurava de contínuo contra um Deus que tudo fez por eles, libertando-os com mão forte do Egito, partindo o mar Vermelho em dois, fazendo depois perecer afogados os egípcios que os perseguiam, dando a eles o maná, o pão descido dos céus, aprovisionando água da rocha, não permitindo que suas roupas e seus calçados se desgastassem, protegia-os dos perigos do deserto, dia-a-dia. Era um povo ingrato e mau. Por pouco o Senhor os destruiria e de Moisés levantaria um novo povo, mas Moisés intercedeu e o Senhor não cumpriu seu intento (Êx 32.10-14).
Meus amados, Deus é tão bom conosco, quanto foi com o povo de Israel no deserto. Ele tudo provê para nós nessa nossa jornada pelo mundo que é comparada à jornada dos israelitas pelo deserto. O cristão que é murmurador, que passa grande parte de seu tempo usando sua língua para difamar a outros cristãos, que tem por hábito falar da vida alheia ou falar mal contra a Igreja do Senhor, está em apuros porque o Senhor é contra isso tudo. Podemos até eventualmente falhar e falar contra uma pessoa, mas a Bíblia diz que o cristão, aquele que verdadeiramente segue a Jesus não vive na prática habitual do pecado (1Jo 3.9). Se isso acontecer, ele normalmente reconhecerá e confessará ao Senhor que o perdoará e o purificará (1Jo 1.7-9).
Devemos atentar com propriedade às lições que Paulo tencionou nos passar por inspiração do Espírito Santo neste capítulo 10 de 1 Coríntios. É para nossa advertência. Leiamos o que Paulo diz nos versos 6 e 11: "E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram"; "Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos."
Isto é fundamental para todo o povo de Deus. Viver uma vida em que o Senhor Jesus Cristo seja o centro de tudo, viver em santidade de vida em todos os seus parâmetros, ter gratidão contínua pelo que o Senhor já fez e ainda fará em nós. Ele é digno de toda nossa devoção, de toda nossa entrega, de toda nossa submissão.
E além de tudo, ocupemo-nos com Sua obra. Há muito a ser feito. Há muitos lugares onde o Evangelho ainda não foi apregoado. Não quero perder tempo com questiúnculas. Não quero gastar o tempo precioso de Deus disponibilizado a mim com a notória mesquinhez do coração humano. Desejo viver com sabedoria. Quero continuar na jornada dessa vida, até chegar a Canaã celestial. Deus mesmo garantirá que isso aconteça, como disse o apóstolo Paulo: "O Senhor me livrará de toda obra má e me levará a salvo para o seu reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre. Amém" (2Tm 4.18 - Almeida Séc. 21).
Convido a você de todo coração que pensar muito sobre isso.
Graça e paz amados, os versículos 2, 3 e 4 onde que Paulo diz que o mesmo povo que experimentou da beneficência de Deus, agora se esquecera de Deus idolantrando como citado no post, e também se esquecem do que Deus fez e afundaram na incredulidade, triste porque muitos cristãos esquecem de olhar para cruz de Cristo e perdem o foco, e como Pedro, afundam!!! Que Jesus continue abençoando a todos, irmão Cícero parabéns pelo post, que Jesus continue te abençoando e te usando sempre, shalon...
ResponderExcluirObrigado Carlos André, que da mesma maneira o Senhor possa te usar e abençoar pelo serviço do Reino de Deus. Um grande abraço!
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