Jesus Cristo é a última e a única obra de Deus em favor do mundo. Tudo o que Deus deveria fazer em prol da salvação da humanidade, Ele já o fez finalisticamente em Cristo. Tudo já foi realizado e consumado em Cristo e abrange o passado, o presente e o futuro dos seres humanos. O brado de Jesus na cruz "ESTÁ CONSUMADO" selou a obra de salvação da raça humana.
De maneira que o ponto focal, a convergência, o zênite, o clímax, o gran finale, a apoteose, o "the end" é Cristo (Ef 1.10).
Nada, quer da parte de Deus, ou muito menos da parte dos homens ou de anjos pode ser acrescentado ao que JÁ foi realizado na cruz. Salvação completa. Redenção plena.
Não há maior revelação divina do que essa, a revelação de Deus em Jesus Cristo. Ela é infinitamente superior à revelação de Deus a Moisés no monte Sinai. Todo o pacto mosaico, toda a lei mosaica, a descrição do Tabernáculo e seus utensílios, os sacerdotes e suas funções e os vários tipos de sacrifícios, tudo isso apontava e teve seu cumprimento TOTAL na encarnação, ministério, crucificação, morte, sepultamento, ressurreição e ascenção do Filho de Deus.
Em Cristo e em Sua obra, Deus "invadiu" a ordem presente, o tempo humano, o KAIRÓS divino penetra o CRONOS humano e a cruz passa a ser o ponto decisivo entre duas eras: A era presente e a era vindoura. O fim dos séculos ou fim dos tempos (1Co 10.11) se inicia exatamente na primeira vinda de Jesus ao mundo, Ele mesmo afirmou: "O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1.15).
Consumada a revelação de Deus em Cristo na cruz do Calvário, em Sua primeira vinda ao mundo, aguardamos AGORA nesse tempo onde a era presente e a era vindoura estão sobrepostas, onde o Reino de Deus invadiu o reino dos homens, onde o príncipe desse mundo foi derrotado na cruz pelo Príncipe da Paz, aguardamos a segunda vinda do Filho de Deus. Em Sua primeira vinda, realizou a mediação entre o homem pecador e o Deus santo através de Sua morte na cruz (1Tm 2.5). Em Sua primeira vinda, Ele inaugurou o fim dos tempos (Mc 1.15). Agora virá pela segunda vez, triunfante, glorioso e como JUIZ (Jo 5.27). Em Sua segunda vinda se dará o cumprimento do que viu o profeta Daniel ao interpretar o sonho de Nabucodonosor (Dn 2.44) e também na visão dos quatro animais (7.13,14,27), ou seja, Jesus Cristo virá, efetivará e confirmará Seu reinado universal (Ap 1.7; 19.11-21).
Seu Reino será para sempre o Reino da felicidade eterna de Seus redimidos, os quais resgatou com Seu próprio sangue. A esperança cristã é bela, é plena. A felicidade dos redimidos será incomparável e perpétua: "E os resgatados do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido" (Is 35.10).
Todas as filosofias humanas, todas as ideologias, todas as cosmovisões, todos os humanismos enfim serão banidos da existência final dos redimidos. Aliás, obra na cruz já ofuscou tudo isso, e Ele está pondo todos os inimigos debaixo de Seus pés (1Co 15.25) inclusive o império e as potestades do mal (v.24). O último inimigo a ser aniquilado é a morte (v.26) e de fato TODAS AS COISAS SERÃO SUJEITAS DEBAIXO DE SEUS PÉS (v.27a).
A última manifestação plena da maldade está na pessoa infame do Anticristo. Antes da segunda vinda de Cristo, o iníquo, o homem do pecado, o filho da perdição, haverá de se manifestar (2Ts 2.1-3). Opondo-se ferozmente a Deus e a Seu bendito Filho e usurpando a adoração que só ao Senhor é devida, ele se apresentará como o verdadeiro Messias que os judeus que não creem em Jesus Cristo aguardam. E grande perseguição e mortandade promoverá para os judeus, cristãos e todos que se lhe opuserem. Mas seu reinado é curtíssimo. Ele será totalmente despojado de seu poder concedido pelo dragão, Satanás, quando Jesus aparecer em glória e o lançar vivo juntamente com o falso profeta no Lago de Fogo (Ap 19.20).
Estamos em meio a grandes acontecimentos que abalarão a estrutura da Terra. O profeta Isaías declara: "Eis que o Senhor esvazia a terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores." "Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem consumido a terra; e os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens restam" (Is 24.1,5,6).
Jesus Cristo em seu sermão escatológico em Mateus 24 disse que muitas coisas sobrevirão ao planeta e aos seus moradores. Isto somente confirma a soberania de Deus sobre todo o universo, sobre todas as coisas criadas e que finalmente Ele reinvindicará num dia que determinou para julgamento através do Seu Filho: "Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (At 17.31).
Fica portanto confirmada a centralidade de Cristo na história humana. No que Ele fez ao entregar-se a Si mesmo pelos pecadores. Na vitória que alcançou e que está disponível para todo aquele que nEle crê (Jo 3.16).
Grande foi esta obra de Deus a favor do mundo. Única e insubstituível. Nada realmente há de se lhe acrescentar. Meditemos na excelência disso nas palavras sublimes do apóstolo Paulo:
"E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória" (1Tm 3.16).
E é esse Cristo glorioso e eterno dos Evangelhos que devemos pregar. Mensagem esta que é suficientemente poderosa para salvar tanto os que pregam como os que ouvem e creem igualmente.
Pense nisso.
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