Por causa do divisionismo que seja extinta a CGADB

Pois bem, estamos em meio às comemorações do centenário das Assembléias de Deus no Brasil. Espere um pouco. QUEM fará realmente cem anos de fundação em 18 de junho de 2011? Eu disse AS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL. Verdade ou mentira? Verdade, pois realmente, o início da história da denominação deu-se em 18 de junho de 1911 na cidade de Belém capital do estado do Pará. Mentira, pois realmente quem faz cem anos é justamente a chamada igreja-mãe de todas as outras Assembléias de Deus no Brasil. Somente ela é que deveria comemorar este aniversário. Você acha que o que acabei de escrever está correto?

Respondo: De forma alguma. Se vamos comemorar, estaremos comemorando TODOS justamente a data da fundação da denominação e que a partir daí espalhou-se, pela graça de Deus, a todos os recantos do país no decorrer dos anos, anunciando a bendita mensagem do Evangelho de Cristo. Somos filhos desta igreja. Temos um histórico. Trazemos a herança conosco da mensagem gloriosa do Pentecostes. Milhões de pessoas no Brasil são crentes em Jesus Cristo hoje devido ao ardor evangelístico dos assembleianos. Deus sabia como se portaria esta igreja através de Seus servos dedicados em quem ardia a paixão pelas almas. A AD sempre foi evangelizadora desde seus primórdios. E nisto, cumpre cabalmente a ordem de Jesus Cristo (Mt 28; Mc 16; At 1.8) concernente à Grande Comissão.

Sendo assim, idealmente, deveria a igreja ter permanecido nos trilhos desta missão gloriosa e urgente de anunciar o Evangelho. De certa forma continuou assim. Mas, devido ao institucionalismo que fatalmente consolidou-se com o tempo, um pouco deste zelo diminuiu. E, mais grave ainda, foi notada a presença na AD de uma tendência muito grande ao divisionismo. Desde a fundação da igreja O Brasil Para Cristo na década de 50 pelo missionário Manoel de Mello que era oriundo de fileiras assembleianas, foi para a Igreja Quadrangular e fundou sua própria denominação. Neste caso em particular, não estamos afirmando que o referido "rachou" a AD mas sim, de que a partir dele avolumam-se os crentes que convertem-se na AD, vão para outra denominação por causa da questão legalística assembleiana, ou, e é aí que considero muito mais lamentável o divisionismo da AD, com o desligamento da igreja de Madureira, RJ, da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus) em 1989.

Hoje, vemos lamentavelmente aumentar este divisionismo. Justamente ele está fervilhante com os recentes desligamentos da CGADB da igreja AD da Penha, que após a posse do Pr. Silas Malafaia como pastor-predidente, desligou-se da Convenção Geral e a igreja da Penha tomou o nome de Assembléia de Deus Vitória em Cristo. E agora vemos nas comemorações do centenário, a igreja da AD em Belém do Pará, presidida pelo pastor Samuel Câmara que ameaçou de também desligar-se da CGADB por causa de desavenças entre ele e o pastor José Wellington, presidente da Convenção. O pastor Samuel fez graves denúncias de várias irregularidades internas bem como nas eleições para presidente da instituição.

Assim, vemos com tristeza o brilho das festividades do centenário da AD esmaecer por causa das questiúnculas humanas. O pastor Câmara está conduzindo as comemorações do centenário de forma independente devido a este imbróglio. A CGADB continua, por sua vez, com seu calendário próprio, mantendo a igreja de Belém do Pará, a igreja-mãe da AD, alheia às festividades.

Por tudo isto e tudo o mais, venho aqui manifestar a proposta de EXTINÇÃO TOTAL DA CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL! Ou seja, propor que o poder que ali está nas mãos de alguns poucos e que infelizmente é usado para promover perseguições e desmandos, seja esvaziado. Que cada pastor vinculado à Convenção Geral cuide somente de suas igrejas e rebanhos. Que o sr. presidente da CGADB cuide apenas de sua igreja no Belenzinho, SP. É uma afronta o que está ocorrendo hoje nas AD's do Brasil, por meio da CGADB, que está sendo a protagonista em tudo o que se refere à Assembléia de Deus. Esta própria é que deveria ser reconduzida ao seu devido lugar na obra de Deus em nossa pátria e no mundo e não uma convenção de pastores que se digladiam em busca de poder político. Ali na CGADB predomina hoje o jogo de interesses, a baixa e porca politicagem, o "é dando que se recebe", ou seja, a imunda troca de favores, os conchavos e articulações que são uma afronta ao Espírito de Deus.

Através da CGADB, a liderança assembleiana nada tem de diferente dos políticos corruptos deste mundo. O testemunho, a força moral, a voz profética que deveria ser a tônica, é a lamentável exceção.

Não estou aqui defendendo a candidatura de outro presidente na CGADB. Samuel Câmara e Silas Malafaia foram os últimos candidatos a, respectivamente, presidente e vice-presidente da Convenção na última eleição. Perderam. O lobby político de José Wellington foi mais forte. O que estou defendendo, para o bem da AD no Brasil, é a extinção deste câncer maligno em que se transformou a CGADB. Ora, a Assembléia de Deus passou por uma intitucionalização no decorrer dos anos, como já me reportei, o que é perfeitamente natural em se tratando de organizações humanas, agora uma convenção, que era algo para ser uma reunião FRATERNA de pastores assembleianos brasileiros para discutirem, em clima de amor e grande fraternidade cristã, estratégias para alcançar esta nação com o Evangelho, transforma-se num balaio de gatos, num lugar irrespirável, que causa asco a todos que possuem um mínimo de decência e ordem (1Co 14.40).

Abaixo a Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. E por favor, não criem nada semelhante em seu lugar. Que cada igreja possa trabalhar, em suas regiões delimitadas pelo Senhor, pela proclamação da mensagem de Jesus Cristo, que salva, cura, batiza com o Espírito Santo e brevemente voltará. Chega das famigeradas AGO's - Assembléias Gerais Ordinárias. Chega de toda esta estrutura que reputo como desnecessária diante do que hoje se transformou a Convenção, por meio dos atuais mandatários (o pastor José Wellington já está na presidência há 21 anos....).

Leia agora na íntegra, retirado do site da CGADB (www.cgadb.com.br) a definição do que ela é:

Quem Somos

A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, CGADB , foi fundada em 1930 e registrada em 1946, pelos pastores Samuel Nystron, Cícero Canuto de Lima, Paulo Leivas Macalão, José Menezes, Nels Julius Nelson, Francisco Pereira do Nascimento, José Teixeira Rêgo, Orlando Spencer Boyer, Bruno Skolimowski, José Bezerra da Silva.
É uma sociedade civil de natureza religiosa, sem fins lucrativos.

Objetivos:

1. Promover a união e o intercâmbio entre as Assembléias de Deus;
2. Atuar no sentido da manutenção dos princípios morais e espirituais inspirados na Bíblia;
3. Zelar pela observância da doutrina bíblica, incrementando a evangelização e estudos bíblicos;
4. Manter a Casa Publicadora das Assembléias de Deus e propugnar pelo seu desenvolvimento;
5. Promover e incentivar a proclamação do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, no Brasil e no exterior;
6. Promover o desenvolvimento espiritual e cultural das Assembléias de Deus e manter a unidade doutrinária;
7. Promover a educação em todos os seus níveis e a assistência filantrópica;
8. Exercer ação disciplinar sobre os seus membros.

Infelizmente, o primeiro ítem não corresponde à realidade de forma alguma. E o último ítem é aplicado de forma desonesta e venal. Exemplo: Todas as convenções que apoiaram a candidatura de Samuel Câmara/Silas Malafaia são "disciplinadas" ou, nas palavras do pr. Câmara, sofrem um "linchamento", acesse o vídeo http://youtu.be/JQUjxq68SnA e confira você mesmo.

Esta é a minha palavra bem honesta sobre isto tudo. Glória a Deus pelos 100 anos da AD. E se Jesus ainda tardar a voltar, que outras datas festivas ocorram. Mas que cessem imediatamente as atividades da CGADB (QUE SÃO REALMENTE UMA VERGONHA), pelo bem da obra de Deus levada a cabo pela Assembléia de Deus no Brasil.

Eu conclamo a todos: Pensemos nisto.