segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quero mais!


O consumismo praticado pelo homem hodierno pode-se também dizer que é fruto da superabundância de bens produzidos e de estirpe variada. Por causa de sua inerente pecaminosidade, há no homem a necessidade de sempre querer satisfazer aos desejos de seu coração. Com isso, cresce na intenção de muitos o afã de querer sempre ter mais e mais em detrimento do que realmente é justo e necessário para si e sua família. A mídia e a publicidade estimulam a cada dia os consumidores e neo-consumidores, pessoas que chegaram recentemente ao mercado de trabalho e, naturalmente querem "sair às compras". Não estou aqui pregando uma vida monástica, eu mesmo sou um consumidor (como você também é). A partir da revolução industrial no século XVIII, a manufatura doméstica, produzida para consumo próprio e que caracterizava a sociedade até então, deu lugar a uma crescente produção de bens que facilitaram a vida do homem. Antes, roupas, móveis e demais utensílios eram produzidos artesanalmente e então o homem passa a partir da invenção da máquina a vapor a proporcionar a si mesmo de comodidades que não imaginara. Os séculos posteriores, principalmente o século XX assistiram a uma abundância jamais vista de bens e serviços. Jesus nos disse na parábola do homem rico que onde estiver o nosso tesouro, ali estaria também o nosso coração. Entendemos pela Palavra de Deus que o Senhor tem prazer em abençoar-nos em nosso trabalho pois é lícito o homem desfrutar do fruto do mesmo, Salomão escreve no livro de Eclesiastes 5.18,19 "Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias de vida que Deus lhe deu, porque esta é a sua porção. E a todo homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar de seu trabnalho, isto é dom de Deus." Há portanto um ponto de equilíbrio o qual vemos bem claramente na revelação de Deus onde claramente se vê que trabalhar e desfrutar de bens adquiridos e dom divino, porém no mesmo livro, o sábio Salomão adverte: "Todo trabalho do homem é para a sua boca, e contudo nunca se satisfaz o seu apetite (6.7)." Tudo o que Deus quer é que ponderemos bem suas instruções a nosso respeito que encontram-se em Sua eterna Palavra. O mal de nossos dias é que por causa do consumismo, muitos vivem somente de si para si mesmos como o rico da parábola, e Jesus foi taxativo: "E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." Temos pois como viver com alegria desfrutando do que nosso trabalho nos proporciona, ajudando ao necessitado e podemos sim escapar das armadilhas desses dias de "ofertas, descontos e liquidações." Pense nisto!

2 comentários:

  1. Olá Cicero?!
    O visual do blog é bem convidativo. Gostei bastante. Suas postagens são bem inteligentes, fico até confuso...hehehehe...acredito que você vai alcançar bem o público que deseja, até mesmo pela forma que expõe suas idéias.
    Vamos nos seguir por aqui...força dai manao
    abração
    cris

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  2. Infelizmente essa coisa do consumo está atravessada nas diferentes esferas da vida, até mesmo nas crenças religiosas. Determinadas liturgias parecem uma feira frequentada por uma clientela ávida por consumir...

    abração

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