Sendo claramente óbvio o título desta postagem, gostaria de tecer algumas considerações no que tange à diferenciação entre o seguidor de Jesus Cristo e o não-seguidor. Isto porque, devido à evolução dos tempos e dos costumes, o avanço da secularização e do pluralismo, vemos uma descaracterização do homem e da mulher cristã. Não estou absolutamente me referindo à questão da aparência exterior tão somente, muito embora em algumas comunidades, outrora fechadas no que tange ao uso de jóias pelas mulheres, por exemplo, já tenham permitido uma "abertura" neste sentido (e em outras questões parecidas com estas), refiro-me mais exatamente ao aspecto moral na vida de muitos que se dizem "cristãos".
Muitas vezes, já não quase mais se percebe a distinção que, evidentemente, deve haver entre discípulos e não-discípulos de Cristo. A pós-modernidade em muito contribuiu para estado de coisas. Ao defenderem a tese de que não há uma verdade final, absoluta, repudiando qualquer dogmatismo (note que esta própria afirmação dos pós-modernos já é em si um dogma), abriu-se a porta para que qualquer um que professe o nome de Jesus, só por causa disto, seja tachado portanto de "cristão". O abandono da crença na verdade universal certamente deixa implícita a perda de todo critério final e assim todas as interpretações humanas, inclusive a cosmovisão cristã, são igualmente válidas porque todas são igualmente inválidas.
Assim, é perfeitamente possível e aceitável hoje, que alguém seja tido por um crente em Jesus e possa igualmente venerar a Buda ou prestar plena adoração a um dos deuses africanos (orixás). Esta pluralidade de deuses é algo desejável e Jesus Cristo constitui-se em apenas mais um na concepção de muitos.
Se optam em servir-se no supermercado da religião com suas variadas e atraentes mercadorias, os "cristãos" de hoje, naturalmente, não têm a ética cristã como revelada nas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos como sua marca distintiva. Como aceitam todas as "verdades" como igualmente válidas, podem tanto simpatizar pela ética da família e do casamento, por exemplo, conforme manifestas na Bíblia, como poderão igualmente reverenciar esta ética como encontra-se entre os muçulmanos, os adeptos da Nova Era, etc.
É notório que o Cristianismo é uma fé exclusivista. Declara em alto e bom som que somente em Jesus Cristo temos o único caminho para a salvação do homem de sua vida de pecado e sua condução a uma reconciliação com Deus. Já o Hinduísmo, por exemplo, afirma o inclusivismo porque aceita igualmente todas as opções como válidas para se chegar a Deus, dentro de suas fileiras encontram-se tanto aqueles que creem numa chamada tríade hindu (Brama, Vixnu e Shiva) como outros que creem em mais de 300 milhões de deuses.
A Bíblia é categórica em afirmar: "Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve" (Ml 3.18). Deus não compactua e não compactuará jamais com aqueles que teimam em não fazer uma distinção entre aqueles que verdadeiramente O adoram e O servem e os que não o fazem ou pensam que assim o fazem. O escritor aos Hebreus declara: "Temos um altar, de que não tem direito de comer os que servem ao tabernáculo" (13.10).
O que tem acontecido hoje, por causa do crescimento da impiedade, é que muitos tem se deixado levar em redor por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9). O verdadeiro crente em Jesus, que serve a Deus agradavelmente em temor e tremor, é conhecido por Ele. Deus conhece os que são seus e em Sua onisciente visão, Ele sabe verdadeiramente aqueles que são Seus.
Pense nisto quando você for tentado a deixar os parâmetros bíblicos para aderir então à última moda gospel ou querer flertar com o mundanismo de alguma forma. Preocupe-se em que Jesus O considere como verdadeiro seguidor seu como ordena a Bíblia e não como os homens, inclusive eu ou você mesmo pensa que deve ser. Não caia neste laço do diabo e mantenha firme sua distinção e singularidade como um autêntico discípulo de Jesus Cristo.
Que a alta mão do Senhor dos Exércitos seja sobre ti.
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