segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O racionalismo de Descartes, fundamento do ateísmo contemporâneo


Atribui-se a René Descartes (1596-1650) a paternidade da filosofia moderna. Seu objetivo era a elaboração de um método de investigação que facilitasse a descoberta daquelas verdades integralmente corretas. Ele personificava a Idade da Razão que surgia. Descartes cria que a introdução do rigor da demonstração matemática nos campos do conhecimento tinha um grau de correção maior do que do conhecimento oriunda da observação empírica, sujeita a erros.

Havia uma diferença fundamental em Descartes em relação aos filósofos empíricos do século seguinte - ele não se deixou vencer pelo ceticismo. Em sua busca pelo conhecimento preciso, ele partiu da dúvida e nesta proposta, colocava em dúvida todas as coisas, porém chega a concluir de que há uma coisa, pelo menos, do qual nenhum ser pensante pode duvidar - sua própria existência. Tomando emprestado de Agostinho (354-430) ficou famosa a máxima cartesiana - cogito ergo sum - "penso, logo existo."
Ao comprometer-se radicalmente com a dúvida, houve, para grande alegria de Descartes a produção de uma certeza inquestionável e consequentemente um fundamento com base no qual seria edificada uma estrutura racional segura.

Isto posto, surge a partir da metodologia filosófica de Descartes uma nova visão do ser humano. Passa a definir o homem como uma substância pensante e a pessoa humana como sujeito racional autônomo. A ênfase é na experiência pessoal e no conhecimento pessoal resultante do ponto de vista particular do indivíduo. Fica assim estabelecida a partir de Descartes a centralidade da mente humana e o programa filosófico para os próximos três séculos. Os filósofos da modernidade acataram o método cartesiano, partindo também da dúvida e insistiam que toda a crença fosse considerada falsa até que sua veracidade fosse comprovada. A partir deste ponto, rompe-se o equilíbrio da cosmovisão do mundo medieval pautada pelo teocentrismo e passa-se a admitir o antropocentrismo. O ponto de partida para o conhecimento e a reflexão agora é o sujeito pensante, o homem e sua racionalidade, e não mais a revelação divina.

A Bíblia passará a ser submetida a métodos racionalistas para ser "devidamente" compreendida. O Iluminismo que surge a partir do método cartesiano influencia aos teólogos que passam a construir sua teologia sobre o fundamento da filosofia racionalista - para esses, a razão passa a ser, por si mesma, competente para a produção do conhecimento das verdades eternas.

Claramente são percebidas as implicações para a fé e a teologia por causa do racionalismo cartesiano. E esta influência chega fortalecida em nossos dias com a negação e ataques sistemáticos feitos à fé cristã e à Bíblia pelos ateus e céticos de plantão. Este fluxo é engrossado por aqueles egressos do Cristianismo que, por vários motivos, passam a posicionar-se contra o mesmo também rejeitando com veemência a Palavra de Deus.

O irônico é que René Descartes, ele mesmo, era um cristão. Ele cria na Bíblia e considerava Deus o ponto central em toda a sua filosofia. Logicamente, não podia imaginar que o seu método fundamentado na matemática, pudesse dar origem ao clima hostil e à rejeição que hoje se nota em muitos no que tange à Jesus Cristo, à Bíblia e a fé cristã em geral.

Obviamente somos seres pensantes, racionais. Entretanto, não rejeitamos, como cristãos, a fé na Palavra de Deus, a crença em Jesus e em seu nascimento virginal, nos milagres, etc. Isto porque, se Deus é realmente Todo Poderoso, Perfeito, Justo, Santo, pode satisfazer plenamente à mente humana crer na existência de tal Ser. As evidências a favor da Bíblia e a favor da existência de Deus são robustas. É razoável crer que Deus existe e que a Bíblia é a Sua revelação para o homem. Os cristãos não devem temer os ataques à fé que professam. A Igreja está guarnecida pela verdade bíblica (1 Pe 1.25). Crer é também pensar, como afirma um dos livros de John Stott. Não somos postulantes de uma fé racionalizada. Francis Schaeffer disse em A Morte da Razão que o racionalista coloca-se deliberadamente no centro do universo insistindo em sua pretensa autonomia e acaba assim destituído de significado e realce, nulo e sem valor real. Schaeffer ensina-nos ainda que o Cristianismo é um sistema constituído de um elenco de ideias que se pode discutir. Tem um princípio e se desenvolve desse ponto de partida em moldes que se não contradizem. Esse ponto de partida é a existência do Deus pessoal-infinito como Criador de tudo o mais que existe. Não é o Cristianismo, ainda citando Schaeffer, uma série vaga de experiências incomunicáveis, baseadas em um "salto no escuro", totalmente inverificável.

O que Descartes fez foi estabelecer a mais próxima certeza da existência de Deus - porque somente se Deus existe e não queira que sejamos enganados por nossas experiências é que poderemos confiar em nossos sentidos e processos lógicos de pensamento. Rejeitamos todo tipo de racionalidade portanto que nega a Deus e nega ao próprio homem ao declarar orgulhosamente que pode por meio de seus próprios processos mentais, descobrir a verdade sobre a vida, sobre si mesmo, negando a soberania de Deus sobre todos nós.

Pense nisto! Com esta expressão sempre concluímos nossas postagens. É preciso mais do que nunca pensar sobre a revelação que Deus faz de Si mesmo na Bíblia, pensar na obra consumada de Jesus Cristo na cruz, pensar sobre o homem, sobre nós mesmos, em que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, portanto em posição elevada em relação ao restante da Criação, mas ao mesmo tempo, estamos separados de Deus por causa da Queda acontecida em determinado ponto da história do homem sobre a terra. É inteira e completamente mais plausível o que está registrado nas Escrituras judaico-cristãs sobre Deus, o mundo e o homem do que podem os filósofos arguir com suas vãs especulações, ou, por outro enfoque, quando meros homens, meras criaturas de Deus, querem convencer a outras criaturas de que Deus é irreal.

Em tempo: Pense muito e continuamente sobre tudo isso. Que assim seja!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O púlpito pentecostal deve ser reformado


"É preciso que as igrejas pentecostais [...] acrescentem ao nosso ardente testemunho de experiência [...] esforço intelectual mais determinado a fim de expor com precisão a nossa fé. Não devemos nos deleitar com emoções profundas à custa de reflexões superficiais".
Donald Gee, teólogo pentecostal em 1935

Considero nossa teologia pentecostal consistente. Muito embora não tenhamos uma elaboração teológica mais aprofundada e acurada como os irmãos reformados, todavia, ainda assim, podemos verificar a biblicidade de nossa teologia. Todavia, é preciso falar acerca da palavra vinda de nossos púlpitos porque carecem exatamente de uma exposição muito mais aprofundada, muito mais bíblica, e como disse Donald Gee, deleitamo-nos nas emoções profundas à custa de reflexões superficiais.

Muitos pregadores de matiz pentecostal, são especialistas, pode-se assim dizer, em suscitar emoções em sua platéia. O labor teológico não é o forte destes irmãos, mas sim, a emocionalidade que agrada em cheio ao povo pentecostal. Sabemos que, de uma forma geral, em nossas igrejas pentecostais no Brasil, a predileção é pelo pregador inflamado, que com sua técnica emocionalista, arranca muitos glórias a Deus e aleluias da igreja reunida. Mas, a estruturação das vidas pela Palavra de Deus fica prejudicada. Também se sabe que, via de regra, se o pregador da noite for um homem de estudo, um mestre, não reconhecido como um pregador “avivalista”, ele é, em alguns lugares, rejeitado pelos crentes reunidos, porque na mente de muitos a teologia torna o crente “frio” ou “mundano”.

Este tipo de mensagem de ênfase emocional é de natureza antropocêntrica. Tendo o homem como centro, os pregadores emocionalistas, avivalistas, inconscientemente, têm como alvo que seus ouvintes “sintam as emoções gloriosas do Espírito Santo”. O misticismo toma lugar em detrimento à uma reflexão bíblica que gere cristãos mais maduros, mais plenos em Cristo e que saibam reflexionar os conteúdos fundamentais da Palavra de Deus.

Desta forma, defendo aqui a reforma do púlpito pentecostal. Eu mesmo, preguei algumas vezes nesta ênfase emocionalista. Mas eu sei que foi um desperdício, preguei minhas próprias ênfases, meus próprios pensamentos, ao invés de trazer uma mensagem oriunda de uma reflexão profunda e teologicamente abalizada na Palavra de Deus. Não devemos desprezar a paixão e o ardor na pregação, não estamos aqui absolutamente falando em mensagens formais, homileticamente perfeitas, mas sem a pujança da vida no Espírito, mas sim em mensagens de origens inteiramente bíblicas e teologicamente saudáveis. Isto porque, não quero estar fascinado por uma teologia contaminada pela psicologia ou a sociologia, por exemplo, trazendo aos meus ouvintes as últimas novidades nesta área. Isto não me interessa e não é o que Deus quer que eu pregue. O Espírito Santo sempre me orientará para que eu pregue todo o conselho de Deus (At 20.27) porque não é outro o alimento espiritual de que nós precisamos – unicamente a pura Palavra de Deus.

O púlpito pentecostal deve ser reformado. Outros púlpitos também. Mas falo prioritariamente do púlpito pentecostal, porque é este de minha ambiência e experiência cristã. São más as emoções? Não, foram dadas por Deus, fazem parte da integralidade humana. São inteiramente perniciosos os insights da psicologia, da sociologia ou de qualquer outra ciência humana? Não, todavia, a Palavra de Deus não será encontrada em nenhum outro lugar a não ser em púlpitos consagrados a transmiti-la de acordo com a direção do Espírito Santo. É na Igreja e através de pastores zelosos que o conselho de Deus, a Palavra de Deus, fará o que lhe apraz (Is 55.11) nas vidas e corações.

Deus tem muito a nos falar do púlpito. Urge que hajam púlpitos realmente consagrados a transmitir a mensagem divina. Uma pregação radicalmente saturada da Bíblia e não apenas baseada nela. Uma mensagem saturada da Bíblia, plenamente cheia dela, sendo a Bíblia amplamente explicada como deve ser para que todos entendam o que Deus quer nos falar. Não devemos entreter o povo com emoções, mas saturar a mente e o coração do povo com a riqueza e profundidade de todo o conselho de Deus.

Bíblia! É disso que realmente precisamos. E nada mais. Pense nisto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Não existem apóstolos contemporâneos


Alguns líderes da Igreja de nossos dias prezam grandemente os títulos e as posições exaltadas. Muitos pastores tem tomado para si o título de "apóstolos." Com toda sinceridade e com todo respeito devidos a estes amados irmãos, não consigo perceber no NT a direção para que alguém tome este título sobre si. Consideremos os seguintes pontos:

1) Em primeiro lugar, lemos o texto de Ef 4.11, onde se vê claramente os dons ministeriais da Igreja de Cristo: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (mestres). A supervisão da igreja era feita por estes ministros diferentemente dotados. Totalmente sob a direção do Espírito Santo e nada era feito segundo o critério humano;

2) Os apóstolos eram os representantes legítimos de Cristo aqui na Terra e deram prosseguimento à sua obra. A Igreja estava edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, Ef 2.20;

3) Receberam originalmente a revelação cristã, Ef 3.5 e foram testemunhas especiais da ressurreição de Jesus Cristo.

Precisamos agora perceber algumas características específicas dos apóstolos:

1) Chamada pessoal da parte de Jesus Cristo, Gl 1.1; Mt 10.1;
2) A operação de sinais, prodígios e milagres, 2 Co 12.12;
3) O cuidado das igrejas e a responsabilidade de fazer discípulos em todas as partes da terra, 2 Co 11.28; Mt 28.19; At 15.36.

O ensino dos apóstolos chegou até nós em sua forma definitiva como é encontrado no NT. Submeter-se aos ensinos do NT significa portanto submeter-se aos ensinos apostólicos. E quanto ao número de apóstolos, obviamente que o NT não fala somente nos doze e em Paulo, mas, outros foram denominados também de apóstolos, entretanto, o que deve ser percebido é que, fundamentalmente, um apóstolo era testemunha ocular da ressurreição de Cristo e Paulo foi claramente uma exceção gloriosa neste caso (não estava presente no momento da ressurreição de Cristo, até porque, nesse tempo, nem convertido era), mas mesmo assim era considerado uma testemunha conforme ele mesmo afirma em 1 Co 15.8, 9, porque vira o Cristo ressurreto, mesmo que a posteriori.

Está claro que a função apostólica tem a comissão de testificar, por palavra e por sinal, sobre o Cristo ressurreto e Sua obra terminada. O ofício apostólico jamais poderia ser repetido ou transmitido. Os apóstolos zelavam para que fosse provido um ministério local e não se nota transmissão de funções apostólicas, como se vê na função pastoral propriamente dita, 2 Tm 2.2; Tt 1.5-9.

É por isso que cremos que não se pode atribuir o título de apóstolo a alguém neste nosso tempo, muito embora, à semelhança de um apóstolo, possa ir pioneiramente a alguma terra onde não haja a presença do Evangelho e ali pregar a Palavra e estabelecer uma igreja cristã. Porém, isto é claro, é função de um evangelista. Alguns tomam sobre si o título de apóstolo com ares de apóstolo à moda do NT. É inaceitável. Conforme o Novo Dicionário da Bíblia de Edições Vida Nova: "Nem era também necessária uma tal transmissão. O testemunho apostólico tem sido mantido na obra permanente dos apóstolos e, o que se tornou normativo para séculos vindouros é o que ficou escrito no Novo Testamento. Nenhuma renovação do ofício ou de seus dons especiais tem sido necessária. Foi um ofício do alicerce; e a história da Igreja, desde então, tem sido a superestrutura" (1983, p. 98).

Rejeito portanto, os autodenominados "apóstolos." Rejeito os ministérios apostólicos. Vejo como algo desnecessário esta denominação "apostolar" e tem um "quê" de vaidade pessoal em alguns, não em todos. O apóstolo, na visão de muitos desses, é visto como alguém superior, inatingível, intocável, inquestionável. Todavia, não quero julgar as motivações de ninguém porque o Senhor, somente Ele, é o juiz, Tg 4.11, 12.

Quando digo que não existem apóstolos contemporâneos que fique claro que é no sentido, como frisei, de como é apresentado no NT e que alguns acham que podem repetir o ofício apostolar, ou que, de alguma forma, poderia ser transmitido. Já vimos que não se coaduna tal pensamento com o que se encontra registrado no NT.

Por favor, se possível, amigo e irmão, pense nisso.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Porque Ahmadinejad visita o Brasil?

Porque o Brasil deseja uma maior projeção internacional e o atual governo sabe disso muito bem e para tanto convida um líder altamente polêmico que afirma que o holocausto dos judeus nunca existiu. Só esta constatação já seria mais do que suficiente para questionar, e muito, um governante que pensa desta maneira.

Todavia como o pragmatismo e o relativismo são o pano-de-fundo de quase todo relacionamento entre os homens e governos pós-modernos, naturalmente o presidente Lula transita com muita desenvoltura por esta via. E por isso, empunha o discurso da tolerância ao convidar Ahmadinejad para visitar esta Terra de Vera Cruz onde, de maneira harmônica, convivem várias etnias de procedências diferentes.

O presidente iraniano bem que poderia aproveitar esta visita e procurar entender esta salada-de-frutas tropical que é o Brasil, a fim de que em sua querida pátria, o Irã, ele possa parar de perseguir os que discordam de seu governo.

Certamente que devemos ser tolerantes. O governo brasileiro assinou vários acordos com o governo iraniano de cooperação econômica. Isto é bom ou é mau à luz do que Ahmadinejad pensa? Só o tempo dirá se foi com acerto que estes acordos foram feitos, se esta parceria comercial se ateve somente no que tange às relações comerciais entre os dois países, ou se irá transbordar para a área política.

Nossa tolerância não deve excluir a denúncia do que ocorre no Irã hoje. Nem deve-se deixar o senso crítico de lado quando o sr. Mahmoud Ahmadinejad pronunciar barbaridades como "Israel deve ser varrido da face da terra."

Francamente, foi um tapa na cara de todo judeu a acolhida altamente amistosa e fraterna que o governante iraniano recebeu. Quero ver se da mesma forma, Lula irá apoiar Israel quando o Hamas e o Hezbollah (grupos terroristas apoiados pelo Irã) resolverem efetivar novas ofensivas que periodicamente fazem contra o território israelense como já aconteceu neste ano da parte do Hamas e Israel foi bastante criticado pela comunidade internacional (inclusive o Brasil) pela forma como reagiu contra estes terroristas palestinos.

Não nos enganemos. Não nos deixemos manipular. O presidente do Irã até aliviou um pouco o discurso quando foi entrevistado por um repórter da Rede Globo e não falou com a ferocidade habitual contra Israel.

O porque verdadeiro da visita do Ahmadinejad ao Brasil não encobre o fato da grande hostilidade sofrida pelo estado judeu e que aumentará ainda mais para que a palavra profética da Bíblia se cumpra: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mt 24.35). Jesus no sermão profético que pronunciou registrado neste capítulo 24 de Mateus profetizou a grande perseguição promovida contra os judeus da parte do Anticristo e seus aliados do qual, certamente, Ahmadinejad se faz um desses.

Oremos por todos, inclusive pelos governantes como manda a Palavra de Deus. Mas sejamos sábios em nossa análise do que se passa nos dias de hoje.

Irmão, considere bem o teor desta postagem e te conclamo: Pense nisto!

domingo, 22 de novembro de 2009

Eu digo não ao "Partido do Aborto"

Este era um assunto o qual planejava escrever qualquer hora dessas, mas tive o click inspiracional para agora fazê-lo ao ler o 'Mensageiro da Paz' deste mês na página 25 onde o pastor Elinaldo Renovato de Lima, conceituado articulista, discorre sobre a postura do Partido dos Trabalhadores (PT) em fazer aprovar leis pró-aborto no intuito de plenamente legalizar esta abominável prática. Ou seja: É A OFICIALIZAÇÃO PELO ESTADO DO HOMICÍDIO. Não aceito de forma alguma o discurso dos pró-abortistas de que a mulher é dona de seu próprio corpo. Não é. Nem nunca será. Porque nenhum ser humano é autônomo, Deus é o dono de tudo e foi Ele que soberanamente criou-nos a todos. O ABORTO É CRIME!

Dois deputados do PT Luis Bassuma (PT/BA) e Henrique Afonso (PT/AC) não concordaram com a filosofia abortista que domina este partido e, arguidos pela consciência, resolveram não aderir a esta postura oficial e ofensiva a Deus e passaram a defender a vida. Foram então punidos com a expulsão das fileiras do PT. Deputados estes que, não deram o mau exemplo de outros parlamentares do referido partido que meteram a mão no dinheiro público, que tentaram enriquecer às custas do erário. Deputados estes questionaram a descriminalização do aborto com coragem e por isso foram punidos. É revoltante. É vergonhoso.

A filosofia materialista e relativista deste partido também é compartilhado pelo PC do B e PPS. Miseravelmente, o governo Lula em seu segundo mandato através de seu ministro da saúde, José Gomes Temporão insistiu na aprovação do Projeto de Lei 1135/91 afirmando convictamente que "o aborto é uma questão de saúde pública." Todavia, esta proposta foi rejeitada duas vezes. Mas o PT não se deu por vencido e continua em sua luta pela plena aprovação de sua lei pró-aborto.

O que causa espécie é pensar que há determinados "cristãos" que concordam com a prática do aborto. O que passa na cabeça deles? Ou melhor, o que se passa com o coração, com a alma? Edir Macedo, o maioral da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) declara abertamente sua posição a favor do aborto e a Rede Record, de sua propriedade, criou um comercial que está no Youtube (Título: Record E O ABORTO: Eu decidi matar bebês). Não só na IURD como em outras denominações evangélicas, existem os lobos travestidos de ovelhas que insistem que o aborto não é crime e, à semelhança da mulher do comercial da Record/IURD, declaram descaradamente que a mulher pode fazer do seu corpo o que quiser.

Faço minhas as palavras do pastor Elinaldo: "Reflitam muito sobre em quem votar nas próximas eleições nos anos seguintes. Se votarem em algum candidato filiado a esse Partido do Aborto, estarão sendo cúmplices de crime hediondo, da destruição de vidas humanas inocentes em seus primeiros dias ou meses de gestação."

Certamente o mundo está sendo preparado para a ascensão do Anticristo. A morte será mais e mais cortejada por aqueles que, inspirados por Satanás, almejam a destruição da obra-prima de toda a criação, o homem. O diabo tem colocado nos corações desses pervertidos (inclusos muitos cristãos) a opção pelo aborto, pelo descarte de vidas, simplesmente se a mulher não desejar continuar aquela gestação e ter o bebê. A Bíblia diz: "Eu te louvarei, porque de um modo assombroso,e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem" (Sl 139.14). É obra maravilhosa de Deus a formação do ser humano no ventre de sua mãe e é motivo de louvor para o salmista.

Não venham aqueles que defendem o aborto utilizando a argumentação de estupro, de má formação fetal, etc. Isto é relativizar a questão. Deus é soberano. Ele tem poder. Ele pode tornar o mal em bem. Tudo está em Suas mãos porque Ele é onipotente. Está registrado na Palavra de Deus que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados pelo Seu propósito (Rm 8.28). Mas para os abortistas, tudo concorre para o mal, porque não amam a Deus e Ele abomina o pecado que praticam.

Irmãos, é hora de estarmos bem firmes. Não ao aborto. Não aos partidos ou candidatos que assim creem. A favor da vida, a favor de Deus e Sua Palavra.

Bem disse o Senhor Jesus: "Serpentes, raça de víboras, como escapareis da condenação do inferno?" (Mt 23.33).

Por favor,te conclamo, pense nisto!


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

E a Bíblia continua sendo rejeitada por essa geração....


A incredulidade no meio acadêmico em relação à Bíblia não é segredo para ninguém. Conjugam-se esforços a cada dia para trazer à lume pesquisas científicas que provariam que as Escrituras não passam de um livro como outro qualquer.

Os pressupostos utilizados pelos pesquisadores seculares são o começo para que possamos entender a grande rejeição das Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Esses pressupostos incluem o uso da razão humana que desemboca numa rejeição dos milagres narrados no texto sagrado e a não atribuição da inspiração divina sobre os escritores bíblicos. Segue-se com isso que, naturalmente, negam a existência de Deus. Se Deus não existe, logo, o compêndio que é chamado de Livro de Deus não passa de uma fábula.

A crítica contemporânea em relação à Bíblia está firmada sobre os trabalhos da Alta Crítica desenvolvida nos séculos 18 e 19 nas universidades alemãs onde métodos de investigação e análise foram desenvolvidos por historiadores para reconstruir o passado. Nestes estudos, procuram descobrir a data de cada livro, seu autor, seu propósito e características de estilo e linguagem. A Baixa Crítica, também conhecida por Crítica Textual, por outro lado, é a que se ocupa do estudo do texto em si. Observa os manuscritos existentes para estabelecer qual o texto mais aproximado do original. Suas investigações têm deixado textos muito exatos e dignos de confiança. A crítica bíblica, tanto a textual como a alta, pode lançar muita luz sobre as Escrituras, sendo aplicada com reverência e erudição. O exemplo dos Pais da Igreja, dos reformadores e dos eruditos evangélicos demonstram o grande benefício que obtiveram e para toda a Igreja, dos estudos feitos sob este prisma adequado. Infelizmente, os críticos alemães, sob a deletéria influência do racionalismo daquele tempo, chegaram a conclusões que, começando naquela época, geraram um crescente repúdio e a hostilidade para com a Bíblia em nossos dias aumenta cada vez mais.

Os estudiosos alemães aceitaram a teoria idealizada pelo filósofo Hegel de que a religião dos hebreus teria seguido um processo evolutivo. Assim, no princípio de sua história, os israelitas acreditavam em muitos espíritos, depois desenvolveram a crença em um só Deus, e mais tarde chegaram à fase sacerdotal. Igualmente o culto dos hebreus veio a evoluir quanto aos seus sacrifícios, suas festas sagradas e seu sacerdócio.

A base fundamental de toda a Alta Crítica, assenta-se na Hipótese Documentária de Julius Wellhausen e Karl H. Graf. O Pentateuco foi entendido como tendo sido composto por vários autores e não por Moisés. Assim, o produto resultante desta infundada teoria e tantas outras é o clima predominante nesta nossa época pós-moderna, tempo de desconstrução e de aceitação de múltiplas narrativas, todas consideradas igualmente válidas.

A Arqueologia têm trazido ao conhecimento de todos que queiram enxergar, descobertas que têm provado muitas das afirmações do Antigo Testamento. A historicidade de grande parte do livro de Gênesis vem sendo confirmada, por isso, já não se pode denominá-lo de "uma coleção de lendas cananéias adaptadas pelos hebreus." Particularmente no que tange ao Pentateuco, rejeitar Moisés como seu autor é, de maneira óbvia, obra de estudiosos que creem cabalmente de que não existe nenhuma ação sobrenatural de Deus no mundo, nem jamais houve. Para eles, seria absurdo acreditar em todas as informações históricas escritas sobre a criação do mundo, o Dilúvio, a travessia do Mar Vermelho, Deus falando a Moisés, etc.

As pesquisas do erudito liberal estão assentadas no pressuposto de que nada de sobrenatural existe na Bíblia, sendo que tudo o que é referente a milagres são considerados relatos míticos.

Em contrapartida, o erudito conservador parte do pressuposto de que Deus interveio milagrosa e sobrenaturalmente em determinadas épocas conforme o relato bíblico deixa inteiramente demonstrado.

Consultando ao Texto Sagrado com ideias preconcebidas revestidas de um ceticismo absoluto, naturalmente que estes pesquisadores e todos que se servem do resultado de seus estudos, continuamente estarão a rejeitar a verdade eterna da Palavra de Deus.

Cumprem-se assim as palavras de Jeremias: "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor" (17.5) .

Irmãos, mais do que nunca, devemos proclamar em alto e bom som e por todos os meios, a verdade da Palavra de Deus. Devemos escrever e publicar livros, artigos, estudos, reportagens, postagens, enfim, o que for de nosso alcance e capacidade para refutar as afirmações de homens néscios, insensatos, desprovidos de entendimento, que tratam a Bíblia como um mero livro humano, que rejeitam o Deus da Bíblia e tentam a cada dia ridicularizar a bendita figura de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quanto a mim, em que pese minhas inúmeras falhas, minhas fraquezas e defeitos, continuarei neste afã de escrever e contribuir para que a Palavra de Deus seja amplamente divulgada, esperando no Senhor que Sua santa semente caia em terreno fértil.

E quanto a ti? Já pensou sobre isso? Então comece agora mesmo, em o Nome de Jesus, pense nisto.

"Porque
Toda a carne é como a erva,
E toda glória do homem como a flor da erva.
Secou-se a erva, e caiu sua flor;
Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.
E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada."

1 Pedro 1.24,25



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Igreja: Vivendo em esperança e em expectativa


Vivemos como Igreja do Senhor na dimensão da esperança e da expectativa escatológica. Sabemos, pelas Escrituras do AT e NT, que Jesus Cristo retornará e estabelecerá o Seu reino sobre todas as coisas (Dn 7.13, 14).

É a Igreja, por vocação, um lugar de esperança. Organismo vivo, composto de muitos membros e com variadas funções (1Co 12.12-31; Rm 12.4-8), está a Igreja comissionada por Deus para proclamar esta esperança, oriunda que é da verdade do Evangelho.

Nossa expectativa é pelo breve retorno de Nosso Senhor nas nuvens do céu e nosso arrebatamento e união com Ele para todo o sempre.
O crente em Jesus nutre-se desta esperança. E por causa da iminência do retorno de Jesus, vigia e ora (Mt 26.41) como Ele mesmo ordenou que fizéssemos.

Fundamentado no que diz a Palavra de Deus, tem a Igreja portanto o que realmente oferecer a um mundo sem esperança e que não nutre expectativas alentadoras sobre o estado do mundo e seu futuro, futuro este quase sempre projetado em tons sombrios de guerras, fomes, poluição e destruição do meio ambiente, etc. Para este mundo está a Igreja plenamente comissionada para oferecer a luz e a verdade que promanam do Evangelho.

Todavia, lamentavelmente em inumeráveis vezes em sua história e ainda hoje, vemos uma Igreja não cumpridora desta santa vocação de esperança e expectativa. Uma Igreja afetada por ventos de doutrinas (At 20. 29, 30; Ef 4.14; 2 Pe 2.1-3; Jd 4), por divisões e dissenssões (1 Co 3.1-3), uma Igreja morna (Ap 3.15,16) e, infelizmente, uma Igreja apóstata (1 Tm 4.1-3).

Urge que aconteça um pleno retorno ao fundamento único e seguro da Bíblia Sagrada (Ef 2.20). Que haja igualmente um fervor renovado na vida de cada cristão individualmente. Uma real conversão de nossos afetos a Deus, num relacionamento inteiramente calcado no amor à bendita Pessoa do Senhor e ficando de fora qualquer coisa menor que isso, porque a verdade é que muitas vezes nosso relacionamento com Deus tem como base somente o interesse mesquinho em Suas dádivas, Suas bençãos e não em Sua própria Pessoa, como realmente Ele é, em Seus divinos e gloriosos atributos e na magnificência augusta de Sua presença que nos atrai.

Portanto, só oferecerá real esperança ao mundo, aquele cristão que, individualmente, serve a Deus conforme orientações em Sua Palavra, e a Igreja, coletivamente, faz da mesma forma e sinaliza ao mundo a glória do Evangelho.

Nossa esperança e expectativa são utilizadas pelo Espírito Santo, creio, para atrair muitas almas para Cristo. Quando a comunidade dos redimidos vive exultantemente, mesmo em meio a variadas tribulações, dando glória a Deus por tudo, causará um efeito de atração para vidas destroçadas pelo pecado. Quando a comunidade dos redimidos vive em união (Sl 133.1), procurando autenticidade nos relacionamentos e vivendo verdadeiramente à luz do Evangelho, atrairá vidas que vivem em desilusão. E é esta Igreja, alegre, unida, por causa do amor de Deus e pela esperança e expectativa presentes em si que haverá de buscar, cuidar e restaurar o ser humano pecador através do poder de Deus.

O Espírito de Deus continuamente trabalha em nós, quer individualmente (Fp 1.6), que coletivamente (1 Co 12.1-31). Permitamos este bendito trabalho do Parácleto divino. Não podemos cometer os erros do passado e nem ser derrotados pelos clamores vãos do presente. Viver em esperança e expectativa pelo breve retorno de nosso Senhor e Salvador é característica fundamental da comunidade dos redimidos - fator que distingue a Igreja de Cristo de qualquer outra instituição do mundo.

Pense nisto e que seu coração esteja inundado pela esperança e você possa viver na expectativa do breve encontro com o Senhor Jesus. Deus te abençoe.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Compreendendo os meus caros amigos apóstatas


Que esperança, que perspectiva de vida tem aqueles que um dia conheceram a Jesus, foram participantes das bençãos do Evangelho mas apostataram da fé?

Estão se cumprindo hoje, de forma acelerada, as palavras de Paulo em 1 Tm 4.1: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores,e a doutrinas de demônios." Muitos há que neste presente momento estão abominando a fé que um dia abraçaram, seja aquele que foi criado no seio de uma família cristã ou que recebeu a Cristo por ter sido alvo de evangelismo. O secularismo e o ateísmo crescem continuamente e efetivamente tem afetado a muitos que têm crido em Jesus.

Eu tenho um amigo que estava aborrecido com as inconsequências e incoerências da igreja e seus líderes e, sendo influenciado por um professor universitário, humanista e ateu, aos poucos teve sua fé solapada e, quando finalmente entrou na universidade, foi complementado o processo deletério em sua mente e coração que começara anos antes. Criado por pais cristãos evangélicos, foi líder de juventude na igreja e pregador talentoso. Todavia, e eu entendo muito bem, decepcionou-se com o sistema eclesiástico e nem quis considerar a possibilidade de migrar para uma outra denominação, vindo a abandonar a fé e hoje fala contra a mesma e contra os amigos que desejam trazê-lo de volta. Este amigo em sua atitude de voltar as costas para tudo o que representa a igreja ou o Evangelho, não está sozinho. Veja por exemplo, o que disse Rubem Alves ex-pastor presbiteriano: "Hoje, as idéias centrais da teologia cristã em que acreditei nada significam para mim: são cascas de cigarras, vazias. Não fazem sentido. Não as entendo. Não as amo. Não posso amar um Pai que mata o Filho, para satisfazer sua justiça."

Incrementam-se os ataques a Deus, à Bíblia e à fé cristã a cada dia. Veja homens como Richard Dawkins ou Daniel Dennett nos dias de hoje ou Friedrich Nietzsche e David Hume, por exemplo, no passado. Aqueles que optam por abandonar a fé, escolhendo a sabedoria do mundo, como o meu amigo já citado, firmam-se em valores da filosofia humanista é declaram que o Cristianismo é irrelevante, não tendo nenhuma aplicabilidade para o homem atual. Outros há que reconhecem a fé cristã até certo ponto, mas não o recebem totalmente porque sabem das implicações morais para suas vidas - como disse Dostoiévski em Os Irmãos Karamazov: "Se Deus não existe, tudo é permitido."

Os ateus podem ser distinguidos de duas maneiras: os teóricos são aqueles que por meio de argumentos, procuram defender a ideia da não-existência divina. Os práticos são aqueles que até afirmam que Deus existe, mas vivem de tal maneira que esta sua forma de viver equivale a negar, por meio de suas atitudes, a existência do Todo-Poderoso que criou todas as coisas incluindo o homem. Tanto um como o outro são condenáveis sob a ótica divina.

Estou abarcando com esta argumentação, aquele que, criado nos princípios do Evangelho, aborrece-se com a instituição eclesiástica ou com a liderança, ficando muitas vezes amargurado e irresolvido nesta parte. Muitos começam a fazer pouco da igreja, menosprezando-a e começam a generalizar achando que todas são iguais, que todas possuem as mesmas falhas e injustiças que porventura possa ter sofrido. E o que é mais grave, passam a rejeitar os pressupostos bíblicos, a sã doutrina, a teologia e entregam-se às especulações vãs da filosofia. Ou, reinterpretam a teologia de acordo com os seus próprios pressupostos, de acordo com sua nova cosmovisão.

Tudo isto, para nós que estamos batalhando na fé que de uma vez por todas foi dada aos santos (Judas 3) causa tristeza, causa mal-estar. Saber que alguém que trilhou o caminho estreito do peregrino cristão, resolve tomar outro caminho, a via plana da fé humanista, hedonista e relativista. Entretanto, a Palavra de Deus cada vez mais se confirma em sua veracidade em face destes que assim procedem. Fica a lição de que a igreja, muitas vezes, constitui de fato um empecilho para a fé e para o crescimento saudável do discípulo de Cristo. As convicções cristãs dos crentes deveriam ser melhor trabalhadas, a Palavra pregada com excelência em mensagens expositivas, a vida de devocionalidade, o pleno cultivo da espiritualidade, a vivência de um Evangelho integral abrangendo a totalidade da vida do cristão, num ambiente de real comunhão, na prática da mutualidade, uns cuidando dos outros em amor fraternal, faria com que a fé débil e fragilizada que muitos manifestam, pudesse ser trabalhada suscitando seu crescimento e amadurecimento.

Infelizmente, muitos não observaram a recomendação do apóstolo Paulo em Cl 2.8 e tornaram-se presas das filosofias e vãs sutilezas, segundo as tradições e rudimentos do mundo. Agora estão rejeitando o glorioso Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Que se pode fazer? Continuar a amá-los, continuar a orar por eles rogando que o Espírito Santo os traga à razão.

Que nós como Igreja una e santificada pelo sangue do Cordeiro, possamos refletir e contribuir para que esta Igreja seja de fato Igreja neotestamentária, cristocentrada. Sendo desta maneira, o impacto causado nas vidas, cremos, fará com que jamais alguns queiram afastar-se dos caminhos do Senhor. A vida cristã autêntica e íntegra é um poderoso atrativo para alcançar outros para Cristo.

Se você faz parte do povo de Deus, pense nisto!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O muro de Berlim caiu, mas há outros muros....


Foi triunfal a queda do famigerado muro de Berlim em 09 de novembro de 1989. Um fato histórico que determinou os caminhos do capitalismo e do comunismo, demonstrando notadamente a crueldade deste, todavia, não se pode esquecer as mazelas daquele.

Angela Merkel, atual chanceler alemã, disse que a queda do muro "foi o dia de uma vitória da uma liberdade que deve ser defendida a cada dia." Lembrou que tal momento não teria sido possível sem a generosa ajuda "de nossos aliados."

O muro de Berlim foi erigido a partir de 13 de agosto de 1961 numa tentativa dos comunistas de impedir a passagem dos alemães orientais para o lado capitalista onde os salários eram muito melhores e havia liberdade. A cidade de Berlim estava isolada dentro da Alemanha Oriental e a solução que os comunistas previram para a evasão de pessoas foi construir o muro. Eram 3 metros de altura e na realidade os comunistas fizeram um outro muro recuado aproximadamente 100 metros do outro e neste espaço entre muros havia arame farpado, minas, metralhadoras acionadas por células fotoelétricas, pedaços de trilhos de trem para obstruir a passagem de carros e cães treinados.

Oficialmente, morreram 180 pessoas, mas a conta passa de 800 mortos dos que tentaram atravessar o famigerado muro. Porém, muitos conseguiram passar para o lado capitalista de variadas formas - em porta-malas de veículos, de ultraleve, nadando sob o arame farpado (havia trechos de água, lagos, por onde passava a cerca de arame), cavando um túnel, escondido em materiais de construção transportados por caminhões, ou simplesmente pulando o muro.

Por 38 anos os cidadãos berlinenses conviveram com esta situação trágica. Mas com os ventos de liberdade que começaram a soprar na hoje extinta União Soviética, não demorou muito para que o governo comunista permitisse que seus aliados abrissem as fronteiras, sendo que os primeiros países foram a Hungria e a Tchecoslováquia (que hoje se constitui em dois países - a República Tcheca e a Eslováquia) em meados de 1989. E em 09 de novembro do mesmo ano, o governo alemão-oriental libera a travessia entre as duas Berlins. No dia seguinte, a população de forma totalmente espontânea começa a demolir o muro com picaretas e marretas.

Hoje, vemos a pujança da Alemanha reunificada, conhecida como a locomotiva da Europa por sua força industrial e financeira. Apesar dos abalos econômicos da década de 90, a Alemanha é um país com um alto padrão de desenvolvimento humano e econômico, sendo uma das grandes potências do globo.

Um muro físico foi derrubado. Mas, e os muros que continuam a estar da pé? Falo aqui dos muros da xenofobia e do neonazismo. As minorias étnicas sofrem para serem inseridas no tecido social alemão e em outros países da prosperidade européia.

Na Alemanha de hoje há um partido político, o NPD (sigla para Partido Democrático Nacional da Alemanha) e outros partidos da extrema direita (que são fragmentados e não conseguiram nem 5% de votos necessários para ocupar uma vaga no congresso alemão) que vislumbram boas perspectivas de fazerem vicejar sua ideologia extremista sobre o racismo. É incrível como estas ideias odiosas tem crescido ultimamente na Alemanha e em outros países da Comunidade Européia como a França por exemplo. Aproximadamente 10% da população da Alemanha é de estrangeiros dos quais 28% são turcos. Estes são os mais atingidos pela discriminação e esta é especialmente visível em demonstrações da extrema-direita e em músicas sendo que estas últimas já criaram um novo mercado: o mercado do rock de direita.

Outro muro é o que existe na cabeça dos alemães, o chamado "muro psicológico." Os salários mais baixos e o maior desemprego no leste da Alemanha demonstram que após a unificação do país, ainda há muitas insatisfações que são terreno propício para o avanço das ideias xenófabas e racistas.

Isto demonstra para nós, Igreja de Cristo, que a Alemanha e a Europa como um todo devem ser um alvo constante de nossos esforços missionários porque cremos que o Evangelho tem poder para quebrar as trevas espirituais que se abatem sobre aqueles povos, em que pese o desenvolvimento e a prosperidade. A própria Alemanha é um país de muitos ateus e/ou pessoas que são indiferentes a fé cristã, o índice de cristãos alemães é muito baixo e o que predomina é o nominalismo entre aqueles que se dizem seguidores de Cristo.

Por isso, creio que o maior muro a ser derrubado é o muro da separação entre o homem e Deus. Isso fará com que os muros da xenofobia e do racismo sejam derribados e possa acontecer o que está escrito em Ef 2.14-17: "Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto."

Deus fez com um muro de concreto caísse. Não teria Ele poder para que os muros nas vidas de muitos, o ódio, a discriminação, a indiferença, a vingança, o egoísmo, fossem derrubados da mesma maneira?

Eu creio no poder deste grande Deus. E você? Pense nisto!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A estudante, a lascívia e a hipocrisia


Realmente causou um frissom o caso da universitária de São Paulo que teria provocado aos colegas ao usar determinado vestido, vindo a sofrer hostilidades dos alunos. A direção da Universidade Bandeirante (Uniban) em São Bernardo do Campo, votou pela saída da aluna da instituição.

Segundo o advogado da Uniban, não teria sido propriamente pela vestimenta, mas a jovem teria provocado aos alunos por ter levantado a saia. Em comunicado pago publicado em jornais do estado de São Paulo, a universidade informou ter decidido expulsar a jovem "em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos da dignidade acadêmica e à moralidade". "Foi constatada atitude provocativa da aluna, que buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar que já manifestava há tempos", diz a nota da Uniban. A direção da instituição acrescentou ainda que a atitude dos alunos foi "uma reação coletiva em defesa do ambiente escolar". A direção informou que os alunos e funcionários da universidade foram consultados antes de ser decidida a expulsão da estudante.

O que acho interessante nesta história real, é o fato de que a hipocrisia salta aos olhos de todos que viram as imagens nas reportagens nos telejornais. Alunos subiram na parede, disputando para observar a aluna dentro da sala por uma janela acima da porta, regozijando-se em contemplá-la em seus trajes provocantes.

Todos nós sabemos que estamos vivendo em uma sociedade erotizada onde o sex-appeal é fortemente estimulado desde que o jovem entra na puberdade e até antes. A mídia estimula a sexualidade constantemente por meio de imagens e programações que, se não são explícitas, demonstram de maneira expressiva o apelo do sexo de muitas formas. Todos sabem disto, não é fato oculto de ninguém de que há uma liberalidade no tocante às roupas que mulheres e também os homens utilizam no intuito de chamar para si a atenção, atraindo olhares e despertando a lascívia latente em seus corações.

No episódio da Uniban, não duvido de que a jovem possa ter provocado aos alunos, mas, com toda sinceridade, aqueles seus colegas estavam ali hostilizando-a, todavia, quantas vezes não devem ter se deleitado com as curvas daquela jovem, quantas vezes não devem ter alimentado em seu coração desejos libidinosos tendo como alvo aquela colega de estudos? A hipocrisia neste caso é gritante porque não estamos em nenhuma hipótese diante de alunos "santinhos", "comportadinhos", longe disso, o que eles mais queriam era que a jovem continuasse a expressar sua sensualidade para que eles se deleitassem mais e mais.

Essa é uma realidade desta nossa sociedade que jaz no maligno (1 Jo 5.19). Os homens estão entregues aos seus próprios apetites e desejos. Conforme Romanos 1.24, homens e mulheres que não conhecem ao Senhor Jesus Cristo, que não passaram pela experiência vital do novo nascimento, estão entregues à imundícia, pela concupiscência de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre si. Por isso cresce a cada dia a imoralidade que, como já foi citado, é estimulado todos os dias nas programações televisivas sem pudor algum.

Mas Deus não se deixa escarnecer. Deus julgará o mundo, aproxima-se o dia do acerto de contas entre o Criador e Suas criaturas. Todo pecado e desejo ilícito dos homens será julgado naquele grande dia (Rm 2.16; Ap 20.11-15; 21.8).

Por isso amigo, se você ainda não conhece ao meigo Salvador, que entregou Sua vida para salvá-lo do pecado e de uma eternidade longe de Deus, para sempre apartado de Sua presença, pode ainda hoje recebê-lo para que uma mudança gloriosa se efetue em seu interior. Você, que é egocêntrico precisa ser cristocêntrico em sua existência afim de agradar a Deus.

Pense nisto, pense na podridão moral que o rodeia, pense que Deus ama a todos os seres humanos que Ele criou, mas abomina cabalmente as rebeliões e pecados destas mesmas criaturas. A imoralidade, a prostituição e tantos outros pecados campeiam nesta sociedade e cada vez mais os homens atraem a ira de Deus para si mesmos por causa destas atitudes.

Não fique longe do amor de Deus, não despreze o amor de Jesus por você, mas uma vez te rogo: Pense nisto!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cuidado com o dano da segunda morte


Está findando o dia de hoje, 02 de novembro, dia de Finados. Sem dúvida, respeito à memória dos que se foram não se discute. Todavia, quero me reportar não ao dia da morte ao qual todos os seres humanos poderão passar. Disse poderão porque para o crente em Jesus, existe a bendita expectativa e esperança de que Ele voltará e levará para Si os que estiverem vivos na ocasião. Esses não passarão pela morte e muito menos serão atingidos pela segunda morte. E é sobre essa que quero discorrer.


Esta morte refere-se ao destino final de todos aqueles que rejeitarem a Deus e a salvação por meio de Seu Filho, Jesus Cristo. Apocalipse 20.14 declara de maneira indubitável que a segunda morte é o lago de fogo (gr. geena). Lugar final, lugar definitivo para os ímpios. As duas personagens que inaugurarão o lago de fogo, segundo Ap 19.20 são a besta, ou seja, o anticristo e o falso profeta. Todavia, Jesus, em Mt 25.41 declara que este lugar foi preparado para o diabo e seus anjos. É para um lugar destes que todos aqueles que rejeitarem a Cristo nesta vida irão, e terão como companhia, nada menos que Satanás, os demônios, o anticristo e o falso profeta. Mas não é só isso.


Apocalipse 20.14 diz ainda que a própria morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades) foram lançados no lago de fogo. Este lugar é, na realidade, o verdadeiro inferno, lugar onde, segundo as palavras de Jesus que lemos em Mc 9.43-48, o fogo nunca se apagará. Jesus disse ainda que Deus pode fazer perecer no inferno, tanto a alma como o corpo (Mt 10.28). Os ímpios ressuscitarão após o Milênio, segundo Ap 20.11 e comparecerão perante o Grande Trono Branco no dia do Juízo Final para receberem o veredito e irem para o lago de fogo. Desta forma, estará sendo cumprida a passagem de Mt 10.28, pois haverão de ressuscitar, retomando seus corpos e em seguida irão para aquele lugar terrível.


Esta segunda morte é final. Não há retorno. Não haverá nenhuma espécie de contemporização. Hb 9.27 informa taxativamente que aos homens está ordenado morrerem, vindo após isto o juízo. QUEM REJEITA A JESUS HOJE, ESTÁ COM SEU DESTINO RESERVADO PARA AQUELE LUGAR!


Atentemos bem para o que descreve o escritor de Apocalipse, João, no cap 20.6: "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos."


Assim, amado leitor deste blog, quer seja cristão ou não, saiba que a Palavra de Deus deixou a orientação sobre o nosso destino eterno de forma bastante clara. Para os que aceitam ainda em vida a mensagem do Evangelho e recebem a Jesus Cristo como seu Único e suficiente Salvador, passando a viver uma nova vida por meio do Espírito Santo, pode descansar inteiramente no poder de Deus em preservá-lo até ao fim. Mas, aos que rejeitam a Jesus, aos rebeldes ao Evangelho que ouçam o que diz a Palavra: "Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte" (Ap 21.8) .


Cuidado com o dano da segunda morte. Se morreres sem conheceres a Cristo, saibas que passarás por esta primeira morte física, mas invariavelmente já estarás contado entre aqueles que participarão da ressurreição dos injustos após os mil anos do governo de Cristo sobre a Terra. Julgado diante do Soberano Senhor do Universo, irás para o teu destino eterno, o lago de fogo.

Pense com seriedade sobre esta verdade bíblica e, se é o caso, rogo-te a que te reconcilies com Deus. Abandone já o pecado e receba a salvação de graça na Pessoa de Jesus, porque não é da vontade de Deus que o homem se perca eternamente.

Como está escrito: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte" (Ap 2.11).