sexta-feira, 26 de novembro de 2010
A bela e eficaz ação do Estado: Respira Rio!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Trânsito que mata e que aleija, o que fazer?
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
O cristão pode contribuir para o bem deste mundo?
Se alguém é um autêntico seguidor de Jesus Cristo não só pode como deverá assim proceder como expressão de sua fé no Salvador. A variedade e complexidade dos problemas humanos é amplamente conhecida. Para todos esses problemas, o Evangelho se apresenta como a resposta divina a um mundo que foi tremendamente afetado pelo pecado. Evangelho este vivido e praticado em sua integridade, com plena autenticidade por homens e mulheres salvos, regenerados, justificados, santificados, ou seja, retirados da atmosfera perversa deste presente século com seu modus vivendi contrário a Deus e enviados agora, comissionados pelo próprio Senhor que os salvou (Jo 17.18) para anunciarem entre seus semelhantes a glória do Evangelho que é restaurador em sua natureza.
O mundo clama pela luz do Evangelho. O mundo anseia pela manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19). Jesus claramente disse que nós, seus discípulos, somos sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). Satanás e os demônios atuam na atmosfera espiritual deste século. Não estão, todavia ,fora do controle do Senhor. Mas, segundo a mesma Palavra de Deus, as potestades do mal agem continuamente em franca oposição aos propósitos divinos desde o começo do mundo (Gn 3). Mas Jesus Cristo arrancou o ferrão do Maligno e é só uma questão de tempo para que se cumpra a sentença lavrada contra o Inimigo e todas as hostes espirituais da maldade (Ap 20.10).
Enquanto isto não acontece o Evangelho autêntico e integral por meio da pregação e vivência da Igreja continuará a fazer a sua extraordinária obra nas mentes e corações dos homens. Não há em todo o Universo outra mensagem ou outro poder que possa suscitar a transformação da raça humana. Esta mudança operada em homens e mulheres é o princípio fundamental para inverter ou subverter a atual ordem vigente. Acredito que, se este Evangelho, esta abençoada mensagem estivesse sendo vivenciada em sua integralidade desde seus primórdios, desde a fundação da Igreja no Dia de Pentecoste (At 2), o Senhor Jesus já teria então voltado para a consumação de todas as coisas.
Vivemos hoje então a realidade do “já” e do “ainda não”. Pessoas transformadas pelo Evangelho e vivendo-o em sua integralidade contribuem para o bem do mundo. Abençoando vidas em todo lugar. Sendo imitadores de Deus ao viver de forma abençoada e abençoadora (Ef 5.1,2). Esta é a gloriosa dimensão do “já”, da presença benfazeja do Evangelho no mundo através de vidas transformadas. Entretanto, deveremos igualmente considerar e refletir sobre a realidade do “ainda não”. Da presença sombria do mal no mundo. Da realidade da ação demoníaca. Das malfazejas ações de homens caídos em seus delitos e pecados (Ef 2.1-3). As duas realidades se sobrepõem. Se encontram. E por isso, inevitáveis conflitos ocorrerão. A luz do Evangelho permeando as trevas espirituais do presente século!
O Nazismo poderia não ter surgido ou não ter assumido o poder na Alemanha caso o Evangelho pregado e, mais ainda, vivenciado pela Igreja neste país fosse biblicamente plausível. Stalin na Rússia, ou, o Comunismo como um todo, talvez não tivesse exposto sua medonha face, que causou a morte de milhões, se a Igreja Ortodoxa Russa vivesse em conformidade com o Evangelho autenticamente bíblico. O tráfico negreiro poderia não ter ocorrido, com toda sua trágica conta de milhões de seres humanos mortos ou sujeitos às mais abjetas condições de vida e sofrimentos, caso aqueles que, dizendo-se “cristãos” tivessem de fato sido expostos ao verdadeiro Evangelho e consequentemente tivessem suas existências transformadas segundo à imagem de Cristo.
Jesus viveu entre nós como servo (Fp 2.5-8). Ele veio para servir aos seres humanos, entregando ao final sua própria vida como preço de resgate. E é nesse espírito de serviço conforme At 10.38: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”, que todo cristão autêntico deverá viver. A única forma de trazer o bem como antídoto ao mal que há no mundo será por meio de vidas verdadeiramente transformadas pelo poder do Evangelho de Cristo.
Lamentamos entretanto o atual estado da Igreja em nossa época. A Igreja enquanto instituição humana é falível. Tristemente falível. A Igreja enquanto organismo vivo, como verdadeiro Corpo de Cristo que transcende o famigerado denominacionalismo, faz e fará uma obra admirável. Cada verdadeiro cristão de per si é a expressão da vontade de Deus no mundo e para o mundo.
O crente pode de fato contribuir para o bem deste mundo? Depende. De que? De que viva autenticamente o Evangelho em sua integralidade. Somente desta forma sua vida e suas ações se constituirão numa barreira para o avanço do mal. Este não será extinto do mundo somente pela pregação e vivência autêntica de fé. A Bíblia não declara que o mundo inteiro será convertido à fé em Cristo (Mt 24.14; 2Ts 3.2). Mas, reiteradamente as Escrituras afiançam a capacidade e o poder do Evangelho para a mudança do coração humano (Rm 1.16). E, sendo assim, se verificará os benefícios que daí advirão não só para a própria pessoa como para os que estão em derredor.
Em alto e bom som proclamemos a mensagem do Evangelho. Que faça-se soar a trombeta da anunciação desta mensagem, um som que seja plenamente audível a todos (1Co 14.8). O mal sempre será vencido pelo bem. A luz prevalecerá sempre contra as trevas. E em sua gloriosa missão, o cristão e a Igreja por extensão, estarão fazendo o mesmo trabalho de que se ocupou João Batista: De preparar o caminho do Senhor, de anunciar suas veredas, clamando do deserto espiritual que é este mundo presente (Is 40.3; Mt 3.1-3; 1Jo 5.19).
É nesta plena certeza que conclamo você para que, como servo de Cristo, contribua para o bem porque fomos chamados para abençoar, para bendizer, para que, por herança, alcançemos a benção (1Pe 3.9). E também: “Porque é melhor que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal” (1Pe 3.17).
Portanto, pense nisso.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
A causa de Deus e as causas dos homens
Conheço cristãos que têm um zelo quase religioso por causas de âmbito inteiramente humano. Esses irmãos possuem uma militância guerreira pelas causas que abraçam. Nada contra aqueles que dedicam-se principalmente às causas que concernem a beneficiar o conjunto da população, por exemplo, todavia, o que nos causa espécie é que muitos destes seguidores de Cristo, no que concerne ao Evangelho não demontram a mesma abnegação.
A causa de Deus, ou seja, a anunciação da mensagem do Evangelho visando a salvação dos homens, precisa de anunciadores ou comunicadores dedicados. Usando a terminologia bíblica, devem as testemunhas de Jesus Cristo ter um notável zelo para fazer com que Seu Nome seja conhecido em todo lugar e a todo tempo.
O desejo do coração de Deus é de que todos O conheçam. Conforme diz o escritor aos Hebreus: “E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hb 8.11). Para tanto, ele determinou que todos que Lhe servem sejam portavozes da mensagem libertadora do Evangelho. Todos que O servem deverão espalhar as Boas Novas por onde estiverem: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações”; “E disse-lhes: Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura”; “….e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8b).
A dedicação, o esforço, a preparação, o zelo, o tempo utilizado, enfim, são todos fatores que devem ser ponderados pelos servos de Deus. A causa é urgente. E também nobilíssima. Não pode ser atrasada. E muito menos trocada por coisas de somenos importância. Quando contemplo alguém que se diz servo de Cristo, e que dedica-se com exclusividade e aguerrida militância a causas outras e não empenha-se da mesma forma pela causa de Cristo, fico a perguntar: Será que este irmão entendeu a urgência do chamado de Deus em sua vida? E quando falo de chamado de Deus, não estou absolutamente falando de que seja o típico chamado missionário, ou seja, de ir para terras longínquas para apregoar ali o Evangelho. Mas falo de um sentido missional em todo o nosso viver.
Deveremos viver de tal forma que tudo o que fizermos, seja em âmbito pessoal ou público, esteja convergindo para a causa sublime e suprema do Evangelho. A salvação do ser humano é o mais importante assunto, o mais crucial. Não pode ser tratado como negócio inferior. Não deve ser colocado como algo secundário o qual trataremos se tivermos tempo. Todo aquele que serve a Jesus foi escolhido por Ele e nomeado para que vá e dê fruto (Jo 15.16). Fomos chamados para uma santa vocação (2Tm 1.9). A causa de Deus é nossa prioridade. Se é prioridade para o Senhor, deverá ser para nós também. O apóstolo Paulo disse: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2 Tm 2.4).
Os negócios temporais muitas vezes conspiram contra a causa bendita do Evangelho de Cristo. Cristãos que são extremamente zelosos de coisas desta vida e de forma correspondente não se interessam pelos negócios de Deus conspiram contra a causa de maior importãncia que levou à cruz o próprio Filho de Deus. O Reino de Deus deve ser nossa prioridade. Quer estejamos trabalhando em tempo integral na propagação do Evangelho, quer sejamos profissionais em alguma área ou empresários, todos os cristãos devem obedecer ao mandato supremo de ganhar almas para Cristo.
O profeta Isaías respondeu afirmativamente a este chamado divino. Lemos em Is 6.8: “Depois disto ouvi a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” Após ter contemplado a glória do Senhor, o profeta temeu por causa de seu pecado, recebeu em seguida a purificação do Senhor, e foi compungido em seu coração a atender o apelo, o chamado que Deus lhe fazia.
Todos nós também tivemos a experiência que Isaías teve. Somos confrontados com a santidade absoluta do Senhor como o profeta foi, passamos então a entender nossa miserabilidade, nossa perdição, nossa pecaminosidade. Quando isto acontece, quando reconhecemos que somos pecadores e cremos na obra consumada na cruz por Jesus Cristo, somos então purificados pelo Seu sangue precioso e em seguida estaremos sendo comissionados, tanto quanto Isaías foi, para sermos testemunhas de Seu Nome.
Nada desta vida se compara a esta comissão. A causa de Deus é de uma grandeza tal que incorreremos em sérios prejuízos espirituais se negligenciarmos Seu chamado para nós.
Faça da causa de Deus, a anunciação do Evangelho, sua missão de tempo integral. Mesmo que nunca você vá para terras de além mar, todavia, compreenda que em qualquer coisa que esteja envolvido, como servo de Deus, você e eu temos a sagrada e solene responsabilidade de viver para a causa do Reino. De forma completamente integral. Não menospreze a causa de Deus. Não se iluda com o brilho das coisas deste mundo. O mundo e sua aparência logo passarão. Suas ilusões tornar-se-ão coisas do passado. Como ficarão aqueles que, dizendo-se servos de Deus, viveram aqui como se tudo isto fosse para sempre permanecer? Que deram mais valor às causas humanas, posto que transitórias e que não deveriam ser objeto de tanta deferência?
Meus irmãos, pensemos todos juntos nisto.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
A prática religiosa salva o ser humano?
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Deus, Mistério, Majestade e Glória
Nosso grande Deus a quem servimos, resolveu revelar-Se a Si mesmo por meio das Escrituras do Antigo e Novo Testamento e maiormente por intermédio do Verbo, Jesus Cristo. Tudo o que podemos saber sobre o Senhor Deus, está revelado, está escrito na Bíblia. Esta revelação é denominada de proposicional. E, pessoalmente, Ele veio até nós, revelando-se diretamente na Pessoa de Seu Filho.
As palavras humanas foram o veículo usado por Deus para se dar a conhecer em um nível compreensível a todos os homens. O homem pode agora utilizar suas faculdades mentais e tomar conhecimento da revelação escrita de seu Criador. Se Deus não houvesse decidido por esta revelação, nenhuma criatura humana conheceria a Pessoa por excelência. Deus falou através de instrumentos humanos, os profetas, que por sua vez registravam as elocuções divinas em forma de palavras, processo esse supervisionado também pelo Senhor, para que então todos tivessem acesso aos Seus oráculos. Portanto, o Deus que resolveu se revelar e a Quem servimos, é perfeitamente cognoscível.
Mas o fato de dar-se a conhecer por intermédio das Escrituras, aos seres humanos que criara esgota o conhecimento de Seu ser? Não. Isto porque existe uma dimensão em Deus que nos é oculta. Porque isto é assim? Porque o Infinito não pode ser alcançado e compreendido plenamente pelo finito. Porque criatura nenhuma em toda a vasta extensão do Reino de Deus, quer sejam anjos, querubins, serafins, homens, demônios, pode compreender perfeitamente aquele que é Inefável. O mistério sobre sua Pessoa é um fato a qual todos devemos aceitar. Sabemos que, segundo Sua Palavra, o que Deus resolveu revelar a nós está bem delineado conforme o texto conhecido de Dt 29.29: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” Por coisas encobertas podemos entender aquilo que Ele resolveu, decidiu, em Sua Soberana vontade, ocultar-nos. As reveladas, referem-se ao conteúdo proposicional da Bíblia Sagrada. Aos 66 livros dos dois testamentos que perfeitamente trazem o selo da inspiração divina e expressam com magnitude a Sua boa, agradável e perfeita vontade (Rm 12.2).
Inquestionavelmente declara a Revelação escrita de Deus sobre um Ser que é Um. Sua unidade, sua exclusividade: “Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus”; “Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”; “Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não outro” (Is 45.5a,6; 21b,22). Mas declara de igual forma a mesma Revelação de um Deus que subsiste em Três Pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Toda a amplitude da Revelação divina dá testemunho cabal das triunidade de Deus.
Isto é complexo. É de difícil alcançe para a mente humana. Incompreensível. Foge aos pressupostos da lógica. É neste ponto que muitos abandonam a fé cristã, por não suportarem o desafio de aceitar a doutrina de Deus como referendada na Bíblia, e outros que permanecem numa zona obscura, doutrinariamente falando, porque aceitam a unidade de Deus somente no sentido absoluto que o termo hebraico yachid traz (como vertido no Sl 133.1). Entretanto, existe outro termo para único ou unidade, que é echad (visto em Dt 6.4). Com este termo, a inspiração do Espírito de Deus nos faz saber que há uma notável pluralidade na unidade. Fica a indagação: Como compreender plenamente isso? Como entender que Deus é Um mas também é Três Pessoas?
Amigos e irmãos, é isto que a doutrina bíblica sobre Deus nos ensina nas Escrituras. Isso é revelação de Deus para nós. Ainda que compreensivelmente não possamos aquilatar plenamente, todavia, é o que está registrado nos oráculos divinos. É este Mistério sobre a Pessoa Divina que precisamente constitui sua Majestade e Glória. Ele é um Ser totalmente distinto do restante de Sua criação. Ele é o Totalmente Outro, como assinalou Karl Barth. Totalmente separado em Sua infinitude e atributos incomunicáveis (Onipotência, Onisciência, Onipresença). Ele paira gloriosa e majestosamente fora e acima de Seu universo criado. Mas também de uma maneira que não podemos compreender, Ele está junto conosco: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15). Isto comprova a própria palavra do profeta Isaías (7.14) referendada em Mt 1.23, que refere-se ao Salvador, o Senhor Jesus Cristo: ”Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.”
Alegramo-nos sobremaneira pela forma como a Palavra de Deus foi preservada, tendo chegado até aos nossos dias. Pela maneira zelosa de Deus em cuidar para que no decorrer dos séculos, Seus oráculos estivessem preservados de forma escrita e disponíveis aos homens. Mas a compreensão cristã de Deus poderá empobrecer-se ao tentarmos racionalizar o que sabemos sobre Ele. A visão é de um Deus que criou todas as coisas. De um Deus do qual vemos Sua glória refletida nas maravilhas do mundo natural. Um Deus redentor, cuja bondade e amor pelo ser humano são vistos na amorável Pessoa de Jesus Cristo. Um Deus presente nas vidas daqueles que vivem e crêem n’Ele, na Pessoa do Espírito Santo. O Mistério, a Majestade e a Glória de Deus. Qual a atitude diante de tal grandeza?
Reverência. Como não ter outra atitude diante d’Aquele que é Supremo e Absoluto? Não é medo, o paralisante e castrador medo. Ao contrário, a Pessoa de Deus nos leva à alegria. Abrimos nosso coração e nossa mente ao Ser que em Sua excelência e perfeição cativa-nos de tal forma que até mesmo aquilo que d’Ele não conseguirmos compreender, nos admiramos, e encurvamos nossas frontes em profunda adoração, reconhecendo a Majestade e a Glória de tal Mistério.
Paulo, de forma admirável, traduziu esta rendição ao Ser Inefável por excelência: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” Rm 11.33-36).
Esperamos confiantes o dia em que Jesus Cristo, Deus Filho, se manifestar pela segunda e derradeira vez a este mundo. O plano de Deus para redenção do ser humano encontrará sua plenitude neste glorioso dia. E passaremos então a estar eternamente em sua Presença. Mas, mesmo em Sua eterna companhia, ainda por toda eternidade, em eras que tombarão sobre eras, não conseguiremos compreender plenamente a grandeza de nosso Deus. Seu Mistério, Sua Majestade e Sua Glória permanecerão: “Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. PORÉM TU ÉS O MESMO, E OS TEUS ANOS NUNCA TERÃO FIM” (Sl 102.25-27).
Escolha agora dobrar os seus joelhos em adoração ao Eterno.
Pense nisto!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
The day after in Brazil
Como será acordar pela manhã sabendo que, o que ardentemente desejou que não se realizasse no dia anterior, justamente agora se concretizou? Quais seriam nossas reações? Como ficaria nosso ânimo? Quais as expectativas relacionadas ao fato indesejado? E o que fazer doravante dentro da nova realidade não-desejada?
Creio que isto é o que perpassa as mentes e corações de todos os que neste país não votaram em Dilma Rousseff. Amanhecemos neste primeiro de novembro, creio, meditativos em relação à sua vitória sobre José Serra. Dilma conseguiu superar toda oposição em torno de seu nome. Inclusive dentro do próprio PT. Rejeição talvez pelo fato de ser uma mulher (e isto é preconceito), de nunca ter participado de uma eleição (igualmente, um outro preconceito), de ter sido em seu passado uma terrorista (a meu ver, mais outro preconceito, porque as pessoas podem mudar). Pessoalmente não votei nela (e em Serra também não) porque, como crente em Jesus Cristo, como um cristão comprometido com os valores do Reino de Deus, não poderia dar o meu voto para candidatos que fossem a favor da união civil dos homossexuais e igualmente pela descriminalização do aborto (muito embora no segundo turno ela tenha mudado de opinião em relação a este último tema, por causa do voto dos evangélicos e sabemos que isto configurou uma conveniência e não uma decisão movida por convicção pessoal).
Dilma Rousseff é a presidente eleita do Brasil. Ponto. A primeira mulher no país a ser eleita presidente da República. Isto agora é fato. Vamos reconhecer e nos adequar a esta nova realidade.
É inegável meus amigos os progressos alavancados pelo PT nos oito anos de governo Lula. O Bolsa-Família, o Luz Para Todos, o Programa Minha Casa, Minha Vida, o Programa Universidade Para Todos (minha filha mais velha é bolsista deste programa e cursa Administração de Empresas), as obras de saneamento e drenagem do PAC, realmente impactaram a vida da população e resultaram também no fortalecimento do mercado interno além da estabilidade econômica. Não sou insensato para não reconhecer este conjunto de políticas públicas, principalmente para os mais despossuídos, os mais necessitados. Sem querer deter-me nos aspectos negativos do governo petista, concernente à corrupção por exemplo, devo sim reconhecer as contribuições positivas deste governo para o nosso país.
Dilma certamente dará continuidade aquilo que deu certo no governo Lula. O que ela fará de iniciativa pessoal? Ainda é um tanto incógnito. Não se consegue ainda vislumbrar no horizonte. Até porque, e isto vejo de forma negativa contra ela, alterou seu discurso no tocante ao aborto. Esta conveniência, como já nos reportamos, é algo que deixa a todos nós cristãos apreensivos. Ela declarou publicamente também que é contra a alguns dos postulados do PNDH-3, como a censura à imprensa. Aliás, o perfil que demonstrou na campanha é de que seguirá os postulados da democracia social e não se curvará ao anacronismo marxista radical que é minoritário no PT. Porém, será que ela conseguirá conter, como Lula conseguiu, o ímpeto dos radicais que desejam uma ruptura revolucionária com a democracia, a economia de mercado, a liberdade de expressão? É notório que o Brasil é detentor de instituições democráticas saudáveis. Se Dilma permanecer nos trilhos destas instituições, terá toda a chance de fazer um bom governo.
Reitero que sou um cristão comprometido inteiramente com a Bíblia, a eterna Palavra de Deus. Portanto, em obediência a essa Palavra, posto que expressão exata da vontade de Deus, deverei orar pela nossa presidente. Deverei interceder por ela mesmo que defenda práticas contrárias à vontade divina. Devo crer no que diz Pv 21.1: “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo o seu querer.”
A campanha eleitoral passou. Hoje é o dia seguinte, o dia que se segue a tudo o que foi falado sobre Dilma, inclusive da parte deste escriba. Se cometi injustiça, lamento e peço perdão ao Senhor. Permanece porém o senso crítico. Um saudável discernimento mediado pela Palavra de Deus, é o que deve nos ponderar sempre. Lembremo-nos irmãos sempre o respeito de devemos às autoridades constituídas. Não sejamos maldizentes. Veja o que aprendemos sobre isso com o apóstolo Paulo em Atos 23.4,5.
Lembremo-nos sempre de que fomos chamados para abençoar e não amaldiçoar. Acredito que muito o que foi falado sobre Dilma Rousseff na campanha presidencial era verdade. Mas também houveram sem dúvida alguma muitos comentários maliciosos e irresponsáveis. Devemos vigiar e devemos orar para que, como cristãos, não incorramos nestes erros, que na verdade são pecado diante do Senhor. Estas coisas não nos convém.
Agora temos de dar um voto de confiança para a nossa nova mandatária. E veremos então, a partir de primeiro de janeiro de 2011, se tudo o que foi falado de mal a respeito dela era realmente verdade, ou, se todos nós fomos vítimas e reféns de uma central de boatos instalada para realmente denegrir a imagem da candidata do PT e do presidente Lula.
Quero recordar de duas passagens bíblicas fundamentais para entendermos este novo momento em que vivemos. Paulo aos Romanos 13.1 a 7, e 1 Timóteo 2.1,2 que transcrevo na íntegra: “Antes de tudo, exorto que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade.” Vamos orar. Exerçamos nosso sacerdócio intercessório. Creiamos na intervenção divina de que Ele é soberanamente poderoso para intervir e fazer com que leis ímpias e anti-vida como o aborto sejam aprovadas (Dilma governará com a maioria dos parlamentares no Congresso a seu favor).
Você tanto como eu somos sal da terra e luz do mundo como Jesus Cristo disse (Mt 5.13,14). Podemos influenciar sim a vida deste país não só em nosso sacerdócio intercessório, como também vivendo de acordo com as ordenanças do Evangelho. Cumpramos adequadamente a nossa missão para o qual Deus nos chama, enquanto filhos d’Ele e súditos de Seu Reino. Resplandeça plenamente nossa luz diante dos homens. Oremos pela paz e pelo ordenamento democrático no Brasil. Oremos também para que não hajam retrocessos nesta democracia e nem extremismos de qualquer tipo. Oremos para que Dilma Rousseff, nossa presidente, faça um governo justo, democrático e equilibrado. Eu creio que isto é possível. Porque Deus é Soberano e porque nós, o Seu povo, poderemos nos colocar na brecha a favor desta terra. Você crê nisto?
A Igreja precisa continuar sua missão de anunciar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. É a única mensagem que salva o homem, transformando sua vida plenamente. Que tenhamos paz em nossa nação portanto, para cumprirmos cabalmente o ide de Jesus. Oremos pelo novo governo desta terra de Santa Cruz enquanto anunciamos o Evangelho que salva pela fé n’Aquele que foi morto por todos nós em uma rude cruz.
Cristão e brasileiro, pense nisto!